Este
estudo teve por objetivo comentar minuciosamente o Apocalipse de Baruch,
um livro deuterocanônico em algumas tradições do Catolicismo.
No Judaísmo e na maioria das igrejas protestantes é considerado
um livro apócrifo. A obra possui seis capítulos, sendo que
a autoria dos cinco primeiros é tradicionalmente atribuída
ao profeta Baruch (um homem erudito e de família nobre, que foi amigo
e secretário do Profeta Jeremias durante o Exílio na Babilônia
do povo israelita na Babilônia), enquanto que a autoria do sexto é
atribuída ao pesquisador, historiador e Profeta Jeremias, considerado
o autor de dois dos livros da Bíblia: Livro de Jeremias
e Livro das Lamentações. Embora a introdução
(I: 1 – 14) sustente que a obra foi escrita por Baruch e enviada a
Jerusalém para ser lida nas assembléias litúrgicas,
há estudos que indicam que os textos não foram escritos pelo
próprio Baruch, e que, provavelmente, foram escritos no século
II a.C. ou em meados do século I a.C. Enfim, esta obra encerra confissões
de pecados, clamor por misericórdia, uma exaltação
à sabedoria, uma mensagem aos cativos e uma carta pretensamente escrita
por Jeremias, a qual o próprio Jerônimo, teólogo católico
romano, denominou de pseudo-epígrafe (texto escrito por um autor
que diz ser outra pessoa). Seja como for, é mais uma das paranóias
delirantes produzidas e divulgadas por paranóicos delirantes para
paranoizar
e fazer delirar os leitores desavisados. Já no meio deste estudo,
confesso que fiquei meio irritado com tanta besteira. Mas, fui até
o fim. Seja como for, eu espero que este rascunho esclareça alguns
pontos que, até hoje, ainda permanecem obscuros, e, para muitas pessoas,
dão ensejo a desespero, desalento, desânimo e abatimento.
Estátua
de Baruch (em pedra-sabão)
(Aleijadinho, Congonhas, Minas Gerais, século XVIII)
Apocalipse
de Baruch
(Algumas Passagens)
...
O
meu povo deverá ser castigado...
Para que os povos, sem exceção, sejam punidos, e nesta punição
permaneçam.
Comentário:
No Universo não há punição nem prêmio;
há compensação e aprendizado. As idéias de castigo,
inferno e demônios e de recompensa, céu e deuses são
humanas...
...
Foram
castigados... para que... pudessem ser purificados.
Comentário:
Castigo
nunca purificou ninguém. Castigo
nunca ensinou nada a ninguém. Castigo
nunca mudou nada em ninguém. Castigo
nunca libertou ninguém.
...
Desde
o tempo em que decidi criar o Paraíso.
Comentário:
No Universo não há paraíso nem inferno. As idéias
de deus e de demônio são humanas.
Daí, o Olimpo, o
Hades etc.
Cumpre
tudo o que eu te ordenei!
Comentário:
Não há compulsoriedade em nada. Não há obrigatoriedade
de nada. A decisão de fazer ou de não fazer é nossa,
porém, só poderemos fazer
ou não fazer adequadamente se compreendermos concertadamente. Somos
responsáveis por tudo.
Chegado
é o tempo em que,
por um prazo, Jerusalém será abandonada, até
que seja determinada a sua reconstituição, e aí será
para sempre.
Comentário:
Não existe para
sempre no
Universo. Tudo é mudança e movimento. Sempre haverá
construção, destruição e reconstrução.
Eu
te revelarei o que acontecerá no fim dos tempos.
Comentário:
---› Começo
---› Fim
---›
Começo
---› Fim
---›
Começo
---›
Fim
---›
—
Ninguém deveria se preocupar
se o mundo irá ou não acabar.
Deveríamos, sim, interverter
a preponderância do não-ser.
Exultem
aquelas que não geraram filhos!
Comentário:
Não há maior ato de amor do que a maternidade/paternidade.
