ASAS PARA VIVER
(7ª Parte)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

Richard Bach

 

 

Este estudo é a 7ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados (e, eventualmente, editados e comentados) na obra Asas Para Viver (Running from Safety: An Adventure of the Spirit), de autoria do escritor de nacionalidade norte-americana Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) e traduzida por Edith Zilli.

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Richard Bach

 

 

Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) é um escritor de nacionalidade norte-americana. A principal ocupação de Bach foi a de piloto reserva da Força Aérea, e, praticamente, todos os seus livros envolvem o vôo, desde suas primeiras histórias sobre voar em aeronaves até suas últimas, na qual o vôo é uma complexa metáfora filosófica. Bach alcançou enorme sucesso com Fernão Capelo Gaivota, que não foi igualado por seus livros posteriores; entretanto, seu trabalho continua popular entre os leitores.

 

Em setembro de 2012, o escritor ficou gravemente ferido na queda de um avião que pilotava, no estado de Washington. Richard Bach despenhou-se com uma pequena aeronave quando tentava aterrar na Ilha de San Juan, no Estado de Washington, tendo sofrido ferimentos na cabeça e no ombro.

 

 

Richard Bach
(No cockpit de seu avião Piper Cub, em 1972)

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

Nem sempre passamos nas provas e nos testes que a vida nos impõe, mas, que eles existem, sim, eles existem. Humildade. Paciência. Bom Combate. Temos que ter humildade e paciência. E lutar o Bom Combate. Sempre. [Ou quebraremos a focinheira!]

 

O verdadeiro casamento não é sobre duas pessoas correndo por uma ponte coberta de arroz e fitas, mas, sim, sobre descobrir, depois de uma vida inteira, que devemos construir essa ponte juntos, com nossas próprias mãos. Marido e mulher não têm o poder de fazer um ao outro feliz ou infeliz. Esta é uma faculdade individual. Só você poderá se fazer feliz. [Essa história de almas gêmeas não existe. Isso é invenção de poeta ignorante. Todas as experiências da vida são pessoais e individuais. Construir a ponte juntos é outra coisa, e isto deve ser feito, sim. Por todos nós: uns com os outros.]

 

Quando não enfrentamos os problemas que a nossa ignorância cria ou as adversidades educativas que a nossa encarnação nos oferece, passamos a viver em uma terra de fantasia de miragens, de ilusões, de delírios, isto é, em um mundo de faz-de-conta. Se empurrarmos para debaixo do tapete os problemas e as adversidades educativas, nunca nos tornaremos aqueles que os deveriam ter superado. Tomar os fatos da vida como inevitáveis e imudáveis e não fazer nada é ficar na mesma e na mesma ficar, é marcar passo e passo marcar, é não sair do lugar e do lugar não sair. Então, basicamente, se fracassarmos em amar, todos os outros testes e provas da existência deixam de ter importância ou valor. Por que muitos cismam de se tornar tão inúteis como uma bigorna em um jardim de infância?

 

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a mula que manquitola:
eu queria era rosetar.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se a perereca vive presa na gaiola:
de vez em quando, vou lá e a solto.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o achava que não era cachorro:
eu sei que eu sou 'Homo sapiens'.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o veio para confundir:
na minha cuca está tudo muito direitinho.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o foi ou não filhote da ditadura
1:
eu sei que eu nunca jamais fui.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o era ou não um Gato Angorá
2:
sinceramente, eu nunca o ouvi miando.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o era ou não um Queijo Palmira
3:
será que ele gosta de queijo?

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o tinha ou não Boca Mole
:
mas, se a Odebrecht disse que tinha...

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o é ou não um Conquistador
:
mas, se a Odebrecht disse que é...

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o gosta ou não de dar Dentada
:
mas, se a Odebrecht disse que gosta...

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se o era mesmo Fodinha
:
mas, se a Odebrecht disse que era...

