APOCALIPSE DE BARUCH

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo teve por objetivo comentar minuciosamente o Apocalipse de Baruch, um livro deuterocanônico em algumas tradições do Catolicismo. No Judaísmo e na maioria das igrejas protestantes é considerado um livro apócrifo. A obra possui seis capítulos, sendo que a autoria dos cinco primeiros é tradicionalmente atribuída ao profeta Baruch (um homem erudito e de família nobre, que foi amigo e secretário do Profeta Jeremias durante o Exílio na Babilônia do povo israelita na Babilônia), enquanto que a autoria do sexto é atribuída ao pesquisador, historiador e Profeta Jeremias, considerado o autor de dois dos livros da Bíblia: Livro de Jeremias e Livro das Lamentações. Embora a introdução (I: 1 – 14) sustente que a obra foi escrita por Baruch e enviada a Jerusalém para ser lida nas assembléias litúrgicas, há estudos que indicam que os textos não foram escritos pelo próprio Baruch, e que, provavelmente, foram escritos no século II a.C. ou em meados do século I a.C. Enfim, esta obra encerra confissões de pecados, clamor por misericórdia, uma exaltação à sabedoria, uma mensagem aos cativos e uma carta pretensamente escrita por Jeremias, a qual o próprio Jerônimo, teólogo católico romano, denominou de pseudo-epígrafe (texto escrito por um autor que diz ser outra pessoa). Seja como for, é mais uma das paranóias delirantes produzidas e divulgadas por paranóicos delirantes para paranoizar e fazer delirar os leitores desavisados. Já no meio deste estudo, confesso que fiquei meio irritado com tanta besteira. Mas, fui até o fim. Seja como for, eu espero que este rascunho esclareça alguns pontos que, até hoje, ainda permanecem obscuros, e, para muitas pessoas, dão ensejo a desespero, desalento, desânimo e abatimento.

 

 

 

Estátua de Baruch

Estátua de Baruch (em pedra-sabão)
(Aleijadinho, Congonhas, Minas Gerais, século XVIII)

 

 

 

 

Apocalipse de Baruch
(Algumas Passagens)

 

 

 

... O meu povo deverá ser castigado... Para que os povos, sem exceção, sejam punidos, e nesta punição permaneçam.
Comentário: No Universo não há punição nem prêmio; há compensação e aprendizado. As idéias de castigo, inferno e demônios e de recompensa, céu e deuses são humanas...

 

... Foram castigados... para que... pudessem ser purificados.
Comentário: Castigo nunca purificou ninguém. Castigo nunca ensinou nada a ninguém. Castigo nunca mudou nada em ninguém. Castigo nunca libertou ninguém.

 

... Desde o tempo em que decidi criar o Paraíso.
Comentário: No Universo não há paraíso nem inferno. As idéias de deus e de demônio são humanas. Daí, o Olimpo, o Hades etc.

 

Cumpre tudo o que eu te ordenei!
Comentário: Não há compulsoriedade em nada. Não há obrigatoriedade de nada. A decisão de fazer ou de não fazer é nossa, porém, só poderemos fazer ou não fazer adequadamente se compreendermos concertadamente. Somos responsáveis por tudo.

 

Chegado é o tempo em que, por um prazo, Jerusalém será abandonada, até que seja determinada a sua reconstituição, e aí será para sempre.
Comentário: Não existe para sempre no Universo. Tudo é mudança e movimento. Sempre haverá construção, destruição e reconstrução.

 

Eu te revelarei o que acontecerá no fim dos tempos.
Comentário: ---› Começo ---› Fim ---› Começo ---› Fim ---› Começo ---› Fim ---›

 

Ninguém deveria se preocupar
se o mundo irá ou não acabar.
Deveríamos, sim, interverter
a preponderância do não-ser.

 

Exultem aquelas que não geraram filhos!
Comentário: Não há maior ato de amor do que a maternidade/paternidade.