Quem
fará justiça sobre tudo isso?
Comentário:
Ninguém fará justiça para nós ou por nós.
A Justiça, como tudo, sem exceção, depende exclusivamente
de nós, individual e coletivamente.
Quem,
dentre os nascidos do pó, pode perceber o princípio e o fim
da Tua Sabedoria?
Comentário:
A Sabedoria não tem princípio nem fim. A Sabedoria é.
Aqueles que buscarem a Sabedoria, sim, A encontrão, mas, apenas,
sempre, uma Sabedoria relativa, pois, a Sabedoria Absoluta jamais poderá
ser alcançada e conhecida. A Sabedoria como o Universo são
ilimitados, e o que é ilimitado jamais poderá integralmente
conhecido.
Como
o sopro do vento, que sem causa própria surge e vai, assim é
também com os filhos dos homens, pois, não caminham pela sua
própria vontade e ignoram qual será o seu destino final.
Comentário:
Isto está corretíssimo. A maioria dos seres-humanos-aí-no-mundo
(98,9%), como ricos vacilões, não sabe necas de pitibiribas,
adora não saber bulhufas,
tem uma mistura de inveja + raiva de quem sabe umas coisinhas e vive como
um cocozão bêbado boiando em um oceano de miragens + ilusões.
A nossa grande luta deve ser contra a nossa ignorância, que nos mantém
como
cocozões cativos
na Roda do Samsara (fluxo de renascimentos, cujo ciclo só
poderá se extinguir pela Illuminação,
o que vale dizer pela Compreensão).
O
Cocozão Bêbado Boiante
Pronunciaste
uma Palavra, e, imediatamente, apareceram diante dos teus olhos as obras
da Criação.
Comentário:
Não é bem assim, mas, o certo é que esta Palavra –
este Verbum Æternum
– está
à disposição dos que se dignarem a procurá-La
e tiverem mérito para ouvi-La. Afinal, in
potentia, somos todos Deuses.
O
homem nunca teria conhecido corretamente a minha Lei, caso não a
tivesse recebido, e caso eu não o tivesse instruído com toda
a diligência.
Comentário:
O Conhecimento da Lei não depende da instrução de Deus
nem de ninguém; depende, sim, exclusivamente, do nosso esforço
pessoal (Bom Combate) e de mérito. E este Conhecimento
é Iniciático
e só vem através da Iniciação, que, no passado,
era conhecido por Mistérios.
...
A
Terra e o céu persistem para sempre.
Comentário:
Nada persiste para sempre exatamente do jeito que é. No Universo,
ciclicamente, tudo está sujeito à mudança, ao movimento,
à construção, à destruição e à
reconstrução.
...
No
período caíram em pecado...
Comentário:
Não existe pecado;
existe, sim ignorância.
Tu
conheces também o lugar derradeiro que preparaste para os pecadores
e o fim novíssimo para aqueles que praticaram o bem.
Comentário:
Não há nada derradeiro, não há nada definitivo,
não há nada imudável, não há nada para
sempre, não há nada intransmutável. Como
foi dito acima, tudo está sujeito à mudança, ao movimento,
à construção, à destruição e à
reconstrução. Essas coisas de inferno ardente para sempre
para os pecadores e de paraíso de delícias para sempre
para os bem-comportados são construções
mentais obtusas dos seres-humanos-aí-no-mundo, que têm
uma idéia de justiça inteiramente discrepante e destoante
do que se poderia denominar, por falta de um termo melhor, de Justiça
Cósmica, mas, que não deixa de ser o Summum
Bonum, que também apenas imaginamos como possa ser, mas,
que não sabemos de fato o que é nem como é. Infelizmente,
foi com base nessas especulações destituídas de sentido
e de racionalidade, que as religiões exotéricas vêm
construindo suas teologias dogmáticas, desastradas, contra-sensuais,
insustentáveis e carcomidas. Por isto, todas as religiões
precisarão desaparecer, para dar origem ao Teocientificismo. E isto,
natural e progressivamente, ocorrerá ao longo desta Era de Aquarius,
no transcurso dos próximos dois mil anos. Seja como for, a 6ª
Raça-raiz não comportará os absurdos teológicos
que hoje conhecemos.