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a
:
eu lavo meu carro na garagem.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os pobres de Paris:
eu só quero beber vinho.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a guerra na Ucrânia:
o Zelensky que resolva.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o preconceito de cor:
afinal, sou e sempre fui branco.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os miseráveis sem-teto:
afinal, eu tenho a minha casa.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os esfomeados do mundo:
afinal, minha geladeira está sempre abarrotada.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os inanes e doentes:
afinal, sempre eu tive boa saúde.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os analfabetos:
afinal, eu sei ler.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o vandalismo no DF:
o é quem deve apurar.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a tentativa de golpe de Estado:
não me envolvo com política.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
se alguém se vacinou e virou jacaré:
eu me vacinei e pronto.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o verdor do Maduro:
eu não sou venezuelano.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a antidemocracia:
vivo bem em qualquer regime.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a mais-valia:
'quero que pobre se exploda'.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o salário-mínimo:
estou muito bem posto na vida.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o preço dos alimentos:
tenho dinheiro para comprá-los.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para as filas do :
sempre tive o melhor plano de saúde.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a 'jihad' islâmica:
não sou americano nem europeu.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para quem matou :
se ela morreu, é porque mereceu.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para quem matou :
se ele morreu, é porque mereceu.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para quem matou :
se ele morreu, é porque mereceu.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para quem matou :
se eles morreram, é porque mereceram.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os Yanomamis:
tenho horror dos indígenas brasileiros.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os quilombolas:
tenho verdadeiro horror da raça negra.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os :
sou macho, 'macho man,' e ponto final.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para quem é :
ora, eu enxergo muito bem.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para quem atira pau em gato:
pelo de gato me dá alergia.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o meio ambiente:
sua resiliência é ilimitada.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a Floresta Amazônica:
floresta boa é floresta deitada.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para as news:
só crê nelas quem é quadrúpede.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a Faixa de Gaza:
aquilo lá é um charivari das arábias mesmo.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os pretos da África:
eles é que devem se virar.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os retirantes nordestinos:
sou rico e moro em Copacabana.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a crise migratória na Europa:
os Governos que resolvam esse imbróglio.

 

 

A Solução Para a Crise Migratória na Europa
Passou a Ser uma Crise de Vontade Política

 

 

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os foguetões do :
tenho um abrigo antiaéreo.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para o fim do mundo:
antes dele, irei morar em Pasárgada.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para os condenados ao inferno:
eu sei que eu irei para o céu.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para essa tal de Iniciação:
creio em Deus e, para mim, isso é suficiente.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola
para a G
.'. L.'. B.'. e para os Mestres Ascensionados:
isso foi uma invenção da Sra. Blavatsly.

Eu não to nem aí e nunca dei a menor bola

isso é o maior papo-furado para inglês ver.

 

Nossos filhos não são nossa propriedade. Não podemos dominá-los, assim como não éramos uma propriedade de nossos pais que eles pudessem dominar.

 

Nem sempre o que é simples é óbvio. [De modo geral, o que é visto e compreendido de uma maneira poderá ser compreendido e visto de outras maneiras diferentes. Um exemplo simples disto é o alfabeto hebraico, no qual, por exemplo, a letra TaV poderá assumir os seguintes valores numéricos: Valor Externo = 400, Valor Oculto = 6, Valor Pleno 406 = e Valor AThBaSh = 1. Por outro lado, os Livros Sagrados podem ser lidos e compreendidos de SETE maneiras distintas.]

 

O casamento não é uma competição para que cada um supere a inteligência do outro, mas, uma cooperação que precisa e se apóia nessas diferenças. O que, às vezes, nos enlouquece é esquecer [ou não querer admitir] que somos diferentes.

 

Não são os outros que nos trancam em uma prisão; somos nós mesmos. Toda estrutura é consciência. Tudo vive e tudo é .

