ASAS PARA VIVER
(8ª Parte)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

Richard Bach

 

 

Este estudo é a 8ª e última parte de uma coletânea de fragmentos garimpados (e, eventualmente, editados e comentados) na obra Asas Para Viver (Running from Safety: An Adventure of the Spirit), de autoria do escritor de nacionalidade norte-americana Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) e traduzida por Edith Zilli.

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Richard Bach

 

 

Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) é um escritor de nacionalidade norte-americana. A principal ocupação de Bach foi a de piloto reserva da Força Aérea, e, praticamente, todos os seus livros envolvem o vôo, desde suas primeiras histórias sobre voar em aeronaves até suas últimas, na qual o vôo é uma complexa metáfora filosófica. Bach alcançou enorme sucesso com Fernão Capelo Gaivota, que não foi igualado por seus livros posteriores; entretanto, seu trabalho continua popular entre os leitores.

 

Em setembro de 2012, o escritor ficou gravemente ferido na queda de um avião que pilotava, no estado de Washington. Richard Bach despenhou-se com uma pequena aeronave quando tentava aterrar na Ilha de San Juan, no Estado de Washington, tendo sofrido ferimentos na cabeça e no ombro.

 

 

Richard Bach
(No cockpit de seu avião Piper Cub, em 1972)

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

A criança que fomos, muitas vezes, sente pena e vergonha do adulto que nos tornamos!

 

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do delirioso furioso que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do péssimo exemplo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do negacionista chulé que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do anticientificista trombudo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do terraplanista esquizofrênico que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do contrariador mau-caráter que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do antivacinista irresponsável
que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do chupa-sangue que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
da múmia paralítica que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do jacaré de terno que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do deserto árido que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
da caverna escura que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do buraco negro que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do abismo sem-termo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
da Boceta de Pandora que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do conspirador boçal que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traidor ordinário que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do abandonador medíocre que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do golpista vulgar que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do prejudicador cruel que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do separacionista desfraterno que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do antidemocrata que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do anti-republicano que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do vândalo despatriota que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do imitador que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do papagaio de pirata que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do crendeiro que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do babaquara que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do escravo-de-mim-mesmo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do torturador hediondo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do estuprador que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do pedófilo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do mentiroso contumacíssimo que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do falsificador que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de drogas que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de armas que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de influências que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de órgãos que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de animais que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de pessoas que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de crianças que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de mulheres que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de sangue humano que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do traficante de dores que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do contrabandista que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do serial killer que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do carnífice que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do autocrata que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do ecocida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do holocausticida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do hiroshimacida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do nagasakicida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do yanomamicida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do ucranianocida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do palestinocida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do esperançacida que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do cocô-do-cavalo-do-bandido que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do canalhocrata que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do vantagista traiçoeiro que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do corrupto(r) que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do subornador que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do sem-vergonha que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do forjicador de miragens que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do forjicador de ilusões que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do forjicador de salvações que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do forjicador de milagres que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do forjicador de curas que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do forjicador de glossolalias que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do embromador que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do enganador de bem-intencionados que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do três com goma que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do mago negro que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
do acionista do inferno que eu me tornei!

A criança que eu fui,
um dia – de pena, vergonha e mal-estar – chorou
da
não-entidade absoluta que eu me tornei!1

 

Tudo está bem é uma Verdade Cósmica. [Irredutível! Inviolável! Desde sempre! Para sempre!] Se não tivéssemos nada a aprender aqui na Terra, não nos daríamos ao trabalho de pagar a passagem. Se nos apoiarmos nos nossos Instrumentos Espirituais Interiores [infalíveis, intrínsecos e congênitos a todos nós], progressiva e ininterruptamente, continuaremos a Ascender, apesar do nevoeiro, apesar do vento, apesar da chuva, apesar das tempestades, apesar de o que quer que seja, e, em pouco tempo, subiremos mais alto. [Tudo depende de nós! A Ascensão é Ilimitada!]

 

Sempre, sempre tudo está bem
porque o mal é uma miralusão
– mistura de miragem + ilusão–
fabricado pela nossa ignorância.