...
Ou
torna ao nada.
Comentário:
O nada não existe. Para
o ser, nunca houve começo, pois, o [inexistente]
nada não pode dar origem à alguma coisa.
Tu
nos escolheste como povo predileto, por amor do teu Nome.
Comentário:
Este é um dos maiores absurdos teológicos ainda existentes:
a crença na existência de escolhidos e de prediletos. Bem,
supondo que existam escolhidos e prediletos, supondo que tenha havido uma
criação, por que Deus haveria de criar os não-escolhidos
e os não-prediletos? Mistério insondável? Ora, Mistério
é outra coisa!
Quando
Adão pecou, atraindo a morte sobre os seus descendentes...
Comentário:
E assim, o bom Agostinho de Hipona (354 – 430), em um surto esquizofrênico
inigualável, nefelibático e sesquipedal, inventou essas baboseiras
de Pecado Original (pecado derivado lá de Adão e
Eva, que, sem autorização nem carta-patente, comeram a maçã)
e de limbo (lugar para onde são rebocados os recém-nascidos
que morrem antes de ser batizados, e, por isto, não podem ser realmente
elevados ao Paraíso), em virtude de uma controvérsia com o
monge Pelágio da Bretanha (350
– 423).
Tais doutrinas não existem no Judaísmo nem no Islamismo, que,
nesta matéria, dão de 10 a 0 no Catolicismo.
...
E
tu verás — e contigo muitos — a paciência do Altíssimo,
que se prolonga de geração em geração. Grande
é a sua magnanimidade para com todos os nascidos sobre a Terra, quer
cometam pecados, quer pratiquem boas obras.
Comentário:
O Altíssimo (se esse Altíssimo
existir, da maneira que
nós pensamos e que queremos que exista) não tem paciência
nem impaciência; paciência e impaciência
são coisas humanas, mas, como nós temos a maniazinha de transferir
para as divindades que criamos todas as categorias que apenas a nós
pertencem, achamos que estas divindades inventadas ora são pacientes,
ora são impacientes, ora premiam, ora castigam, ora desculpam, ora
inculpam, ora estão com bom humor, ora estão com mau humor,
ora isto ora aquilo, ora umas coisas, ora outras coisas...
...
Os
habitantes da Terra não perceberão de que se trata do fim
dos tempos.
Comentário:
Nós não temos que nos preocupar com o fim
dos tempos;
temos que nos preocupar, sim, com o hoje, com o já, com o agora e
com as mudanças que devemos e precisamos implementar em nossos egos,
de tal sorte que Fiat
Voluntas Tua e não fiat
voluntas nostra.
—
Eu vivia preocupado
se o mundo iria acabar.
E continuei acocorado,
sem mudar e sem voar!
—
Não sei se ele acabou,
pois, acabei mixando.
Nunca disse: — Eu sou.
Só vivi me encagaçando.
Mas,
naquele tempo [o
fim dos tempos], eu protegerei apenas aqueles
que nesses dias se encontrarem neste país.
Comentário:
Ora, como é possível este tipo de escolha? Que raio de deus
é esse que protege uns e massacra outros. Bolas! Isso só mesmo
na cabeça do Senhor Baruch! Nem eu, que sou uma besta quadrada, faria
uma coisa destas.
...
Os
dois imensos monstros marinhos por mim criados no quinto dia da Criação...
Comentário:
Esse deus do Senhor Baruch só pode ser mesmo um trocista. Não
tinha ele mais o que fazer, do que ficar criando monstros marinhos?
Terminado
o tempo vigente do Messias, Ele voltará de novo à glória
do céu. Então, haverão de ressuscitar todos aqueles
que outrora adormeceram na sua esperança.