 

A prisão não é o outro;
a prisão está em nós e somos nós.
O abismo não é o outro;
o abismo está em nós e somos nós.
A areia movediça não é o outro;
a areia movediça está em nós e somos nós.
O deserto não é o outro;
o deserto está em nós e somos nós.
A caverna não é o outro;
a caverna está em nós e somos nós.
O verdugo não é o outro;
o verdugo está em nós e somos nós.
O Mestre não é o outro;
o Mestre está em nós e somos nós.
A liberdade não é o outro;
a liberdade está em nós e somos nós.
O 'Conium maculatum' não é o outro;
o 'Conium maculatum' está em nós e somos nós.
O obstáculo não é o outro;
o obstáculo está em nós e somos nós.
O que é proibido não é o outro;
o que é proibido está em nós e somos nós.
O 'pecado' não é o outro;
o 'pecado' está em nós e somos nós.
O charivari não é o outro;
o charivari está em nós e somos nós.
A surdez e a cegueira não são o outro;
a surdez e a cegueira estão em nós e somos nós.
A alegria não é o outro;
a alegria está em nós e somos nós.
A tristeza não é o outro;
a tristeza está em nós e somos nós.
O jacaré não é o outro;
a mania de virar jacaré está em nós e somos nós.
O boçal não é o outro;
a boçalidade está em nós e somos nós.
O '—
E daí?' não é o outro;
o 'deixa-pra-lá' está em nós e somos nós.
O coveiro não é o outro;
o enterrador está em nós e somos nós.

A 'gripezinha' não é o outro;
a inadimplência está em nós e somos nós.

O estúpido não é o outro;
a estupidez está em nós e somos nós.
O cagaço não é o outro;
a poltronaria está em nós e somos nós.
O inferno não é o outro;
o inferno está em nós e somos nós.
O demônio não é o outro;
o demônio está em nós e somos nós.
Deus não é o outro;
o nosso Deus Interior está em nós e somos nós.
O paraíso não é o outro;
o paraíso está em nós e somos nós.
A noite não é o outro;
a noite está em nós e somos nós.
O dia não é o outro;
o dia está em nós e somos nós.
Aton não é o outro;
Aton está em nós e somos nós.

 

 

Akhenaton e Nefertiti com suas filhas
enquanto os raios de Aton lhes dão a vida
(Museu Egípcio de Berlim)

 


A Lua não é o outro;
a Lua está em nós e somos nós.
A possibilidade não é o outro;
a possibilidade está em nós e somos nós.
A interdição não é o outro;
a interdição está em nós e somos nós.
O juízo crítico não é o outro;
o juízo crítico está em nós e somos nós.
A separatividade não é o outro;
a separatividade está em nós e somos nós.
A belicosidade não é o outro;
a belicosidade está em nós e somos nós.
A crueldade não é o outro;
a crueldade está em nós e somos nós.
O apaziguamento não é o outro;
o apaziguamento está em nós e somos nós.
A corrupção não é o outro;
a corrupção está em nós e somos nós.
A desarmonia não é o outro;
a desarmonia está em nós e somos nós.
O-que-não-é não é o outro;
o-que-não-é está em nós e somos nós.
O-QUE-É não é o outro;
O-QUE-É está em nós e somos nós.
A escravidão não é o outro;
a escravidão está em nós e somos nós.
A mais-valia não é o outro;
a mais-valia está em nós e somos nós.
O mais-trabalho não é o outro;
o mais-trabalho está em nós e somos nós.
A Idade Média não é o outro;
a Idade Média está em nós e somos nós.
Os ganhos e as perdas não são os outros;
os ganhos e as perdas estão em nós e somos nós.
A prenoção não é o outro;
a prenoção está em nós e somos nós.
A injustiça sistêmica não é o outro;
a injustiça sistêmica está em nós e somos nós.