 

Quem fará justiça sobre tudo isso?
Comentário: Ninguém fará justiça para nós ou por nós. A Justiça, como tudo, sem exceção, depende exclusivamente de nós, individual e coletivamente.

 

Quem, dentre os nascidos do pó, pode perceber o princípio e o fim da Tua Sabedoria?
Comentário: A Sabedoria não tem princípio nem fim. A Sabedoria é. Aqueles que buscarem a Sabedoria, sim, A encontrão, mas, apenas, sempre, uma Sabedoria relativa, pois, a Sabedoria Absoluta jamais poderá ser alcançada e conhecida. A Sabedoria como o Universo são ilimitados, e o que é ilimitado jamais poderá integralmente conhecido.

 

 

Sabedoria

 

 

Como o sopro do vento, que sem causa própria surge e vai, assim é também com os filhos dos homens, pois, não caminham pela sua própria vontade e ignoram qual será o seu destino final.
Comentário: Isto está corretíssimo. A maioria dos seres-humanos-aí-no-mundo (98,9%), como ricos vacilões, não sabe necas de pitibiribas, adora não saber bulhufas, tem uma mistura de inveja + raiva de quem sabe umas coisinhas e vive como um cocozão bêbado boiando em um oceano de miragens + ilusões. A nossa grande luta deve ser contra a nossa ignorância, que nos mantém como cocozões cativos na Roda do Samsara (fluxo de renascimentos, cujo ciclo só poderá se extinguir pela Illuminação, o que vale dizer pela Compreensão).

 

 

O Cocozão Bêbado Boiante

 

 

Pronunciaste uma Palavra, e, imediatamente, apareceram diante dos teus olhos as obras da Criação.
Comentário: Não é bem assim, mas, o certo é que esta Palavra – este Verbum Æternum está à disposição dos que se dignarem a procurá-La e tiverem mérito para ouvi-La. Afinal, in potentia, somos todos Deuses.

 

O homem nunca teria conhecido corretamente a minha Lei, caso não a tivesse recebido, e caso eu não o tivesse instruído com toda a diligência.
Comentário: O Conhecimento da Lei não depende da instrução de Deus nem de ninguém; depende, sim, exclusivamente, do nosso esforço pessoal (Bom Combate) e de mérito. E este Conhecimento é Iniciático e só vem através da Iniciação, que, no passado, era conhecido por Mistérios.

 

... A Terra e o céu persistem para sempre.
Comentário: Nada persiste para sempre exatamente do jeito que é. No Universo, ciclicamente, tudo está sujeito à mudança, ao movimento, à construção, à destruição e à reconstrução.

 

... No período caíram em pecado...
Comentário: Não existe pecado; existe, sim ignorância.

 

 

 

 

Tu conheces também o lugar derradeiro que preparaste para os pecadores e o fim novíssimo para aqueles que praticaram o bem.
Comentário: Não há nada derradeiro, não há nada definitivo, não há nada imudável, não há nada para sempre, não há nada intransmutável. Como foi dito acima, tudo está sujeito à mudança, ao movimento, à construção, à destruição e à reconstrução. Essas coisas de inferno ardente para sempre para os pecadores e de paraíso de delícias para sempre para os bem-comportados são construções mentais obtusas dos seres-humanos-aí-no-mundo, que têm uma idéia de justiça inteiramente discrepante e destoante do que se poderia denominar, por falta de um termo melhor, de Justiça Cósmica, mas, que não deixa de ser o Summum Bonum, que também apenas imaginamos como possa ser, mas, que não sabemos de fato o que é nem como é. Infelizmente, foi com base nessas especulações destituídas de sentido e de racionalidade, que as religiões exotéricas vêm construindo suas teologias dogmáticas, desastradas, contra-sensuais, insustentáveis e carcomidas. Por isto, todas as religiões precisarão desaparecer, para dar origem ao Teocientificismo. E isto, natural e progressivamente, ocorrerá ao longo desta Era de Aquarius, no transcurso dos próximos dois mil anos. Seja como for, a 6ª Raça-raiz não comportará os absurdos teológicos que hoje conhecemos.

