ASAS PARA VIVER
(3ª Parte)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

Richard Bach

 

 

Este estudo é a 3ª parte de uma coletânea de fragmentos garimpados (e, eventualmente, editados e comentados) na obra Asas Para Viver (Running from Safety: An Adventure of the Spirit), de autoria do escritor de nacionalidade norte-americana Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) e traduzida por Edith Zilli.

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Richard Bach

 

 

Richard Bach (Oak Park, Illinois, 23 de junho de 1936) é um escritor de nacionalidade norte-americana. A principal ocupação de Bach foi a de piloto reserva da Força Aérea, e, praticamente, todos os seus livros envolvem o vôo, desde suas primeiras histórias sobre voar em aeronaves até suas últimas, na qual o vôo é uma complexa metáfora filosófica. Bach alcançou enorme sucesso com Fernão Capelo Gaivota, que não foi igualado por seus livros posteriores; entretanto, seu trabalho continua popular entre os leitores.

 

Em setembro de 2012, o escritor ficou gravemente ferido na queda de um avião que pilotava, no estado de Washington. Richard Bach despenhou-se com uma pequena aeronave quando tentava aterrar na Ilha de San Juan, no Estado de Washington, tendo sofrido ferimentos na cabeça e no ombro.

 

 

Richard Bach
(No cockpit de seu avião Piper Cub, em 1972)

 

 

Fragmentos da Obra

 

 

Nossa cabeça é o centro da consciência, da vida e do ser. [Se isto é assim, precisa sofrer uma radical mudança, de tal maneira que o centro da consciência, da vida e do ser passe a ser o nosso Coração.]

 

 

 

 

Haverá glória maior do que poder dizer: TRIUNFEI! [Sobre mim mesmo! Sim, eu posso voar! Sim, sou livre!]

 

 

 

Como pode a vida ser tão simples no chão e tão gloriosa no ar?

 

Precisamos vencer as nossas miragens.
Precisamos vencer as nossas ilusões.
Precisamos vencer os nossos delírios.
Precisamos vencer as nossas fantasias.
Precisamos vencer as nossas crendices.
Precisamos vencer os nossos desejos.
Precisamos vencer as nossas cobiças.
Precisamos vencer as nossas paixões.
Precisamos vencer os nossos apegos.
Precisamos vencer os nossos imperativos hipotéticos.
Precisamos vencer o-que-não-é.
Precisamos vencer as nossas prisões.
Precisamos vencer os nossos grilhões.
Precisamos vencer os nossos preconceitos.
Precisamos vencer as nossas intolerâncias.
Precisamos vencer a nossa separatividade.
Precisamos vencer o nosso negacionismo.
Precisamos vencer a nossa ignorância.
Precisamos vencer o movimento horário.
Precisamos vencer o nosso passado.
Precisamos vencer a Crise da Encarnação.
Precisamos vencer a Cruz Comum.
Precisamos vencer a Media Nox.
Precisamos vencer os nossos demônios.
Precisamos vencer o fiat voluntas mea.
Precisamos triunfar sobre nós mesmos.
Precisamos criar asas e aprender a Voar.

 

Nada significa nada. [Para o ser, nunca houve começo, pois, o nada não pode dar origem a alguma coisa. Tudo era trevas antes de surgir a LLuz. A LLuz, porém, não veio das trevas, pois as trevas são a ausência da LLuz... (Mito Rosacruz da Criação).]

 

A nossa encarnação será inútil e não terá um sentido concertado para nós, enquanto não mudarmos o que pensamos, como agimos e quem somos.

 

 

 

 

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em reivindicar e exigir ao invés de humildar?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em negociar com os deuses que inventamos?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em nos aconselhar e ouvir os falsos profetas?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser um babaquara-vai-com-os-outros?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser parciais e preconceituosos?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser inflexíveis e intolerantes?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser inclementes e outrofóbicos?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser cruéis e separacionistas?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser exploradores e escravagistas?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser egoístas e materialistas?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser politicamente fanáticos?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser ufanisticamente fanáticos?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, boçalmente, insistirmos
em ser religiosamente fanáticos?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós não processarmos corretamente
o que ocorre em nossa mente?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós não superarmos conscientemente
o medo e percebermos a Beleza?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós não mudarmos convictamente
e continuarmos a fazer escolhas erradas?