O egoísmo não é o outro;
o egoísmo está em nós e somos nós.
A avareza não é o outro;
a avareza está em nós e somos nós.
A vaidade não é o outro;
a vaidade está em nós e somos nós.
A imitação não é o outro;
a imitação está em nós e somos nós.
A crendeirice não é o outro;
a crendeirice está em nós e somos nós.
O temporal não é o outro;
o temporal está em nós e somos nós.
A morte não é o outro;
a morte está em nós e somos nós.
A múmia paralítica não é o outro;
a múmia paralítica está em nós e somos nós.
A vida não é o outro;
a vida está em nós e somos nós.
A balbúrdia não é o outro;
a balbúrdia está em nós e somos nós.
O silêncio não é o outro;
o silêncio está em nós e somos nós.
O 'fudelhufas de cagahouse' não é o outro;
o 'fudelhufas de cagahouse' está em nós e somos nós.
Tudo, sem exceção, não é o outro;
tudo, sem exceção, está em nós e somos nós.
O outro não é responsável por nada;
nós, sim, somos responsáveis por absolutamente tudo.
Por todas as escolhas que fizermos,
oportunamente, compensaremos cada uma delas.
Não há mal nem bem, não há prêmio nem punição,
não há pecado nem perdão, não há precito nem bendito;
só existe aprendizagem pela Illuminação interior.
Pela Illuminação interior... Compreenderemos.
Pela Compreensão... Nos Libertaremos.
Pela Libertação... Nos Divinizaremos.
Tudo é . Somos todos .
Somos o Unimultiverso. O Unimultiverso está em nós.

 

Todas as noites, quando adormecemos, mudamos nossa consciência, mas, também, mudamos todos os dias, toda vez que fazemos uma coisa e pensamos em outra. Dormindo e acordando, sonhando e fantasiando cem vezes por dia... Quem conta isso como estados alterados de consciência? Seja como for, todos esses estados alterados – [seja pensando, seja falando, seja em cada movimento que fazemos] são responsabilidade nossa. [Ou fazemos o nosso dever de casa direitinho ou seremos reprovados na escola da vida.] Uma coisa que precisamos refletir: não aceitar as etapas de um processo implica em não ceder ao resultado. [Recusar e rejeitar o massacre e o sofrimento dos nossos irmãos da 3ª Hierarquia e se alimentar de carne animal é uma sesquipedal e ininteligível incoerência!] Enfim, só saberemos que, de fato, mudamos, quando o que parecia certo para nós não parecer mais ser, [e passarmos a agir de acordo com esses princípios morais]. O fato é que, dia-a-dia, vamos pintando um retrato digital único do que seremos; cada sim, cada não e cada omissão são pequenos pontos em nosso retrato. Quanto mais decididos, dignos e honestos formos, mais clara e mais bonita ficará a nossa pintura. Tudo, no mundo da nossa consciência, que, na verdade, é o único mundo que existe para nós, passa pelas nossas anuências e pelos nossos desconsentimentos. O que não nos interessa poderemos mudar; [o que nos interessa poderemos manter e aprimorar]. Por isso, não adianta nos queixarmos nem reclamar dos acontecimentos e das falhas dos outros conosco. Somos nós quem deveremos fazer os consertos e os ajustes, não os outros. Poeticamente, é assim: [no TEMPO (que não é tempo)] antes que o tempo nascesse, Eu-sou; quando o tempo acabar, [no TEMPO (que não é tempo)], Eu-sou.

 