 

 

 

 

... Ou torna ao nada.
Comentário: O nada não existe. Para o ser, nunca houve começo, pois, o [inexistente] nada não pode dar origem à alguma coisa.

 

Tu nos escolheste como povo predileto, por amor do teu Nome.
Comentário: Este é um dos maiores absurdos teológicos ainda existentes: a crença na existência de escolhidos e de prediletos. Bem, supondo que existam escolhidos e prediletos, supondo que tenha havido uma criação, por que Deus haveria de criar os não-escolhidos e os não-prediletos? Mistério insondável? Ora, Mistério é outra coisa!

 

 

Dúvidas

 

 

Quando Adão pecou, atraindo a morte sobre os seus descendentes...
Comentário: E assim, o bom Agostinho de Hipona (354 – 430), em um surto esquizofrênico inigualável, nefelibático e sesquipedal, inventou essas baboseiras de Pecado Original (pecado derivado lá de Adão e Eva, que, sem autorização nem carta-patente, comeram a maçã) e de limbo (lugar para onde são rebocados os recém-nascidos que morrem antes de ser batizados, e, por isto, não podem ser realmente elevados ao Paraíso), em virtude de uma controvérsia com o monge Pelágio da Bretanha (350 423). Tais doutrinas não existem no Judaísmo nem no Islamismo, que, nesta matéria, dão de 10 a 0 no Catolicismo.

 

 

Pecado Original

 

 

... E tu verás — e contigo muitos — a paciência do Altíssimo, que se prolonga de geração em geração. Grande é a sua magnanimidade para com todos os nascidos sobre a Terra, quer cometam pecados, quer pratiquem boas obras.
Comentário: O Altíssimo (se esse Altíssimo existir, da maneira que nós pensamos e que queremos que exista) não tem paciência nem impaciência; paciência e impaciência são coisas humanas, mas, como nós temos a maniazinha de transferir para as divindades que criamos todas as categorias que apenas a nós pertencem, achamos que estas divindades inventadas ora são pacientes, ora são impacientes, ora premiam, ora castigam, ora desculpam, ora inculpam, ora estão com bom humor, ora estão com mau humor, ora isto ora aquilo, ora umas coisas, ora outras coisas...

 

... Os habitantes da Terra não perceberão de que se trata do fim dos tempos.
Comentário: Nós não temos que nos preocupar com o fim dos tempos; temos que nos preocupar, sim, com o hoje, com o já, com o agora e com as mudanças que devemos e precisamos implementar em nossos egos, de tal sorte que Fiat Voluntas Tua e não fiat voluntas nostra.

 

Eu vivia preocupado
se o mundo iria acabar.
E continuei acocorado,
sem mudar e sem voar!

Não sei se ele acabou,
pois, acabei mixando.
Nunca disse: — Eu sou.
Só vivi me encagaçando.

 

Mas, naquele tempo [o fim dos tempos], eu protegerei apenas aqueles que nesses dias se encontrarem neste país.
Comentário: Ora, como é possível este tipo de escolha? Que raio de deus é esse que protege uns e massacra outros. Bolas! Isso só mesmo na cabeça do Senhor Baruch! Nem eu, que sou uma besta quadrada, faria uma coisa destas.

 

... Os dois imensos monstros marinhos por mim criados no quinto dia da Criação...
Comentário: Esse deus do Senhor Baruch só pode ser mesmo um trocista. Não tinha ele mais o que fazer, do que ficar criando monstros marinhos?

