A moralidade da sociedade – a moralidade da ordem social – é desordem e imoralidade. Dividimos a vida, e em tal divisão se encontram o sofrimento e o conflito. Todavia, isto não significa que devamos evitar ou fugir do conflito, de tal maneira que fiquemos isolados do conflito. A compreensão do conflito não significa que devamos vegetar ou nos tornar igual a uma vaca. Compreender estas coisas significa não ficar preso a elas, não depender delas. Significa: nunca negar coisa alguma, nunca chegar a conclusão nenhuma, nunca alcançar um certo estado ou princípio ideológico, verbal, para tentar viver de acordo com ele. A própria percepção de todo o conteúdo do mapa que se está desdobrando é inteligência. Esta inteligência é que atuará, e não uma conclusão, decisão ou princípio ideológico. Devemos compreender que, pela educação que recebemos, o ajustamento a um padrão estabelecido pela sociedade embotaram nossa mente e nosso coração. Precisamos aprender a viver tanto no fundo do vale quanto no alto da montanha. Quando aprendermos isto, não haverá mais separação ou contradição entre ambos. [In: A Outra Margem do Caminho, entrevistas realizadas na Índia, na Califórnia e na Europa, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
A criação nasce e morre, mas, a Verdade é imortal, pois, está acima de argumentos e de contradições. Mas, como é possível construir a fórmula incondicional da Verdade Divina a partir do material condicional da mente humana? Se o conhecimento é dado na forma de certos julgamentos, ou seja, como a síntese de S e P, ou de outro S e outro P, ou mesmo de S com não-P, então, segue-se que todo julgamento é contraditório, e pode encontrar uma objeção a si próprio. A Vida é infinitamente mais completa do que as definições racionais, e, portanto, nenhuma fórmula pode abranger toda a plenitude da Vida. Nenhuma fórmula pode substituir a própria Vida em sua criatividade. Uma fórmula racional só poderia estar acima dos ataques da Vida se, e somente se, reunisse toda a Vida em si mesma, com todas as diversidades da Vida e todas as suas contradições presentes e futuras. Portanto, segue-se que a Verdade é um julgamento autocontraditório. A tese e a antítese juntas formam a expressão da Verdade. Em outras palavras: a Verdade é uma antinomia e não pode deixar de ser. Quando olhamos para uma mesma coisa de diferentes pontos de vista, quando nos separamos em diferentes modos de atividade espiritual, podemos chegar a antinomias ou proposições que são incompatíveis em nossa mente racional. Estas são eliminadas apenas em certos momentos de Illuminação, não racionalmente, mas, tão-só supra-racionalmente [ou transracionalmente, o que é extremamente difícil, extremamente raro e só Iniciaticamente alcançável.] A Reconciliação e a Unicidade são mais importantes do que a racionalidade, [porque a racionalidade sempre será parcial e incompleta, e, algumas vezes, poderá ser até irracionalmente falsa, prejudicial e retrogressiva. Seis simples exemplos disto são: 1º) a crença, até hoje generalizada e prevalente, de que o Mestre Jesus e o Cristo são uma só e a mesma Entidade; 2º) a Hipótese do Átomo Primordial para o nascimento do Universo (Big Bang); 3º) o antigo Sistema Geocêntrico; 4º) o Modelo Atômico de John Dalton; 5º) a nefelibatice de alguns nefelibatas de que a cloroquina é uma panacea COVIDialis; e 6º) a nefelibatice de alguns nefelibatas de que a palavra de ordem, em meio a esta Coronamia, é flexibilização.] [In: The Pillar and Ground of the Truth: An Essay in Orthodox Theodicy in Twelve Letters, (5ª carta), de autoria de Pavel Alexandrovich Florensky.]
— Eu era heterossexual,
e tinha horror de homossexual.
Tornei-me homossexual,
e passei a ter horror de heterossexual.
— Eu era não,
e tinha horror do sim.
Tornei-me sim,
e passei a ter horror do não.
— Eu era noite,
e tinha horror do dia.
Tornei-me dia,
e passei a ter horror da noite.
— Eu era ego,
e tinha horror do Eu.
Tornei-me Eu,
e passei a ter horror do ego.
— Eu era ,
e tinha horror do .
Tornei-me ,
e passei a ter horror da .
— Eu era preguinho,
e tinha horror de três com goma.
Tornei-me três com goma,
e passei a ter horror de preguinho.
— Eu era pobre,
e tinha horror de rico.
Tornei-me rico,
e passei a ter horror de pobre.
Eu era pobre, pobre, pobre,
de marré, marré, marré.
Fiquei rico, rico, rico,
de marré, marré, deci.Hoje, odeio, odeio, odeio,
de marré, marré, marré.