Sim, sim, sim. Sou favorável, no Brasil,
ao retornamento dos anos de chumbo,
dos tribunais de exceção,
do medo de se tornar um investigado,
de ser preso e de acabar supliciado,
das acusações sem provas,
das denúncias infundadas,
das prisões ilegais,
dos canhões transitando na rua,
de soldados, querendo ou não,
marchando, de armas na mão,
das baionetas discursando nas esquinas
e das botinas calcando,
de uma novinha Operação Condor,
da reconstrução de casas da morte
e de um viveiro de 'Boa constrictors',
de suicídios fabricados,
de sumiços programados,
de cadáveres não encontrados,
de expatriações forçadas,
de famílias despedaçadas,
de sindicatos fechados,
de gabirobas derrubadas,
de explicações despropositadas,
de, a qualquer preço, uma intervenção militar,
dos militares, de novo, brilhando no poder,
da extrema-direita ditando as regras
e estabelecendo as normas,
do Roberto Jefferson como Ministro da Defesa,
do Anderson Torres como Ministro da Justiça,
do Alberto Fujimori como Ministro das Relações Exteriores,
do fantasma do Adolf Eichmann como Ministro dos Direitos Humanos,
do espectro do Josef Mengele como Ministro da Saúde,
do deputado Justo Veríssimo como Ministro do Desenvolvimento
e Assistência Social, Família e Combate à Fome,
do pastor Valdemiro Santiago como Ministro da Agricultura e dos Feijões Mágicos,
do Missionário R. R. Soares como Ministro da Inovação e da H2O Consagrada,
do Frei Serapião como Ministro da Cultura e das Tentações,
do Professor Aquiles Arquelau como Ministro da Educação e das Múmias Paralíticas,
da reencarnação da ditadura, no peito e na raça,
da reedição de atos institucionais duríssimos,
da volta da tortura e da censura,
de silenciar todos os pensadores,
da extinção de mandatos públicos eletivos,
do fechamento do Congresso Nacional,
das Assembléias Legislativas dos estados
e do Supremo Tribunal Federal,
do zeramento do Tribunal Superior Eleitoral
e do fim do processo eleitoral,
do banimento dos comunistas,
do desterro dos esquerdistas,
da demolição instantânea da Democracia,
do desmantelamento da ordem pública,
do fim dos direitos individuais
e da soberania popular,
da intervenção nos estados e nos municípios,
dos toques de recolher,
da suspensão do 'habeas corpus',
da destituição sumária de funcionários públicos,
da cassação dos direitos políticos,
de todas as news
que desinformem o povão,
do bloqueio das estradas,

da minuta do decreto e da
instalação do estado de defesa,
da não-posse do Sr. Lula,
de um golpe militar imediato,
de uma nova vandalização das sedes
dos Três Poderes, em Brasília,
já que em 8 de janeiro de 2023 não foi possível,
de ver o circo pegar fogo,
de ver os democratas carbonizados,
de ver a sucumbência da alegria e da felicidade...

E, tal qual Dorian Grey,
vou pintando meu retrato digital
mais horrendo do que o dele.

Quando meu tempo acabar,
a hora derradeira pintar
e o meu cuco me prevenir e anunciar,
sei que Eu-sou se tornará eu-não-sou,
o-que-não-é tomará o lugar de O-QUE-É,
pois, o que eu poderia ter sido não fui.

Eu joguei minha encarnação no lixo,
me tornei um mago negro,
meu demônio me dominou,
meu Deus Interior se calou,
minha Luz se apagou,
e, lentamente, meu Barco soçobrou.

 

A é. O é. A vida e o espaço-tempo são miralusões.4

 

O Amor Incondicional não [re]conhece precondições, nem regras, nem limites, nem o senso comum. Ele nos Ama exatamente como somos, não como imaginamos ser ou como fingimos ser. O Amor Incondicional é o mesmo pelos assassinados e pelos assassinos, pelos estupradores e pelos estuprados, pelos preconceituosos e pelos preconceituados, pelos ucranianos e pelos russos, pelos bolsonaristas e pelos lulistas, pelos comunistas e pelos capitalistas, pelos senhores e pelos escravos, pelos democratas e pelos antidemocratas, pelos mansos e pelos monstros, pelos magos negros e pelos Magos Brancos. O Amor Incondicional é impessoal, absoluto, total, ilimitado. Portanto, quanto mais nos preocuparmos, por exemplo, com o 'fiat voluntas mea', com a 'res extensa', com o viver cotidiano, com os acontecimentos inesperados, com a rotina e com a autodefesa, menos poderemos sentir o Amor Incondicional. [Por isto, há uma diferença inconciliável entre a realidade e a , entre o-que-não-é e .]