 

Terminado o tempo vigente do Messias, Ele voltará de novo à glória do céu. Então, haverão de ressuscitar todos aqueles que outrora adormeceram na sua esperança.
Comentário: Quem adormecer na esperança de quem quer que seja ou do que quer que seja não alcançará bulhufas. Ou fazemos as coisas acontecerem ou continuaremos escravos do não-ser. Nenhum Messias nem ninguém farão por nós o que nos couber fazer. As mudanças dependem só de nós e de mais ninguém. Ou no rol dos ou no rol dos . A escolha é nossa e somente nossa.

 

... Foi chegado o tempo previsto como o fim de todos os tempos.
Comentário: Se não houve um começo para os tempos, como poderá haver um fim para os tempos? São idéias malucas como essas de fim de todos os tempos que dão origem a esquizotimias científicas do tipo Big Bang (Grande Expansão), Big Bounce (Grande Rebote), Big Crunch (Grande Colapso), Big Rip (Grande Ruptura), Big Freeze (Grande Congelamento) etc. Ora, se o inexistente nada não pode dar origem a nenhuma coisa, nenhuma coisa pode retornar ao que não existe.

 

 

Animação de uma galáxia Sujeita ao Big Rip

 

 

... A hora das suas condenações (das almas dos pecadores) é chegada.
Comentário: Quando? Quem estabelece este tempo? Quem condena? Quem executa a pena? Ora, tudo isto é delírio baruchiano.

 

Sião, uma vez plenamente reconstruída, permanecerá para todo o sempre.
Comentário: Sim, sempre há e sempre haverá construção, destruição e reconstrução, mas, nada permanece para todo o sempre. Permanecer para todo o sempre seria estagnar, e estagnação não existe no Universo. O Universo se manifesta por ciclos definidos (sucessivos e progressivos).

 

---› 1ª Ronda ---› 2ª Ronda ---› 3ª Ronda ---› 4ª Ronda ---›

---› Período Saturnal ---› Período Solar ---› Período Lunar ---› Período Terrestre ---›

---› 1ª Raça-raiz ---› 2ª Raça-raiz ---› 3ª Raça-raiz ---› 4ª Raça-raiz ---› 5ª Raça-raiz ---›

---› Sem Mente ---› Sem Ossos ---› Lemurianos ---› Atlantes ---› Arianos ---›

---› Mânvântâra ---› Prâlâya ---› Mânvântâra ---›

 

 

Cadeias Planetárias Setenárias Solares

 

Permanecei pacientemente no seu temor...
Comentário: Na peregrinação, nada poderá ser pior do que o temor. Todo temor é impediente. Agora, também é preciso entender direitinho o pacientemente, porque não se pode ficar pacientemente esperando, esperando, esperando ad æternum... As coisas precisam acontecer e somos nós que precisamos fazer as coisas acontecer. Nada cairá do céu por milagre no nosso colo. Não há ignorância maior do que esperar por um milagre.

 

Estamos preparando agora o que virá depois.
Comentário: Estamos sempre preparando o que virá, porque a árvore do presente-futuro é semeada no presente-presente, assim como a árvore do presente-presente foi semeada no presente-passado.

 

 

 

 

O mundo novo não permitirá a perdição dos bem-aventurados que o alcançarão... e não permitirá que pereçam os que nele viverem.
Comentário: Primeiro, a perdição e o reencontro são construídos por nós. Segundo, não há bem-aventurança definitiva; toda bem-aventurança é relativa, ou seja, não há um ponto final no Processo Iniciático. Terceiro, a Grande Aventura é um processo permanente e necessário, isto é, para renascermos precisaremos, de uma forma ou de outra, morrer, ainda que, efetivamente, não exista morte. Seja como for, morrer é apenas mudar de estado, de oitava e de plano vibratório.

 

 

Escala Musical de DóM

 

 

Aos numerosos outros será reservada uma morada de fogo.
Comentário: E aí, os sacanocratas inventaram o inferno, e dentro dele puseram os demônios.