Como a nossa encarnação
poderá ser útil e fazer qualquer sentido,
se nós, Espiritualmente, não nos Illuminarmos,
e persistirmos em viver-morrer sem

 

Nós fazemos as escolhas e teremos que arcar com as conseqüências. Cada sim, cada não e cada talvez criam a escola da nossa experiência existencial.

 

Na vida, precisamos entender duas coisas: o poder do consentimento e o propósito da felicidade. No entanto, antes que possamos saber estas coisas, precisamos conhecer o funcionamento do próprio Uni[multi]verso: a Vida é e tudo segue o que poderíamos denominar cachoeira lógica.

 

Será mesmo que as pessoas quase sempre morrem de azar, por estarem onde não era conveniente e na pior hora? Será mesmo que não há saída e muitas pessoas acabarão morrendo mesmo de infortúnios inevitáveis? [Será que Mohandas Karamchand Mahatma Gandhi, que foi assassinado em 30 de janeiro de 1948, não deveria estar em Nova Déli naquele dia? Será que John Fitzgerald Kennedy, que foi assassinado em 22 de novembro de 1963, não deveria estar em Dallas naquele dia? Será que Muhammad Anwar Al Sadat, que foi assassinado em 6 de outubro de 1981, não deveria estar no Cairo naquele dia? Será que Marielle Franco, que foi assassinada em 14 de março de 2018, não deveria estar no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro, naquele dia?)

 

Existirá mesmo
essa coisa de
morrer de azar?
Existirá mesmo
essa coisa de morrer de véspera?
Existirá mesmo
essa coisa de maldição de Oak Island?
Existirá mesmo
essa coisa de praga de mãe?
Existirá mesmo
essa coisa de
estar no lugar errado?
Existirá mesmo
essa coisa de
estar na hora errada?
Existirá mesmo
essa coisa de bala perdida?
Existirá mesmo
essa coisa de
infortúnio inevitável?
Ou será que,
no Unimultiverso, não há acaso,
imprevisibilidades, casualidades, eventualidades?
Ora bem, se, no Unimultiverso,
houvesse inesperabilidades e inadvertibilidades,
haveria, também, por exemplo, revés, sorte e milagre,
coisas absolutamente inviáveis e inexistentes
em qualquer sistema ou dimensão do Kosmos.
O Unimultiverso opera e se mantém
por meio de Leis incriadas, fixas, harmônicas e imutáveis.
A isto Richard Bach
denominou cachoeira lógica.
Mas, como ainda somos totalmente ignorantes e ilógicos,
acreditamos em fatalidade e predeterminismo,
seja por determinação divina antecipada,
seja por obra do não-sei-que-diga,
seja lá por um outro motivo absurdo qualquer,
que eu nem sequer consigo imaginar.

Enfim, em qualquer ponto do Unimultiverso,

seja qual for o triângulo retângulo, a área do quadrado
cujo lado é a hipotenusa é igual à soma das áreas
dos quadrados cujos lados são os catetos.
Também, mesmo considerando os efeitos da relatividade especial,
a mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida,
e é produzida na direção de linha reta
na qual aquela força é aplicada.

 

Quando temos pouca idade, achamos que não deveremos morrer tão cedo. Quando estamos velhinhos, sabemos que a 'Grande Aventura' está pintando. Isto se chama convicção por abandono: concordamos com as regras sem pensar, e nos deixamos levar porque é isso que se espera delas. O fato é que, se não aceitarmos nenhuma das convicções comuns, não poderemos existir no espaço-tempo.

 

Questões para refletir: na educação dos filhos, será que é correto os pais valorizarem a inteligência e desprezarem os sentimentos? Será que é correto controlar as emoções, para que o intelecto possa correr livremente? Será que é correto uma criança ter que saber o significado de palavras como fiduciário, egrégio, polissílabo, inconstitucionalmente e tetranitrato de pentaeritritol?