Quando somos derrotados... Um mal!
Quando triunfamos... Um bem!
Quando não temos nada... Um mal!
Quando temos tudo... Um bem!
Quando caímos... Um mal!
Quando nos levantamos... Um bem!
Quando não há saída... Um mal!
Quando atravessamos a ponte... Um bem!
Quando sofremos... Um mal!
Quando nos alegramos... Um bem!
Mas, o sofrimento sempre é educativo,
e a alegria, as posses e os bens materiais,
muitas vezes, são anestesias —› apatia.

No Unimultiverso, as categorias que criamos
não existem per se e não têm qualquer validade.
O fato é que nós tendemos a dicotomizar as coisas,
e as dicotomias (díspares entre si) nos escravizam
e nos distanciam da .

O certo... O errado...
O bem... O mal...
A guerra... A paz...
O pecado... A virtude...
O céu... O inferno...
Os deuses... Os demônios...
O perdão... A condenação...
A doença... A saúde...
A vacina... O jacaré...
O Bolsonaro... O Lula...
A direita... A esquerda...
A extrema-direita... A extrema-esquerda...
Metade claro... Metade escuro...
O proibido... O autorizado...
Quem não pode... Quem pode...
O não... O sim...
A fé... A razão...
O fiat voluntas mea... O Fiat Voluntas Tua...
O Carpe Diem... O carpe noctem...
A Res Cogitans... A res extensa...
O conticinium... A Aurora...
As trevas... A Illuminação...
A mais-valia... A menos-valia...
A coragem... A covardia...
A mudança... A estagnação...
Port-au-Prince... New York...
Cabul... Paris...
Niamei... Londres...
A Primavera Árabe... As ditaduras...

A imitação... A fidedignidade...
A escravidão... A liberdade...
O terrorismo... A segurança/estabilidade...

A justiça... A injustiça...
O Batman... O Coringa...

A traição... A lealdade...
news... Authentic news...
A misericórdia... A inclemência...
O preconceito... O despreconceito...
O preto... O branco...
O índio... O cara-pálida...
A separatividade... A unimultifraternidade...
A pobreza... A riqueza...
O sem-teto... O com-teto...
O sem-terra... O com-terra...
O sem-trabalho... O com-trabalho...
O sem-ventura... O com-ventura...
O negacionismo... O cientificismo...
A antidemocracia... O Estado Democrático de Direito...
O que passou... O que virá...
O que perdemos... O que achamos...
Vandalismo... Edificação...

A noite... O dia...
Eu... O outro...
O apego... O desprendimento...
O apartheid... A solidariedade...
Os privilegiados... Os insignificantes...

Os coreanos do norte... Os coreanos do sul...
Os tibetanos... Os chineses...
Os árabes... Os judeus...
Os russos... Os ucranianos...
Os americanos... Os cubanos...
Os refugiados... Os naturais...
Os maranguapenses... Os cariocas...
Os aborígenes... Os australianos...
Os brâmanes... Os sudras...
O Capo (coloquialmente, conhecido como Don)... Os Soldatos...

O Don Corleone... O Don Barzini...
O Don Altobello... O Joey Zasa...
O Cardeal Lamberto... O Don Licio Lucchesi...
A vida... A morte...

A ... A ...
..................................................
..................................................
..................................................

Mas, se o Unimultiverso é ,
se tudo e todos nós somos ,
se o , desde sempre, é ,
se o , para sempre, será ,
como poderá haver dicotomia?

O mal = mentira cósmica!
O Bem = Verdade Cósmica!
Espaço-tempo = mentira cósmica!
= Verdade Cósmica!
O-que-não-é = mentira cósmica!
= Verdade Cósmica!

 

A religião organizada é Deus em uma teia de aranha, a Grande Aranha no centro de mil doutrinas, de mil ritos,de mil crenças obrigatórias. As pessoas morrem nessa teia.