 

Quem nos haverá de nos mostrar a diferença existente entre a morte e a vida?
Comentário: Ninguém mostra nada a ninguém. Somos nós que deveremos descobrir as coisas. Precisamos acabar como esse troço de ficar querendo e esperando uma babá.

 

Para vos submeter àqueles que são sábios e esclarecidos!
Comentário: Ora bolas! Nós não temos que nos submeter a ninguém, nem a sábio, nem a esclarecido, nem a guru, nem a Mestre Ascensionado (que não submete ninguém). Essa coisa de submissão é sinônimo de escravidão, e escravo é sinônimo de Pheretima hawayana. Agora, pior do que ser escravo é ser escravo sem se dar conta de que é escravo. E é isto o que, geralmente, acontece com os fideístas e com os genuflexistas.

 

 

Pheretima hawayana

Pheretima hawayana

 

 

Tu não revelas teus segredos à multidão.
Comentário: Ora, ninguém revela nada a ninguém. Somos nós que, por esforço-mérito (pelo Bom Combate), precisamos levantar o véu e descobrir as coisas.

 

Com ameaças terríveis e coerção, Tu comandas o fogo que se propaga ao vento.
Comentário: Deus que me perdoe! Agora, fiquei meio encagaçado! Deus que me perdoe novamente! Mentira: fiquei completamente encagaçado!

 

Com grande poder, Tu imperas sobre as coisas que ainda não são.
Comentário: Aristotelicamente, todas as coisas estão in potentia ou são in actu. O que não é ou não existe não poderá vir a ser no vir-a-ser. Do nada, nada vira alguma coisa. Uma coisa poderá se transformar em outra, porém, o que não existe não poderá se manifestar.

 

NaOH + HCl —› NaCl + H2O (Possível)

NaCl + H2O —› NaOH + HCl (Impossível)

4 ÷ 2 = 2 (Possível)

2 ÷ 2 = 4 (Impossível)

Nós vai à missa. (Impossível)

Eu iremos à missa. (Impossível)

O mundo acabará amanhã. (Impossível)

Eu serei arrebatado. (Impossível)

 

(Impossível)

 

Múmia

(Impossível)

 

Bruxa

(Impossível)

 

Nós não dissemos aos nossos pais: 'Gerai-nos'! Nós não ordenamos ao mundo inferior, dizendo: 'Recebe-nos!'
Comentário: Bem, o que os pais não sabem (porque esqueceram) é que aceitaram a incumbência e a responsabilidade de ter os filhos que eventualmente têm. O que os filhos não sabem (porque esqueceram) é que aceitaram nascer na família em que nasceram. Tudo isto tem um regulador e balizador comum: a Lei da Causa e do Efeito. E esta tríplice aquiescência mãe-pai-filho é norteada pela conciliação e harmonia das vibrações dos envolvidos na aventura. No Universo, não há esse treco de porventura, por hipótese, por acaso, casualmente, por casualidade, por coincidência e de araque.

 

 

 Impossibilidade

Impossibilidade

 

 

Salva-nos por todo o sempre!
Comentário: Ninguém salva ninguém, e já disse e repito; não há essa coisa de por todo o sempre.

 

Com certeza, a Terra devolverá os seus mortos, aqueles que ela recebeu sob sua guarda, sem em nada lhes mudar a aparência.
Comentário: Foi em virtude deste entendimento absurdo e desconexo que se inventou a enterração e a conservação de cadáveres apodrecidos, que só têm uma finalidade: contaminar o solo e os lençóis freáticos, prejudicar os vegetais, causar dano aos animais e comprometer a saúde das pessoas. Cadáveres precisam e devem ser cremados.

 

Entrarão na posse daquele mundo há muito prometido e imortal.
Comentário: Não há mundo prometido nem mundo imortal. Há mundos seqüenciais, em múltiplas dimensões, que se reestruturam por transformações cósmico-cíclicas adequadas e ajustadas. Essa coisa de para sempre a mesma coisa é uma coisa sem qualquer cabimento.