Comentário:
Quem adormecer na esperança de quem quer que seja ou do que quer
que seja não alcançará bulhufas. Ou fazemos as coisas
acontecerem ou continuaremos escravos do não-ser. Nenhum Messias
nem ninguém farão por nós o que nos couber fazer. As
mudanças dependem só de nós e de mais ninguém.
Ou no rol dos
ou no rol dos .
A escolha é nossa e somente nossa.
...
Foi
chegado o tempo previsto como o fim de todos os tempos.
Comentário:
Se não houve um começo para os
tempos, como
poderá haver um fim para os
tempos? São
idéias malucas como essas de fim
de todos os tempos
que dão origem a esquizotimias científicas do tipo Big
Bang (Grande Expansão), Big Bounce (Grande Rebote),
Big Crunch (Grande Colapso), Big Rip (Grande Ruptura),
Big Freeze (Grande Congelamento) etc. Ora, se o inexistente nada não
pode dar origem a nenhuma
coisa, nenhuma coisa
pode retornar ao que
não existe.
Animação
de uma galáxia Sujeita ao Big
Rip
...
A
hora das suas condenações (das almas dos pecadores) é
chegada.
Comentário:
Quando? Quem estabelece este tempo? Quem condena? Quem executa a pena? Ora,
tudo isto é delírio baruchiano.
Sião,
uma vez plenamente reconstruída, permanecerá para todo o sempre.
Comentário:
Sim, sempre há e sempre haverá construção, destruição
e reconstrução, mas, nada permanece para
todo o sempre. Permanecer
para todo o sempre seria
estagnar, e estagnação não existe no Universo. O Universo
se manifesta por ciclos definidos (sucessivos e progressivos).
---›
1ª Ronda ---› 2ª Ronda ---› 3ª Ronda ---›
4ª Ronda ---›
---›
Período Saturnal ---› Período Solar ---› Período
Lunar ---› Período Terrestre ---›
---›
1ª Raça-raiz ---› 2ª Raça-raiz ---›
3ª Raça-raiz ---› 4ª Raça-raiz ---›
5ª Raça-raiz ---›
---›
Sem Mente ---› Sem Ossos ---› Lemurianos ---› Atlantes
---› Arianos ---›
---›
Mânvântâra ---› Prâlâya
---› Mânvântâra ---›
Permanecei
pacientemente no seu temor...
Comentário:
Na peregrinação, nada poderá ser pior do que o temor.
Todo temor
é impediente.
Agora, também é preciso entender direitinho o pacientemente,
porque não se pode ficar pacientemente
esperando, esperando,
esperando ad æternum... As coisas precisam
acontecer e somos nós que precisamos fazer as coisas acontecer. Nada
cairá do céu por milagre no nosso colo. Não há
ignorância maior do que esperar por um milagre.
Estamos
preparando agora o que virá depois.
Comentário:
Estamos sempre preparando o que virá, porque a árvore do presente-futuro
é semeada no presente-presente,
assim como a árvore do presente-presente
foi semeada no presente-passado.
O
mundo novo não permitirá a perdição dos bem-aventurados
que o alcançarão... e não permitirá que pereçam
os que nele viverem.
Comentário:
Primeiro, a
perdição
e o reencontro são construídos por nós. Segundo, não
há bem-aventurança definitiva; toda bem-aventurança
é relativa, ou
seja, não há um ponto final no Processo Iniciático.
Terceiro, a Grande Aventura é um processo permanente e necessário,
isto é, para renascermos precisaremos, de uma forma ou de outra,
morrer, ainda que, efetivamente, não exista morte. Seja como for,
morrer é apenas mudar de estado, de oitava e de plano vibratório.
Aos
numerosos outros será reservada uma morada de fogo.
Comentário:
E aí, os sacanocratas inventaram o inferno, e dentro dele puseram
os demônios.
Quem
nos haverá de nos mostrar a diferença existente entre a morte
e a vida?