 

Ao longo da vida, o mais depressa que pudermos, deveremos nos esforçar para nos libertar da submissão ou do apego aos convencionalismos [sociais, políticos, religiosos etc. Convencionalismos = o-que-não-é. Todavia, isto não quer dizer que devamos nos tornar abrutalhados, grosseirões e mal-educados.]

 

 

 

 

Não devemos medir a nossa vida contando os calendários que já passaram, mas, sim, pelo que aprendemos. [Eu já penso que não devemos medir nada. Medir o quê? Medir por quê? Medir para quê?] Se você tiver que sofrer um trauma, é melhor que seja pelo choque de descobrir um princípio fundamental do Uni[multi]verso, e não por alguma data previsível, como o próximo dia 29 do mês de fevereiro. [Eu tive um amiguinho de infância/adolescência – Robert Krentel Leal, que a gente chamava de Bob – que nasceu em um 29 de fevereiro.]

 

Poderá haver algo pior do que nos sentirmos velhos e acabados?

 

 

 

 

Todos nós somos criaturas eternas. [Estamos no Unimultiverso e o Unimultiverso está em nós.] Essa estranha sensação de ser 'mais jovem ou mais velho' se deve ao contraste entre o esdrúxulo senso comum e a verdade incontestável: que a consciência não tem idade alguma. Como a nossa mente ainda não consegue coordenar concertadamente isso de acordo com as regras do espaço-tempo ela desiste de tentar. Quando percebemos que não somos tão velhos quanto nossos números parecem indicar, dizemos: Que sensação esquisita! E mudamos de assunto. Portanto, se dissermos para nós mesmos 'eu não tenho idade', desaparecerão todos os contrastes, e a sensação estranha de ser macróbio também desaparecerá. [Eu por exemplo, que nasci no dia 5 de julho de 1946, e que, portanto, tenho 76 anos, quando cismo de dizer para mim mesmo que não tenho idade, sinto-me como se tivesse 75!] Se o nosso corpo físico for a expressão perfeita do que pensarmos dele, e se o que pensarmos do corpo for que a sua condição exterior está intimamente relacionada à sua imagem interna, mas, não ao tempo [que não é ], não precisaremos mais nos preocupar sobre sermos jovens nem nos assustar porque já somos muito velhinhos, meio gagás [e .]

 

Um dia, no começo do século passado,
alguém de alto escalão, lá no céu, me comunicou:
Prepara-te; está chegando a hora de reencarnares.
Precisas cumprir a missão que te comprometeste.

Eu, que há séculos esperava aquela oportunidade,
fiquei todo contente, tomei um banho,
passei um desodorante cheiroso,
borrifei-me com ,
fiz a minha malinha, separei o passaporte...
E, como criança que vai ao circo, ansioso, aguardei.
Mas, não posso deixar de registrar que alguns caras-de-pau,
que esperançavam há mais tempo do que eu
para reencarnar e seguir viagem,
se insurgiram e reclamaram pra chuchu.
Eu, que sabia o porquê do meu retorno,
fiquei na minha e não disse uma palavra.
Só fiquei pensando no autor do Eclesiastes,
que deveria ter começado a sua obra assim:
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todos os propósitos tanto no céu quanto debaixo do céu.
Há tempo de reencarnar e tempo de esperar para reencarnar...
Logo, se insurgir e reclamar não adianta xongas.
Humildade! Sempre humildade!

Bem, conscientemente, eu já decidira
que, desta vez, nasceria no Patropi do Pelé.
No dia 5 de julho de 1946, logo de manhãzinha,
tomei o avião celestial e desembarquei
na Casa de Saúde São Sebastião, no Rio de Janeiro.
Chorei...
Mamei...
Brinquei...
Estudei...
'Pequei' às pampas...
Casei...
Descasei...
Recasei...
Ensinei...
Ajudei...
Servi...
Protegi...
.................
.................
.................