 

Eu queria que tudo ficasse
igualzinho e sem mudar,
como na linha de passe,
que se fica no mesmo lugar.

 

... Abdicaram do mundo que não permite que envelheçam os que nele ingressam...
Comentário: Mais uma vez insisto: não há estagnação, falta de melhoria e inexistência de atividade no Universo. Nada fica para sempre igualzinho do jeito que está e no mesmo lugar. Essa fantasia delirante de paraíso de delícias imutável e de inferno inalterável, tórrido e sem ar-condicionado é totalmente contrária à ordem cósmica. No Universo, permanentemente, predominam a mudança, o movimento, a construção, a destruição e a reconstrução. Até a própria mudança muda.

 

... Tornai-vos dignos da recompensa que vos foi reservada.
Comentário: É por isto que os religiosos não se livram dos seus imperativos hipotéticos, cuja lei máxima é: farei isto para obter aquilo, darei isto para ganhar aquilo... Em um certo sentido, os esoteristas mal informados são semelhantes aos fideístas hipotetizados.

 

... E recebem o castigo do teu julgamento aqueles que se não submeteram ao teu império.
Comentário: Não há condenação, não há castigo, não há julgamento, não há juízo final, não há recompensa, não há éden, não há limbo, não há purgatório, não há geena e não deve haver submissão de espécie alguma, a ninguém nem a nada. Deve haver, sim, sempre, Bom Combate Categórico e esforço desinteressado, para que, por mérito, seja alcançada a Compreensão Libertadora. Pelas Leis do Renascimento e da Causa e do Efeito, estamos interminavelmente avançando e progredindo, avanço e progresso que nunca começaram e que jamais terminarão.

 

 

 

 

Adão foi o primeiro a pecar, trazendo a todos a morte por antecipação...
Comentário: Essa coisa de pôr a culpa em Adão, em Eva, na tadinha da serpente e na Malus paradisus é mesmo tenebrosa e abominosa. Não há morte por antecipação; há morte por ignoração. Portanto, para Viver, precisamos aprender a Iniciaticamente Morrer.

 

... Obtém a recompensa aquele que tem fé.
Comentário: É isto o que os negociantes ensinam por aí: sê fiel e entrarás no paraíso. Dizima e ganharás em décuplo. Sê uma colaborador leal e devotado da obra e nada te faltará. Ajoelha e reza e receberás um milagre. Dá aos pobres e estarás emprestando a Deus. Põe uma bufunfinha na sacolinha do Tim Tones e não morrerás de fome. Crê em Frei Serapião e serás feliz de montão. Dá três pulinhos para São Longuinho e encontrarás o que perdeste. Ora para Santo António e não morrerás solteirona e cabaçuda. Sê sempre hipotético e não terminarás teus dias patético, analfabético, anorético e abafanético.

 

... Desde o começo da sua Criação até o seu fim...
Comentário: Repetindo: Para o ser, nunca houve começo, pois, o [inexistente] nada não pode dar origem à alguma coisa. Para o ser, nunca haverá fim, pois, o fim seria retornar ao inexistente nada, e xongas poderá retornar ao nada, que não existe.

 

... Efetivamente criado pelo Todo-Poderoso, quando planejava dar existência ao Universo... Ele era bem pequeno, mas, perfeitamente conforme à grande Sabedoria do seu Criador.
Comentário: A existência do Universo não foi planejada por ninguém; o Universo é porque sempre foi e sempre será Universo. Foi baseado nessa premissa teológica planejadora e criacionista que o padre católico, astrônomo, cosmólogo e físico belga Georges-Henri Édouard Lemaître (Charleroi, 17 de julho de 1894 – Louvain, 20 de junho de 1966) tirou da cartola a Teoria do Big Bang da origem do Universo, embora ele a tenha denominado Hipótese do Átomo Primordial. O que mais me abichorna é que os cientistas continuam ajoelhados perante essa maluquice.