Quem é rico, rico, rico,
de marré, marré, deci.
Chico Justo Veríssimo Anysio
— Eu era religioso,
e tinha horror de ateu.
Tornei-me ateu,
e passei a ter horror de religioso.
— Eu era presa,
e tinha horror de predador.
Tornei-me predador,
e passei a ter horror de presa.
— Eu era lulista,
e tinha horror de bolsonarista.
Tornei-me bolsonarista,
e passei a ter horror de lulista.
— Eu era nazista,
e tinha horror de judeu.
Tornei-me judeu,
e passei a ter horror de nazista.
— Eu era peronista,
e tinha horror de videlista.
Tornei-me videlista,
e passei a ter horror de peronista.
— Eu era allendista,
e tinha horror de pinochetista.
Tornei-me pinochetista,
e passei a ter horror de allendista.
— Eu era mariquinhas,
e tinha horror de cavalão.
Tornei-me cavalão,
e passei a ter horror de mariquinhas.
Cavalão
— Eu era escravo,
e tinha horror de feitor.
Tornei-me feitor,
e passei a ter horror de escravo.
— Eu era vassalo,
e tinha horror de suserano.
Tornei-me suserano,
e passei a ter horror de vassalo.
— Eu era cambono,
e tinha horror de pai-de-santo.
Tornei-me pai-de-santo,
e passei a ter horror de cambono.
— Eu era ratazana,
e tinha horror de meganha.
Tornei-me meganha,
e passei a ter horror de ratazana.
— Eu era analfabeto,
e tinha horror de alfabetizado.
Tornei-me alfabetizado,
e passei a ter horror de analfabeto.
— Eu era sem-terra,
e tinha horror de posseiro.
Tornei-me posseiro,
e passei a ter horror de sem-terra.
— Eu era sem-teto,
e tinha horror de com-teto.
Tornei-me com-teto,
e passei a ter horror de sem-teto.
— Eu era gordalhaço,
e tinha horror de esbelto.
Tornei-me esbelto,
e passei a ter horror de gordalhaço.
— Eu era chincheiro,
e tinha horror de careta.
Tornei-me careta,
e passei a ter horror de chincheiro.
— Eu era zé-povinho,
e tinha horror de autoridade.
Tornei-me autoridade,
e passei a ter horror de zé-povinho.
— Eu era virtuoso,
e tinha horror de corrupto.
Tornei-me corrupto,
e passei a ter horror de virtuoso.
— Eu era católico,
e tinha horror de evangélico.
Tornei-me evangélico,
e passei a ter horror de católico.
— Eu era bíblico,
e tinha horror de védico.
Tornei-me védico,
e passei a ter horror de bíblico.
— Eu era ultramontanista,
e tinha horror de antipapista.
Tornei-me antipapista,
e passei a ter horror de ultramontanista.
— Eu era carnívoro,
e tinha horror de vegetariano.
Tornei-me vegetariano,
e passei a ter horror de carnívoro.
— Eu era fanático,
e tinha horror de tolerante.
Tornei-me tolerante,
e passei a ter horror de fanático.
— Eu era anticloroquínico,
e tinha horror de procloroquínico.
Tornei-me procloroquínico,
e passei a ter horror de anticloroquínico.
Cabo-de-guerra Cloroquínico
— Eu era antiflexibilista,
e tinha horror de proflexibilismo.
Tornei-me proflexibilismo,
e passei a ter horror de antiflexibilista.
Essa macrobinha aí tá com cara de
que está pensando em flexibilizar!
— Eu era antidemocrático,
e tinha horror de democrata.
Tornei-me democrata,
e passei a ter horror de antidemocrático.
— Eu era cara,
e tinha horror de coroa.
Tornei-me coroa,
e passei a ter horror de cara.
— Eu era encavernado,
e tinha horror de Iniciado.
Tornei-me Iniciado,
e passei a ajudar encavernado.
— Eu era mago negro,
e tinha horror de Illuminado.
Tornei-me Illuminado,
e passei a ajudar mago negro.
— Eu era demônio,
e tinha horror de Deus.
Tornei-me um Deus,
e passei a ajudar demônio.
Música de fundo:
A Velha a Fiar
Interpretação: Rá-Tim-BumFonte:
http://www.krafta-musicas.co/
playlist/palavra-cantada-a-velha-a-fiar
Páginas da Internet consultadas:
https://drevil.co/produto/camiseta-skull/
https://pt.pngtree.com/freepng/ufo_1436773.html
https://www.epicentrofestival.com
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloroquina
http://glenocarm.blogspot.com/
2013/02/truth-is-antinomy.htmlhttp://www.lowgif.com/view.html
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https://see.news/love-valentines/
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