Fragmentos do Bhagavad-Gita

 

Aquele a quem não afetam os pares de contrários se livra com facilidade das cadeias da ação.

 

Quem age sem o menor apego – depositando suas ações em Brahma – não se macula com o pecado, da mesma forma que a água não adere à folha do lótus.

 

O devoto que renuncia ao fruto de suas ações consegue a paz perpétua. Ao contrário, o homem sem devoção, que, fustigado pelo desejo, se apega ao fruto de suas obras, se mantém prisioneiro (de seus próprios atos).

 

A Sabedoria [ShOPhIa] está encoberta pela ignorância. Por isto, os mortais vivem em erro.

 

Os Sábios vêm com igualdade o brâmane, dotado de saber e de modéstia, a vaca, o elefante, o cão e o pária.

 

Não se regozija com o que é agradável nem se aflige com o desagradável o homem de entendimento firme e livre de confusão que conhece Brahma e em Brahma repousa.

 

Os prazeres que emanam das impressões exteriores são verdadeiros mananciais de dor, porque têm princípio e fim.

 

Evitando que cheguem ao interior as impressões exteriores, concentrando a visão entre as sobrancelhas, deixando passar o alento de modo uniforme pelas narinas na inspiração e na expiração, com os sentidos, o pensamento e o intelecto subjugados por completo, consagrado unicamente à liberação final e isento de anseios, aversões e temores o sábio é livre para sempre.