 

Uma [personalidade-]alma avançada não se preocupa se [o seu corpo físico] vive ou se irá morrer, [porque sabe que não existe morte, porque sabe que só existe .]

 

Todos nós somos atores em uma peça. Escolhemos nossos papéis e os desempenhamos.

 

Quando nos libertarmos do espaço-tempo, não nos importaremos mais com a vida nem com a morte como as conhecemos, [porque saberemos que são miralusões produzidas no e pelo espaço-tempo.]

 

Uma experiência mental não deve se transformar em um massacre. [Nossos pensamentos são poderosos e os pais dos acontecimentos. Se transformarmos uma experiência mental em um massacre, é possível que ele aconteça! E, se não acontecer, fará com que a nossa vibração pessoal desça a níveis desarmônicos e perigosos.]

 

Nem todos podem fazer a mesma coisa, mas, qualquer um pode fazer uma coisa!

 

A felicidade é uma sensação de bem-estar; a infelicidade, sua falta. Entre a felicidade e a infelicidade há, digamos assim, um intervalo aceitável [suportável, que varia de pessoa para pessoa].

 

A moralidade [a idéia de moral] depende de nós! [A idéia de moral é cultural, e, portanto, é pessoal.]

 

Todos nós decidimos o certo e o errado por conta própria, automaticamente, escolhendo o que queremos fazer.

 

O escritor do livro do Gênesis imaginou um Deus é cheio de sentimentos: feliz, triste, furioso, intrigante, perdoador, vingativo... Para ele, o bem e o mal não eram absolutos: eram medidas da felicidade de Deus. Ele estava escrevendo uma história e era isso que estava em sua mente: "quando eu pensar que uma coisa deixará Deus feliz, chamarei de 'bom'."

 

A responsabilidade do nosso caráter é nossa. [A responsabilidade de tudo e sobre tudo é nossa.]

 

Todos os atos [palavras e pensamentos] têm conseqüências prováveis, possíveis e inesperadas. [Lei Educativa da Causa e do Efeito.] Quando todas essas conseqüências funcionam no interesse do bem-estar de longo prazo da pessoa reflexiva, o bem resultará não apenas do ato original, mas, também, de cada uma de suas conseqüências.

 

Todos os equívocos, desconexões e desarmonias que agasalhamos, que sustentamos e que cometemos derivam da nossa falta de . [É por isto que tantas, tantas e tantas vezes já disse que só pela nos . Não há outro caminho; não há uma possibilidade alternativa. Nesse sentido, talvez, apenas talvez, o maior óbice para buscarmos uma Compreensão Superior seja a nossa estabilidade econômica, isto é, termos um bom salário.] Talvez, o maior absurdo retrogressivo que poderemos cometer seja administrar a nossa vida de acordo com o que pensam as outras pessoas. Circularidade: nem sempre o que é bom é correto, nem sempre o que é correto é moral, nem sempre o que é moral é adequado, nem sempre o que é adequado é justo e nem sempre o que é justo é bom.

 

 

Eu ganho muito bem
e, economicamente, minha vida é um paraíso.
Por que haverei de sofrer e de me preocupar,
se
o que é bom nem sempre é correto,
se o que é correto
nem sempre é moral,
se o que é moral
nem sempre é adequado,
se o que é adequado
nem sempre é justo
e se
o que é justo
nem sempre é bom?
E daí? Eu posso fazer o quê?
Eu não sou teólogo nem filósofo.
Sou só mais um cuidando apenas do próprio umbigo!

 

Pensar não é um crime; [pelo contrário; pensar é um dos instrumentos da nossa libertação.]

 

Não temos que nos intrometer na vida de ninguém, a menos que as pessoas peçam a nossa ajuda. E, mesmo assim... [Todas as nossas experiências são pessoais, intransferíveis e intransmissíveis. Já disse e vou repetir: cabe a nós e a mais ninguém fazer o nosso dever de casa.]