Como sói acontecer, avelhei...
Fiquei macróbio e meio gagá.
Fiz o melhor que pude, sim,
e tentei, ao máximo, ser sincero.
Todavia, falhei em algumas coisas,
causei certos desequilíbrios
e fui menos do que poderia ter sido.
Cavacos do ofício encarnativo!
No futuro, eu compensarei tudo isto.
Mas, como sei que a morte não existe,
não tenho medo de bulhufas.
Como é possível que as pessoas
tenham medo do que não existe?
Como é possível que as pessoas
acreditem em teologias hipotéticas e fraudulosas?
Como é possível que as pessoas
tentem negociar com os deuses que elas inventaram?

Hoje, com toda sinceridade,
dignamente, aguardo o instante
em que, cônscio, partirei para a minha
colorida

Um dia, retornarei novamente.
Espero ser um pouco melhor do que fui
e fazer mais do que fiz nesta encarnação.

Se quisermos, poderemos nos destruir ou voar além das estrelas, sem que ninguém se importe.

 

Na nossa adolescência, todos os nossos valores são postos à prova. Precisamos aprender, o mais rapidamente possível, que o nosso melhor amigo somos nós próprios. [Mas, melhor amigo do que nós próprios, é o nosso Deus Interior.]

 

Por que devo
respeitar e chamar os mais velhos de senhor(a)?

Por que não devo
tirar e comer meleca?

Por que devo
aceitar o que pensa e faz a maioria?

Por que não devo
concordar com a minoria?

Por que devo
atravessar as ruas nos sinais?

Por que não devo
cabula
r as aulas?

Por que devo
sempre obedecer os meus pais?

Por que não devo
atira
r o pau no gato nem no jacaré?

Por que devo
tomar todas as vacinas recomendadas?

Por que não devo
descumprir as medidas não-farmacológicas contra a COVID-19
?

Por que devo
ser de direita e tomar ?

Por que não devo
ser de esquerda e só beber
?

Por que devo
ser bom, justo, misericordioso e solidário?

Por que não devo
ter inveja, cobiça e olho grande
?

Por que devo
respeitar os índios, os negros e os quilombolas?

Por que não devo
poluir nem arruinar o meio ambiente
?

Por que devo
respeitar os ?

Por que não devo
desrespeitar quem pensa e age diferente de mim
?

Por que devo
ser honesto, digno e verdadeiro?

Por que não devo
postar
news nem contar mentiras
?

Por que devo
ajudar os pobres e os necessitados?

Por que não devo
pecar por pensamentos, palavras e obras
?

Por que devo
pedir a bênção aos sacerdotes?

Por que não devo
fumar e beber bebidas alcoólicas
?

Por que devo
evitar as más companhias?

Por que não devo
dar uma cafungada só de vez em quando
?

Por que devo
acreditar em deuses e demônios que nunca vi?

Por que não devo
duvidar dos ensinamentos das Sagradas Escrituras
?

Por que devo
ir à missa aos domingos?

Por que não devo
comer carne na 6ª-feira Santa?

Por que devo
me ajoelhar e me confessar?

Por que não devo
duvidar da palavra de deus?

Por que devo
acreditar que o Papa é infalível?

Por que não devo
duvidar dos dogmas teológicos?

Por que devo
me manter puro, casto, cândido e inocente?

Por que não devo
me masturbar
para alcançar o orgasmo?

Por que devo
considerar todos como meus irmãos?

Por que não devo
odiar os cruéis e os meus inimigos
?

Por que devo
respeitar o Estado Democrático de Direito?

Por que não devo
desrespeitar a Constituição do meu país
?

Por que devo
desempenhar bem os deveres que me são atribuídos?

Por que não devo
votar em branco nem anular o meu voto
?

Por que devo
ser bem-comportado e bem-educado?

Por que não devo
dar pum quando e onde eu quiser
?

Por que devo
deixar em paz a perereca da vizinha?

Por que não devo
ficar de olho na maravilhosa butique dela
?

Por que devo
ser forçado a fazer uma coisa que não quero?

Por que não devo
fazer uma coisa que eu tanto quero?

Por que devo
manter a balança em meu interior equilibrada?

Por que não devo
desequilibrar os pratos da minha balança interior?

Por que devo
só fazer Magia Branca?

Por que não devo
jamais fazer magia negra?

Por que devo
sempre fazer isto e tantas outras coisas?

Por que não devo
nunca fazer aquilo e tantas outras coisas?