Comentário:
Ninguém mostra nada a ninguém. Somos nós que deveremos
descobrir as coisas. Precisamos acabar como esse troço de ficar querendo
e esperando uma babá.
Para
vos submeter àqueles que são sábios e esclarecidos!
Comentário:
Ora bolas! Nós não temos que nos submeter a ninguém,
nem a sábio,
nem
a esclarecido,
nem a guru, nem a Mestre Ascensionado (que não submete ninguém).
Essa coisa de submissão é sinônimo de escravidão,
e escravo é sinônimo de Pheretima hawayana. Agora,
pior do que ser escravo é ser escravo sem se dar conta de que é
escravo. E é isto o que, geralmente, acontece com os fideístas
e com os genuflexistas.
Pheretima
hawayana
Tu
não revelas teus segredos à multidão.
Comentário:
Ora, ninguém revela nada a ninguém. Somos nós que,
por esforço-mérito (pelo Bom Combate), precisamos levantar
o véu e descobrir as coisas.
Com
ameaças terríveis e coerção, Tu comandas o fogo
que se propaga ao vento.
Comentário:
Deus que me perdoe! Agora, fiquei meio encagaçado! Deus
que me perdoe novamente! Mentira: fiquei completamente encagaçado!
Com
grande poder, Tu imperas sobre as coisas que ainda não são.
Comentário:
Aristotelicamente, todas as coisas estão in potentia ou
são in actu. O que não é ou não existe
não poderá vir a ser no vir-a-ser. Do nada, nada vira alguma
coisa. Uma coisa poderá se transformar em outra, porém, o
que não existe não poderá se manifestar.
NaOH
+ HCl —› NaCl + H2O (Possível)
NaCl
+ H2O —› NaOH + HCl
(Impossível)
4
÷ 2 = 2 (Possível)
2
÷ 2 = 4 (Impossível)
Nós
vai à missa. (Impossível)
Eu
iremos à missa. (Impossível)
O
mundo acabará amanhã. (Impossível)
Eu
serei arrebatado. (Impossível)
(Impossível)
(Impossível)
(Impossível)
Nós
não dissemos aos nossos pais: 'Gerai-nos'! Nós não
ordenamos ao mundo inferior, dizendo: 'Recebe-nos!'
Comentário:
Bem, o que os pais não sabem (porque esqueceram) é que aceitaram
a incumbência e a responsabilidade de ter os filhos que eventualmente
têm. O que os filhos não sabem
(porque esqueceram) é
que aceitaram nascer na família em que nasceram. Tudo isto tem um
regulador e balizador comum: a Lei da Causa e do Efeito. E esta tríplice
aquiescência mãe-pai-filho
é norteada pela
conciliação e harmonia das vibrações dos envolvidos
na aventura. No Universo, não há esse treco de porventura,
por hipótese, por acaso, casualmente, por casualidade, por coincidência
e de araque.
Impossibilidade
Salva-nos
por todo o sempre!
Comentário:
Ninguém salva ninguém, e já disse e repito; não
há essa coisa de por
todo o sempre.
Com
certeza, a Terra devolverá os seus mortos, aqueles que ela recebeu
sob sua guarda, sem em nada lhes mudar a aparência.
Comentário:
Foi em virtude deste entendimento absurdo e desconexo que se inventou a
enterração e a conservação de cadáveres
apodrecidos, que só têm uma finalidade: contaminar o solo e
os lençóis freáticos, prejudicar os vegetais, causar
dano aos animais e comprometer a saúde das pessoas. Cadáveres
precisam e devem ser cremados.
Entrarão
na posse daquele mundo há muito prometido e imortal.
Comentário:
Não há
mundo prometido nem
mundo
imortal.
Há mundos seqüenciais, em múltiplas dimensões,
que se reestruturam por transformações cósmico-cíclicas
adequadas e ajustadas. Essa coisa de para sempre a mesma coisa é
uma coisa sem qualquer cabimento.
—
Eu queria que tudo ficasse
igualzinho e sem mudar,
como
na linha de passe,
que se fica no mesmo lugar.