 

Todo nome é um rótulo. E assim que há um rótulo, as idéias desaparecem e surge o culto aos rótulos, e ao invés de viver de acordo com as idéias, as pessoas começam a morrer por rótulos. A religião é a coisa menos necessária no mundo. Enfim, o que não pode ser colocado em palavras dificilmente se torna um rótulo.

 

Uma cruz sem o braço horizontal é o número um. Um, em aritmética binária, significa Negação-do-nada, Sim-em-vez-de-não. Um é o número da , independentemente dos sonhos, [das miragens e das ilusões].

 

Sem símbolos. Nem por acaso. Jamais!

 

Ninguém fica enclausurado em si mesmo sem conseqüências.

 

A realidade é vista com os olhos. A é vista com o Olho do Eu Interior.

 

Nada poderá quebrar ou romper a Solda do Amor.

 

Devemos agradecer sempre pela chuva que, de vez em quando, cai no nosso deserto. Obrigado. Obrigado. Obrigado.

 

 

 

 

Precisamos nos acostumar e, com humildade, aceitar o fato de que, em nossas vidas, sempre haverá inquietação e inconclusão. Nem sempre as coisas têm começo, desenvolvimento, fim e significado. [Sempre teremos dúvidas, e dúvidas sempre existirão... Até que o inferno congele por completo!]

 

É muito difícil manter um equilíbrio perfeito em nossa pequena gangorra. Também precisamos nos acostumar com isso.

 

Quando, em nossas vidas, deixaremos de ser o discípulo e seremos o Mestre?

 

Sempre haverá um mistério envolto em uma pétala de rosa.

 

 

 

 

Despertar é voltar para Casa, é ser novamente especialista na Língua-Que-Não-Tem-Palavras, [não a que os glossolalistas de meia-tijela ficam impingindo descaradamente nos bem-intencionados.] Mas, para voltarmos para Casa, precisaremos nos livrar completamente dos alçapões, [das manias, dos TOCs, dos preconceitos, dos arremedos, das inautenticidades, da separatividade, dos delírios, dos desejos, das cobiças, das paixões e de outras coisinhas esquisitas mais.]

 

Cada um de nós, de uma forma ou de outra, precisa aprender a escrever seu próprio papel.

 

Precisamos nos conscientizar de que a vida no espaço-tempo é uma jaula – [uma espécie de camisa-de-força]. Na prática, o espaço-tempo é uma loucura distorcida. Você já reparou que, no espaço-tempo, o mundo físico é o dono do tempo? Ou nos libertamos do espaço-tempo ou nossos dragões [que, na verdade, são nossos amigos, e que precisam ser escutados e respeitados] nos devorarão! Seja como for, se fecharmos os olhos, elevarmos nosso Espírito, nos lembraremos de quem somos, além do espaço, além do tempo, nunca nascidos, e que jamais morrerão! [Ibidem.]

 

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o começo nunca poderia começar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o fim nunca poderia terminar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que só 'pecamos' por ignorar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que perder, muitas vezes, é ganhar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que ganhar, muitas vezes, é se arruinar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que Compreender é se Libertar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o apocalipse nunca poderia 'apocalipsar'.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o paraíso nunca poderia 'paraisar'.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o inferno nunca poderia infernar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o mal nunca poderia maleficiar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a tirania nunca poderia apocopar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o nunca poderia se dissipar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a morte nunca poderia nos matar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que morrer é tão-somente Viajar.

 

 

Esta animação é pura e simplesmente pictórica;
ela não pretende insinuar absolutamente nada.

 

 

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o barulho interior impede o Despertar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que cada defeito é preciso compensar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que das compensações é impossível se furtar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o Sol queria se entremostrar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o Amor queria me Amar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a Beleza queria me Enfeitar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que o Bem queria me Regenerar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a Paz queria me Pacificar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a LLuz queria me Illuminar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a Vida queria me Vivificar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que a ShOPhIa queria me Ilustrar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que meu dragão interior queria me devorar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que minha impertinência só fazia me aloucar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
nunca percebi que meu Deus Interior queria me Alforriar.