 

O que será essa silenciosa dentro da nossa mente [que, se quisermos ouvi-LA, Ela conversará conosco a qualquer momento, em qualquer lugar, sem exigências?] Tagarelice mental sem sentido? Delírio? Ilusão? Esquizofrenia? Dissociação do pensamento? Fragmentos desconexos e incoerentes de alucinações miraginais? Ecos em uma caverna desértica e sem lanterna? Diferentes facetas personalísticas de nós mesmos (dentro de nós)? Partes de nós mesmos que ainda não conhecemos? Ou essa será muito, muito mais e totalmente distinta de tudo isto, de tal forma que, se descerrarmos a janela e treinarmos nossa consciência para ouvi-LA e A ouvirmos ELA poderá se tornar um professor escorreito e um guia sem defeito? Enfim, o que será de fato essa ?

 

Um Belo Dia, há muito tempo,
meio de bobeira comigo mesmo,
ouvi uma em meu interior.
Eu pensei que estava ficando lelé,
mas, era a do meu Deus Interior!
E, sem que eu pedisse, ELA falou...
Ensinou-me algumas coisinhas...
E nunca mais parou de falar!
Hoje, às vezes, sou eu quem fala com ELA;
às vezes, é ELA que fala comigo.
E o papo nunca é furado;
é sempre muito bom e ilustrativo.
Com ELA, por exemplo, aprendi que:
no Unimultiverso,
não há perda nem morte,
não há sumiço nem extravio,
não há minimização nem apócope;
só há percepção crescente e ilimitada de Compreensão,
mudamento e Vida Incriada e Eterna em Si Mesma.
Todo fim é aparente, fictício;
todo fim é um recomeço sem-fim.
Mudam tão-somente o plano ou a dimensão.

Quem salva (liberta) uma existência
(de si mesma)
salva (liberta) todas as existências
(de si mesmas).
Tudo é UM.
Somos todos UM.
Unifratermultiplicidade.
1
+ 1 = 1.
1
1 = 1.
A Spira Legis é ilimitada;
não foi criada nem será destruída.
Por Ela, com Ela e Nela nós existimos.

 

 

Spira Legis

 


Na Peregrinação Cósmica,
rumo à inevitável Divinização Unimultiversal,
cada existência-presença se encontra
em uma oitava específica da Spira Legis.
Portanto, tudo
+ todos
pedras, plantas, bichos, homens...
necessariamente, terão que passar,
pelas experiências educativo-compensatórias
de cada oitava singular e específica
Leis do Renascimento Evolutivo e da Causa e do Efeito
até que ocorra esgotamento 'kármico' terreno,
e possa haver Illuminação relativa,
Compreensão relativa,
Libertação relativa (de si mesmo)
e Divinização Consciente relativa,
através de sucessivas Iniciações,
pois, o karma unimultiversal, 'per se', é inacabável.
Sempre haverá engendração 'kármica'.
Por isto, não há limite para as Iniciações:
somos todos inexpertos aprendizes.
Assim foi. Assim é. Assim será.
Mudança Eterna.
'Mânvântâra' Eterno.
'Prâlâya' Eterno.
Ciclos... Ciclos... Ciclos...
Aprendizagem Eterna.

Movimento Eterno.
Vida Eterna.
Repetindo: cada fim é um novo recomeço.
Cada recomeço gerará um novo fim.

'Para o Ser, nunca houve começo, pois,
o inexistente nada não pode dar origem a alguma coisa.'
Para o Ser, nunca haverá um fim definitivo,
pois, se houvesse um fim definitivo,
significaria retornar ao nada,
e o nada nunca existiu, não existe e jamais existirá.
Por isto, não pode haver perecimento
nem pode haver aniquilamento.
FOI
+ SERÁ = É.
Por aproximações lentas, porém, consecutivas,
o-que-não-é tende para O-QUE-É.
As realidades tendem para a ATUALIDADE.
As trevas tendem para a LLUZ.
A inconsciência tende para a CONSCIÊNCIA.
O não-eu tende para o EU.
O não-sou tende para o EU-SOU.
A magia negra tende para a MAGIA BRANCA.
Sem Big Bang. Sem 'big the end'.
Eternidade Incriada!