...
Abdicaram
do mundo que não permite que envelheçam os que nele ingressam...
Comentário:
Mais uma vez insisto: não há estagnação, falta
de melhoria e inexistência
de atividade no Universo. Nada fica para sempre igualzinho do jeito que
está e no mesmo lugar. Essa fantasia delirante de paraíso
de delícias imutável e de inferno inalterável,
tórrido e sem
ar-condicionado é totalmente contrária à ordem cósmica.
No Universo, permanentemente, predominam a mudança, o movimento,
a construção, a destruição e a reconstrução.
Até a própria mudança muda.
...
Tornai-vos
dignos da recompensa que vos foi reservada.
Comentário:
É por isto que os religiosos não se livram dos seus imperativos
hipotéticos, cuja lei máxima é: farei isto para obter
aquilo, darei isto para ganhar aquilo... Em um certo sentido, os esoteristas
mal informados são semelhantes aos fideístas hipotetizados.
...
E
recebem o castigo do teu julgamento aqueles que se não submeteram
ao teu império.
Comentário:
Não há condenação, não há castigo,
não há julgamento, não há juízo final,
não há recompensa, não há éden, não
há limbo, não há purgatório, não há
geena e não deve haver submissão de espécie alguma,
a ninguém nem a nada. Deve haver, sim, sempre, Bom Combate Categórico
e esforço desinteressado, para que, por mérito, seja alcançada
a Compreensão Libertadora. Pelas Leis do Renascimento e da Causa
e do Efeito, estamos interminavelmente avançando e progredindo, avanço
e progresso que nunca começaram e que jamais terminarão.
Adão
foi o primeiro a pecar, trazendo a todos a morte por antecipação...
Comentário:
Essa coisa de pôr a culpa em Adão, em Eva, na tadinha da serpente
e na Malus paradisus
é mesmo tenebrosa e abominosa. Não há morte
por antecipação;
há morte por ignoração. Portanto, para Viver,
precisamos aprender a Iniciaticamente Morrer.
...
Obtém
a recompensa aquele que tem fé.
Comentário:
É isto o que os negociantes ensinam por aí: sê fiel
e entrarás no paraíso. Dizima e ganharás em décuplo.
Sê uma colaborador leal e devotado da obra e nada te faltará.
Ajoelha e reza e receberás um milagre. Dá aos pobres e estarás
emprestando a Deus. Põe uma bufunfinha na sacolinha do Tim Tones
e não morrerás de fome. Crê em Frei Serapião
e serás feliz de montão. Dá três pulinhos para
São Longuinho e encontrarás o que perdeste. Ora para Santo
António e não morrerás solteirona e cabaçuda.
Sê sempre hipotético e não terminarás teus dias
patético, analfabético, anorético e abafanético.
...
Desde
o começo da sua Criação até o seu fim...
Comentário:
Repetindo: Para o ser,
nunca houve começo, pois, o [inexistente] nada
não pode dar origem à alguma coisa. Para
o ser, nunca haverá fim, pois, o fim seria retornar ao inexistente
nada, e xongas poderá retornar ao nada, que não existe.
...
Efetivamente
criado pelo Todo-Poderoso, quando planejava dar existência ao Universo...
Ele era bem pequeno, mas, perfeitamente conforme à grande Sabedoria
do seu Criador.
Comentário:
A existência do Universo não foi planejada por ninguém;
o Universo é porque sempre foi e sempre será Universo.
Foi baseado nessa premissa teológica planejadora e criacionista que
o padre católico, astrônomo, cosmólogo e físico
belga Georges-Henri Édouard Lemaître (Charleroi, 17 de julho
de 1894 – Louvain, 20 de junho de 1966) tirou da cartola a Teoria
do Big Bang da origem do Universo, embora ele a tenha denominado
Hipótese do Átomo Primordial. O que mais me abichorna
é que os cientistas continuam ajoelhados perante essa maluquice.