 

 

Conceito Artístico da Expansão do Universo

Conceito Artístico da Expansão do Universo

 

In principio, erat uma bolinha,
que Deus fez surgir do nada.
Ad finem, erit outra bolinha,
que Deus fará sumir no nada.

E eu? O que tenho com isso?
Fui parido com que finalidade?
Deus não pediu o meu permisso,
e, ad finem, ficarei na saudade?

Ora, isto não está correto.
Deus! Põe a mão na consciência!
Sumir com a bolinha? Analfabeto?
Deus! Tem a divinal paciência!

 

O mundo inferior exigia renovação pelo sangue.
Comentário: A Verdadeira Renovação só poderá se dar pela Compreensão.

 

... Crença no Juízo futuro.
Comentário: Precisamos nos livrar das tradições enfermiças do passado e não ficar esperando coisas mirabolantes do futuro. O Trabalho de Mudança é agora, já, hoje.

 

Aos que têm fé, o Facho da Lei anuncia a promessa da recompensa, e aos ímpios, as penas do fogo.
Comentário: Já comentei este absurdo, mas, farei uma quadrinha:

 

Oh!, quanta paúra!
Oh!, quanto cagaço!

Oh!, noite escura!
Oh!, afrouxa o laço!

 

... A fatalidade do Juízo...
Comentário: Já comentei este absurdo, e não farei uma quadrinha.

 

... A boca do inferno...
Comentário: Também já comentei este absurdo, e também não farei uma quadrinha.

 

Naquele tempo, foi edificada Sião, inaugurado o Templo, derramado o sangue de muitos povos infiéis e muitos foram os sacrifícios oferecidos na consagração do Templo.
Comentário: Por que, para consagrar o que quer que seja, são necessários sacrifícios? Sacrifícios expiatórios nunca expiaram nada.

 

... A excomunhão de Isabel...
Comentário: Quem tem o poder de excomungar quem?

 

 

Símbolo da Excomunhão

Símbolo da Excomunhão
(In:
Dogma e Ritual da Alta Magia, Éliphas Levi)

 

Teja excomungado!
— Num tejo.
— Pru quê?
— Fui perdoado!

 

Ezequias e a benevolência divina com que foi agraciado.
Comentário: A priori, ninguém é agraciado com benevolência nenhuma. Se assim sucedesse. haveria escolhidos e privilegiados, e, em lugar nenhum do Universo há escolhidos e privilegiados.

 

Então o Todo-Poderoso encheu-se de cólera...
Comentário: Como é possível que se imagine um Deus Onipotente se encher de cólera? Só mesmo no bestunto do Senhor Baruch! Serenidade, cólera, bondade, maldade, desprendimento, apego, ciúme, isenção etc. são categorias humanas que transferimos para as divindades que criamos.

 

Então, será o fim.
Comentário: Não há fim definitivo de nada e para nada. Cada conclusão cíclica traz embutida a semente de um novo recomeço, sempre em um ponto mais elevado da Spira Legis.

 

---› Raça Polar –› Raça Hiperbórea –› Raça Lemuriana –› Raça Atlante –› Raça Ária ---›

 

Cairão em conjunto sob a espada.
Comentário: A Verdadeira Espada não fere; Consagra, Eleva e Inicia.

 

 

Espada

 

 

... O fim das coisas efêmeras e o começo das coisas perenes.
Comentário: Tudo é efêmero, passageiro, temporário, transitório. Não há perenidade em nada e para nada. A Vita Æterna precisa e deve ser conquistada dia-a-dia e todos os dias.

 

Por vossa causa, por vossos delitos foi agredido o que era isento de pecado. Por causa dos prevaricadores, foi entregue aos inimigos o que era sem culpa.
Comentário: Isto é um contra-senso sesquipedal. Somos solidários nos e com os atos dos outros, sim, porque somos todos um e irmãos, mas, não somos responsáveis pelos atos dos outros. Ninguém compensa pelo outro o que cabe ao outro compensar. Ninguém aprende pelo outro o que cabe ao outro aprender.