 

 

 

 

Na vida, se, conscientemente, não mudançarmos de rumo, nosso Navio acabará se chocando contra os recifes [ou coisa pior]. Não importa a nossa idade; precisamos cumprir o comando do nosso Coração (onde está a Tripulação Secreta do nosso Navio as ferramentas, as velas, a bússola, o astrolábio e todos os canhões). Pela Sabedoria (Sensação Superior, Intuição Superior, Consciência Superior), em segurança, cumpriremos a nossa Viagem. O grande busílis é: por que não sabemos que a Tripulação Secreta do nosso Navio existe? Ora, porque nós não damos a menor bola para Ela e nunca A procuramos. [Preferimos continuar sendo grumetes paus-mandados do que nos tornarmos o Capitão Ordenador do nosso Navio!]

 

Não mudancei a rota...
A rota não mudancei...
Paralisei... Embatuquei...
Continuei sendo grumete...
Não me tornei Capitão.

Não mudancei o ir-e-vir...
O ir-e-vir não mudancei...
Caturrei... Casmurrei...
Fiquei na mesma...
Na mesmíssima fiquei.

Não mudancei o rumo da prosa...
O rumo da prosa não mudancei...
Teimei... Embezerrei...
Nunca saí do mesmo lugar...
Do mesmo lugar, nunca saí.

Não mudancei a realidade...
A realidade não mudancei...
Marralhei ... Embirrei...
Joguei a encarnação no lixo...
A encarnação no lixo joguei.

Muitos séculos se passaram...
Passaram-se muitos séculos...
Em uma Raça-raiz... Reencarnei...
Aí, lutei o Bom Combate...
Mudancei e, então, avancei.

Precisamos nos esforçar...
Nos esforçar precisamos...
Não existem milagres...
Não existe jeitinho...
Tudo só depende de nós.

Precisamos nos mancar...
Nos mancar precisamos...
Não existem escolhidos...
Não existem privilegiados...
Temos que fazer o dever de casa.

Somos o Capitão do Navio...
Do Navio, somos o Capitão...
É chocar contra os recifes
ou chegar a um porto seguro...
Somos a Bússola e o Astrolábio.

Nós somos o próprio Navio...
O próprio Navio somos nós...
Ou será céu de brigadeiro
ou será descida ao inferno...
O céu e o inferno estão em nós.

Será masmorra ou alforria...
Será alforria ou masmorra...
Ou lutamos pela Illuminação
ou continuaremos nas trevas...
Só há um Caminho: a Iniciação.

Mas a Iniciação não é grátis...
Não é gratuita a Iniciação...
Pedir também não adianta
nem comprá-La por milhões...
Trabalho-mérito. Humildade-paciência.

 

Para mim é um crime tratar o corpo como se fosse uma máquina e não o pensamento manifesto. Isto é não conseguir ver além do biombo da aparência.

 

Amantes que se tornam o ideal um do outro acabam, com o tempo, mutuamente, ficando mais atraentes. O macete para que isto aconteça é nos tornarmos melhores a cada ano que passa. O que está dentro, em nosso interior, é o que importa.

 

A mulher ideal deve ser carinhosa, calorosa, espirituosa, habilidosa, gentil, curiosa, sensual, inteligente, criativa, serena, versátil, livre, franca, expressiva, expansiva, brilhante, prática, deliciosa, bonita, positiva, talentosa, clara, ordeira, penetrante, misteriosa, mutável, curiosa, alegre, imprevisível, poderosa, determinada, aventureira, séria, sincera, corajosa e sábia. [Tudo bem, concordo com Richard Bach. Mas, se essa tal de mulher ideal não gostar do esporte, não adiantará nada ser mulher ideal.]

 

 

Continua...

 

 

Música de fundo:

Jonathan Livingston Seagull (Dear Father)
Composição: Neil Diamond

Fonte:

https://mp3.pm/song/2971983/Neil_Diamond_-_OST_
Jonathan_Livingston_Seagul_11_-_Dear_Father/

 

Páginas da Internet consultadas:

https://revistasum.umanizales.edu.co/ojs/

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Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.