Conceito
Artístico da Expansão do Universo
—
In
principio, erat
uma bolinha,
que Deus fez surgir do nada.
Ad finem, erit
outra bolinha,
que Deus fará sumir no nada.
—
E
eu? O que tenho com isso?
Fui parido com que finalidade?
Deus não pediu o meu permisso,
e, ad finem,
ficarei na saudade?
—
Ora,
isto não está correto.
Deus! Põe a mão na consciência!
Sumir com a bolinha? Analfabeto?
Deus! Tem a divinal paciência!
O
mundo inferior exigia renovação pelo sangue.
Comentário:
A Verdadeira Renovação só poderá se dar pela
Compreensão.
...
Crença
no Juízo futuro.
Comentário:
Precisamos nos livrar das tradições enfermiças do passado
e não ficar esperando coisas mirabolantes do futuro. O Trabalho de
Mudança é agora, já, hoje.
Aos
que têm fé, o Facho da Lei anuncia a promessa da recompensa,
e aos ímpios, as penas do fogo.
Comentário:
Já comentei este absurdo, mas, farei uma quadrinha:
—
Oh!, quanta paúra!
Oh!, quanto cagaço!
Oh!, noite escura!
Oh!, afrouxa o laço!
...
A
fatalidade do Juízo...
Comentário:
Já
comentei este absurdo, e não farei uma quadrinha.
...
A
boca do inferno...
Comentário:
Também já comentei este absurdo, e também não
farei uma quadrinha.
Naquele
tempo, foi edificada Sião, inaugurado o Templo, derramado o sangue
de muitos povos infiéis e muitos foram os sacrifícios oferecidos
na consagração do Templo.
Comentário:
Por que, para consagrar o que quer que seja, são necessários
sacrifícios?
Sacrifícios
expiatórios nunca expiaram nada.
...
A
excomunhão de Isabel...
Comentário:
Quem tem o poder de excomungar quem?
Símbolo
da Excomunhão
(In: Dogma
e Ritual da Alta Magia, Éliphas
Levi)
—
Teja excomungado!
— Num tejo.
— Pru quê?
— Fui perdoado!
Ezequias
e a benevolência divina com que foi agraciado.
Comentário:
A priori, ninguém
é agraciado
com
benevolência nenhuma.
Se assim sucedesse. haveria escolhidos e privilegiados, e, em lugar nenhum
do Universo há escolhidos
e privilegiados.
Então
o Todo-Poderoso encheu-se de cólera...
Comentário:
Como é possível que se imagine um Deus Onipotente se encher
de cólera? Só mesmo no bestunto do Senhor Baruch! Serenidade,
cólera, bondade, maldade, desprendimento, apego, ciúme, isenção
etc. são categorias humanas que transferimos para as divindades que
criamos.
Então,
será o fim.
Comentário:
Não há fim definitivo de nada e para nada. Cada conclusão
cíclica traz embutida a semente de um novo recomeço, sempre
em um ponto mais elevado da Spira Legis.
---›
Raça Polar –› Raça Hiperbórea –›
Raça Lemuriana –› Raça Atlante –›
Raça Ária ---›
Cairão
em conjunto sob a espada.
Comentário:
A Verdadeira Espada não fere; Consagra, Eleva e Inicia.
...
O
fim das coisas efêmeras e o começo das coisas perenes.
Comentário:
Tudo é efêmero, passageiro, temporário, transitório.
Não há perenidade em nada e para nada. A Vita Æterna
precisa e deve ser conquistada dia-a-dia e todos os dias.
Por
vossa causa, por vossos delitos foi agredido o que era isento de pecado.
Por causa dos prevaricadores, foi entregue aos inimigos o que era sem culpa.
Comentário:
Isto é um contra-senso sesquipedal. Somos solidários nos e
com os atos dos outros, sim, porque somos todos um e irmãos, mas,
não somos responsáveis pelos atos dos outros. Ninguém
compensa pelo outro o que cabe ao outro compensar. Ninguém
aprende pelo outro o que cabe ao outro aprender.