 

Mas Ele, agora, nos impõe um terrível castigo.
Comentário: Não existe castigo; existe, sim, sempre, aprendizagem, e ela poderá ser pela dor, pelo Amor ou pela Compreensão. Cada um escolhe como quer aprender.

 

O nosso Criador, certamente, haverá de nos vingar de todos os nossos inimigos, pelo que eles nos fizeram! ... Pensas tu, por acaso, que não será cumprida a vingança?
Comentário: Vingança! Nada poderá ser mais retrocessivo do que a vingança!

 

... O mal não é completamente mau, nem o bem é inteiramente bom.
Comentário: Não existe mal (mau) e não existe bem (bom); existem sim, ignorância ou ShOPhIa.

 

ShOPhIa = 300 + 6 + 80 + 10 = 396 18 9

ShOPhIa Poder + Ciência + Teurgia

 

Sabei ainda que os homens piedosos e os santos profetas foram o apoio dos nossos pais nos tempos antigos e o arrimo das gerações passadas.
Comentário: Só há um arrimo: A Compreensão Iniciática da Lei. Não existe intercessão de ninguém por ninguém para ninguém. Qualquer intercessão é inútil.

 

O Todo-poderoso escutava as suas preces e apagava os nossos pecados.
Comentário: Tudo está e fica registrado nos Registros Akáshicos. O que é comumente chamado de pecado não pode ser simplesmente perdoado, e precisa ser devidamente compensado. A Lei Educativa da Causa e do Efeito não pode ser deletada, anulada ou apagada.

 

 

Flor da Vida

Flor da Vida

 

 

 

... Não haverá nova oportunidade de arrependimento...
Comentário: Sempre houve, há e haverá oportunidade para tudo e para todos, pois, as oportunidades não aparecem e desaparecem nem por mágica nem por milagre.

 

 

 

 

 

 

 

 

Tenho horror dos apocaliptismos;
todos não passam de coisismos.
Tenho horror das profecias;
todas só causam desalegrias.
Tenho horror dos sorumbatismos;
todos só provocam somatismos.
Tenho horror das ajoelhações;
todas são madrastas das prisões.
Tenho horror dos encagaçamentos;
todos são padrastos dos tormentos.
Tenho horror das coibições pelo medo;
não há um só medo que não seja fedo.
Tenho horror das ameaças infernais;
elas só produzem sofrimentos e ais.
Tenho horror de qualquer dogmatismo;

Tenho horror de um deus que pune;
disto, graças a Deus, estou imune.
Tenho horror de um inferno eterno;
isto não está escrito no Caderno.

 

 

 

Música de fundo:

Rico Vacilón
Composição: Rosendo Ruiz

Fonte:

https://www.mellowood.ca/music/recordings/index.html#rico

 

Páginas da Internet consultadas:

https://dribbble.com/

http://www.animatedimages.org/

https://cidapereira01.wordpress.com/2017/03/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang

https://www.presentermedia.com/

http://analideointer3b.blogspot.com/2013/11/

https://essaseoutras.com.br/

https://www.kisspng.com/

http://www.gnosisonline.org/antropologia/
as-sete-rondas-planetarias/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Rip

https://giphy.com/

http://www.animated-gifs.eu/

https://www.pinterest.co.kr/pin/829999406295028215/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Samsara#Roda_do_Samsara

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https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/baruc/

https://apps.pibcuritiba.org.br/sermoes/
app/webroot/files/1livros_apocrifos.pdf

http://www.gnosisonline.org/teologia-gnostica/
livros-apocrifos-da-biblia-relacao-e-explicacao/

https://hebreuisraelita.wordpress.com/2012/12/01/livros-
apocrifos-e-pseudo-epigrafos/apocalipse-de-baruch/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Baruque

 

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