 

Nossos erros e nossos defeitos são os nossos melhores professores.

 

Geralmente, as coisas mais simples são as mais verdadeiras. [Ora, o que adianta querermos aprender a resolver a integral , se não sabemos somar nem subtrair? O que adianta querermos ter poderes psíquicos espetaculosos, se, espiritualmente, somos menos do que minhocas?]

 

A gratificação de curto prazo pode não ser felicidade a longo prazo, e para encontrarmos a diferença temos que pensar e nos esforçar para compreender as coisas. Tocar felicidade a longo prazo pelo prazer imediato é fazer trato com satanás.

 

 

 

 

Quando nos deparamos com uma situação em que o bem e o mal dependem das circunstâncias, nossos conceitos de bem e de mal se tornam subjetivos, e não representam mais a alternativa clara que pensávamos ver. [Um exemplo disto são as guerras, que, ainda que algumas delas pareçam ser justas, todas são injustas.]

 

Uma exceção acaba nos mostrando um milhão de outras exceções. [Aqui cabe a seguinte reflexão: um hipotético ataque-surpresa do Ocidente à Federação Russa, para por fim à invasão da Ucrânia – que jamais deveria ter acontecido será uma exceção ao conceito de que todas as guerras são injustas, ou sempre os conflitos deverão ser resolvidos pelo diálogo? Essa é uma questão muito delicada e difícil de ser respondida, pois, por exemplo, no caso do Nazismo Alemão, não poderia mesmo haver diálogo que demovesse Adolf Hitler de suas intenções meléficas, até porque ele foi um mago negro a serviço da G.'. L.'. N.'. e imbuído de praticar o pior de todos os males: a destruição da Humanidade. Um dos seus lemas era: Temos de ser cruéis. Temos de recuperar a consciência tranqüila para sermos cruéis. Um ser humano que pensa assim é irrecuperável, pois, de fato, se transformou em uma não-entidade absoluta. Seja como for, eu não apóio nem sou favorável à pena capital. A é; não podemos criá-la nem destruí-la. A realidade em que vivemos e nos movemos não é a .]

 

Não há bem nem mal absolutos. A única coisa absoluta é a .

 

No mundo das aparências, [no mundo das realidades, no mundo do espaço-tempo], existem ilimitadas conseqüências, isto é, ilimitados contrapesos para cada decisão que tomamos. Seja qual for a decisão.

 

O que poderá ser pior do que adotar soluções drásticas? [Cortar a cabeça para emagrecer é uma delas!]

 

Morrer [partir para a Grande Aventura] é algo que, para cada um de nós, só poderá acontecer uma vez em cada vida.

 

Reencarnamos porque queremos, porque precisamos para endireitar as coisas, para corrigir atos impensados. [A reencarnação (o renascimento) não é propriamente uma obrigação; antes, é uma necessidade. Todavia, da mesma forma que há tempo para nascer, viver e morrer, há tempo para renascer.]

 

 

Continua...

 

 

______

Notas:

1. Apelido dado por Leonel Itagiba de Moura Brizola ao Paulo Salim Maluf.

2. Apelido dado por Leonel Itagiba de Moura Brizola ao Wellington Moreira Franco.

3. Apelido dado por Leonel Itagiba de Moura Brizola ao Anthony William Matheus de Oliveira, mais conhecido como Anthony Garotinho.

4. Miralusão = Miragem + Ilusão.

 

Música de fundo:

Jonathan Livingston Seagull (Dear Father)
Composição: Neil Diamond

Fonte:

https://mp3.pm/song/2971983/Neil_Diamond_-_OST_
Jonathan_Livingston_Seagul_11_-_Dear_Father/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://dribbble.com/shots/5518249-Happiness

https://bestanimations.com/Humans/Skulls/Skulls.html

https://www.freepik.com/free-photos-vectors/lgbt

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81ton

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mendes-faria-76-anos-hoje-mas-sua-vida-foi-abreviada-por/1878883038937030/

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