Mas
Ele, agora, nos impõe um terrível castigo.
Comentário:
Não existe castigo; existe, sim, sempre, aprendizagem, e ela poderá
ser pela dor, pelo Amor ou pela Compreensão. Cada um escolhe como
quer aprender.
O
nosso Criador, certamente, haverá de nos vingar de todos os nossos
inimigos, pelo que eles nos fizeram! ... Pensas tu, por acaso, que não
será cumprida a vingança?
Comentário:
Vingança! Nada poderá ser mais retrocessivo do que a vingança!
...
O
mal não é completamente mau, nem o bem é inteiramente
bom.
Comentário:
Não existe mal (mau) e não existe bem (bom); existem sim,
ignorância ou ShOPhIa.
ShOPhIa
= 300 + 6 + 80 + 10 =
396 18
9
ShOPhIa
Poder + Ciência + Teurgia
Sabei
ainda que os homens piedosos e os santos profetas foram o apoio dos nossos
pais nos tempos antigos e o arrimo das gerações passadas.
Comentário:
Só há um arrimo: A Compreensão Iniciática da
Lei. Não existe intercessão de ninguém por ninguém
para ninguém.
Qualquer intercessão
é inútil.
O
Todo-poderoso
escutava as suas preces e apagava os nossos pecados.
Comentário:
Tudo está e fica registrado nos Registros Akáshicos. O que
é comumente chamado de pecado
não pode ser simplesmente
perdoado, e precisa ser devidamente compensado. A Lei Educativa da Causa
e do Efeito não pode ser deletada, anulada ou apagada.
Flor da Vida
...
Não
haverá nova oportunidade de arrependimento...
Comentário:
Sempre houve, há e haverá oportunidade para tudo e para todos,
pois, as oportunidades não aparecem e desaparecem nem por mágica
nem por milagre.
—
Tenho horror dos apocaliptismos;
todos não passam de coisismos.
Tenho horror das profecias;
todas só causam desalegrias.
Tenho horror dos sorumbatismos;
todos só provocam somatismos.
Tenho horror das ajoelhações;
todas são madrastas das prisões.
Tenho horror dos encagaçamentos;
todos são padrastos dos tormentos.
Tenho horror das coibições pelo medo;
não há um só medo que não seja fedo.
Tenho horror das ameaças infernais;
elas só produzem sofrimentos e ais.
Tenho horror de qualquer dogmatismo;
Tenho horror de um deus que pune;
disto, graças a Deus, estou imune.
Tenho horror de um inferno eterno;
isto não está escrito no Caderno.
Música
de fundo:
Rico Vacilón
Composição:
Rosendo Ruiz
Fonte:
https://www.mellowood.ca/music/recordings/index.html#rico
Páginas
da Internet consultadas:
https://dribbble.com/
http://www.animatedimages.org/
https://cidapereira01.wordpress.com/2017/03/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang
https://www.presentermedia.com/
http://analideointer3b.blogspot.com/2013/11/
https://essaseoutras.com.br/
https://www.kisspng.com/
http://www.gnosisonline.org/antropologia/
as-sete-rondas-planetarias/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Rip
https://giphy.com/
http://www.animated-gifs.eu/
https://www.pinterest.co.kr/pin/829999406295028215/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Samsara#Roda_do_Samsara
https://gifer.com/en/3Qfa
https://pngimg.com/
https://giphy.com/explore/spiral
https://gifer.com/en/7BSZ
https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/baruc/
https://apps.pibcuritiba.org.br/sermoes/
app/webroot/files/1livros_apocrifos.pdf
http://www.gnosisonline.org/teologia-gnostica/
livros-apocrifos-da-biblia-relacao-e-explicacao/
https://hebreuisraelita.wordpress.com/2012/12/01/livros-
apocrifos-e-pseudo-epigrafos/apocalipse-de-baruch/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruque
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