Enjaulado no miraginal e quimérico espaço-tempo,
em um dia frio de inverno, morri ignorante, sem mudançar.

 

Antes que se rompam as nossas muralhas exteriores, precisamos construir um lugar interno para proteger a nossa Verdade. [Isto significa que, se as nossas convicções forem débeis, nossa Verdade naufragará.]

 

Há uma razão para o que está acontecendo ao nosso redor, e fomos nós que produzimos ou escolhemos essa razão [causa(s)]. Se vivermos da melhor maneira que pudermos, um dia, descobriremos o(s) porquê(s), [e poderemos mudar o script.]

 

 

 

 

Não devemos querer [buscar] cautela, segurança; devemos querer [buscar] a VERDADE. [Nossa Libertação só chegará pela Compreensão, e a Compreensão só será adquirida através de VERDADES RELATIVAS seqüenciais, sem superposição.]

 

O que sabíamos antes de nascer não se perdeu. Apenas está oculto, até que chegue hora de recordarmos.

 

Os mocinhos sempre vencem; os bandidos sempre perdem.

 

Ninguém deve viver apenas para si mesmo. Devemos viver para Ajudar e para Servir os outros.

 

É uma presunção egoísta nos interessarmos exclusivamente por nós mesmos.

 

O único mundo que nunca existiu e nunca existirá é o mundo que vemos com os nossos olhos. [Tudo é miragem! Tudo é ilusão!]

 

Força é poder. Medo não é defesa.

 

Quanto mais malbaratarmos os recursos naturais, menos haverá para os outros. [Um exemplo recente disto é a terra Yanomami, que se tornou palco de uma tragédia humanitária sem precedentes no Brasil, basicamente, devido aos garimpos ilegais e ao desmatamento.]

 

Tudo o que é criado acaba sendo destruído.

 

A realidade que é filha do espaço-tempo é só aparência!

 

Há tanto o que APRE(E)NDER!

 

Na realidade, a nossa criança interior nunca desaparece; ela apenas se torna adulta. A questão é: quais os valores que estamos escolhendo como estrelas para nos guiar na vida e quais os que estamos descartando?

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Mais uma vez, pois, não perco o bom cacoete de continuar a ser professor, reproduzo este ensinamento importantíssimo do Mestre Ascensionado Kut Hu Mi: Na Oitava Esfera, caem somente as não-entidades absolutas. Esses 'fracassos da Natureza' serão completamente remodelados. Suas Mônadas Divinas se separaram dos Cinco Princípios durante suas vidas terrestres (tenha isso acontecido no nascimento anterior ou em vários nascimentos anteriores, pois tais casos existem nos nossos registros), posto que viveram como seres-humanos-sem-alma. Essas pessoas foram abandonadas pelo seu Sexto Princípio, enquanto o Sétimo por ter perdido o seu 'vahan' (ou veículo) não pode existir independentemente por mais tempo; seu Quinto Princípio ou alma animal, naturalmente, desce 'ao poço sem fundo'. (Grifos meus).

 

 

 

Música de fundo:

Jonathan Livingston Seagull (Dear Father)
Composição: Neil Diamond

Fonte:

https://mp3.pm/song/2971983/Neil_Diamond_-_OST_
Jonathan_Livingston_Seagul_11_-_Dear_Father/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.pngitem.com/

https://www.animatedimages.org/cat-clowns-154.htm

https://www.flaticon.com/br/icone-gratis/ufo_190276

https://giphy.com/gifs/fly-ufo-spaceship-26BoCVdjSJOWT0Fpu

https://www.nirjharkhan.com/p/animation.html

https://proper-cooking.info/falling-flowers-animated-gif

https://gifs.eco.br/gifs-animados-de-fogos-de-artificio/

https://nintendo.fandom.com/wiki/Moon

https://br.depositphotos.com/

https://www.imagenspng.com.br/

https://pngimg.com/images/miscellaneous/poop

https://vsgif.com/gif/2925628

https://thenounproject.com/

https://www.nicepng.com/

https://milwaukeeastro.org/

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.