DO ANTIGO COMENTÁRIO
(E a Litania das Promessas de um Fideísta)

 

 

Rofolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

José Saramago

 

 

Precisamos nos convencer de que é essencial que os velhos conceitos místico-espirituais grandemente úteis no passado sejam esquecidos e substituídos por técnicas e métodos mais novos e mais concertados. O fato é que, em virtude do Conclave realizado em Shamballa, em 1925, das pressões exercidas pela Hierarquia e do caos derivado da 2ª Guerra Mundial (precipitada pela própria Humanidade), há algum tempo, uma nova etapa dos Ensinamentos da Sabedoria Eterna já está à disposição de todos nós e em plena manifestação. Todos nós estamos convidados a participar da Grande Tarefa Hierárquica de Illuminação, de Precipitação e de Elevação. Do Antigo Comentário: Quando a LLuz Illuminar as mentes dos seres-humanos-aí-no-mundo e agitar a Luz Secreta dentro de todas as outras formas, então, Aquele em Quem Vivemos [nos movemos e temos o nosso ser] revelará Sua Oculta e Secreta Vontade Illuminada. Quando o Propósito dos Senhores do Karma já não tiver mais aplicação e todos os Planos entretecidos e estreitamente relacionados tiverem sido cumpridos, então, Aquele em Quem Vivemos [nos movemos e temos o nosso ser] poderá dizer: — Bem feito! Só a Beleza permaneceu! E, quando o mais baixo do inferior, o mais denso do sólido e o mais elevado do superior tiverem todos sido elevados pelas pequenas vontades dos seres-humanos-aí-no-mundo, então, Aquele em Quem Vivemos [nos movemos e temos o nosso ser] poderá elevar a vívida e iluminada esfera da Terra e transformá-la em LLuz Radiante. Então, uma Voz Mais Excelsa dirá: — Bem feito! Segue em frente. A LLuz brilha. Enfim, o que tudo isto quer dizer? Tudo isto enfatiza as realizações humanas; não o que a Hierarquia já fez, continua a fazer e permanecerá fazendo pelos seres-humanos-aí-no-mundo. Quando os seres-humanos-aí-no-mundo alcançarem e obtiverem a Illuminação, inteligentemente, esgotarão as cotas kármicas do seu tempo, e elevarão os Reinos Sub-humanos (com atividade reflexa de, simultaneamente, elevar o superior), então, eles poderão participar e participarão no Trabalho da Hierarquia. A 2ª Guerra Mundial e a fissão do átomo, de certa forma, marcaram o início desta mudança, pois, foi dado um grande passo neste sentido, subdividido, digamos assim, em três fases:

possibilidade de uma Iniciação mais rápida, em forma grupal;

estabelecimento de um contato mais estreito e mais amplo entre a Hierarquia e a Humanidade; e

esclarecimento do verdadeiro significado da Iniciação, mas, que ainda permanece atrás da cortina que encobre a Verdade Suprema, ou seja, os Grandes Segredos de Sanat Kumara, que só serão revelados no devido tempo, e a Verdade Oculta [Objetivo Primordial] sobre a Iniciação é um destes Segredos.

 

In: O Discipulado na Nova Eratema recebido telepaticamente por Alice Ann Bailey do Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul.

 

 

 

 

 

Pequei... Pequei... Pequei... E continuo pecando!
Valha-me, ó bom Frei Serapião, senão estou frito!

 

 

 

A Litania das Promessas

 

 

 

—   Ajoelharei no milho,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

 

 

 

 

Punir-me-ei com chicote,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crucificar-me-ei no madeiro,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Andarei descalço,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não usarei mais cuecas,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Benzer-me-ei com água benzida,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Autoflagelar-me-ei,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Usarei o cilício, todos os dias,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Celibatarei às segundas-feiras,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Aos sábados, não onanizarei,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Às quartas, não olharei mais para as pernas das cabrochas,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Às quintas, não olharei mais para os seios das donzelas,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Às terças, eremitarei no Leblon,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Um mês por ano, passarei a farinha com groselha,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Tomarei sopa de nabo com jiló,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Ao acordar, tomarei um copo de vinagre,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Rezarei o rosário todos os dias,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não transarei aos domingos,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não verei mais filmes pornô,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não desejarei mais a mulher do Mickey,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não cobiçarei mais o tutu do Eike,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não terei mais inveja da beleza do Marty Feldman,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

 

 

Marty Feldman

 

 

Não chutarei mais cachorro morto,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não tirarei mais asa de borbonhoca,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não tirarei mais perna de minholeta,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não bodocarei mais 'Columbina picui',
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não darei mais rasteira em perneta,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não arremedarei mais quiquiqui,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não bifarei mais pilinha de ceguinho,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Doarei 33,33% do meu salário,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Irei a todas as procissões,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Irei a todas os bazares beneficentes,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Rogarei a todos os Santos,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Beijarei a mão de todos os sacerdotes,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Serei submisso à 'Ecclesia',
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Confessarei meus pecados (inhos e ões),
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Quero ser perdoado e escolhido,
antes de ir para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Lutarei contra as tentações (zinhas e zonas),
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

 

 

 

 

Comungarei todos os dias,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Serei um fiel defensor da fé,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Serei ultramontaníssimo,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Serei partidário da supremacia do Papa,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no purgatório,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no inferno,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no diabo,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Armagedom,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no vampiro da noite,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no vampiro do dia,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Zé do Caixão,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Hannibal Lecter,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Tomás de Torquemada,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei na Papisa Joana,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Conde Drácula,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no monstro da lagoa negra,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

 

 

O Monstro da Lagoa Negra (Creature from the Black Lagoon)

 

 

Crerei no Freddy Krueger,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Saci-pererê,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei na Mula-sem-cabeça,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Curupira,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Boitatá,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Lobisomem,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei no Corpo-seco,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei na Pisadeira,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei nos cazumbis,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

 

 

Cazumbi

 

 

Crerei na Comadre Florzinha,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Crerei na Mãe-D'água,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Serei devoto de Frei Serapião,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Também venerarei Frei Balalão,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

E honrarei Frei Carnegão,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Dormirei no cimento frio (sem colchão),
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Tomarei banho frio, sem sabão,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não porei casaco no inverno,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não passarei manteiga no pão,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não porei açúcar no café,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Não mudarei minhas crenças em bulhufas de lhufas,
até que, de solidéu, eu vá para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Serei arrebatado,
bem na horinha de ir para o beleléu.
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

Viajando em uma piroguinha de cristal,
no céu eu irei ter (para sempre).
Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa!

 

 

 

Deus eu haverei de ver!
Já sem culpa, já sem culpa, já sem nenhuma culpa!

Deus eu haverei de ver!
Já sem culpa, já sem culpa, já sem nenhuma culpa!

Deus eu haverei de ver!
Já sem culpa, já sem culpa, já sem nenhuma culpa!

 

................................

 

 Oh, pifei! E é tudo tão diferente!

Como pude ser tão intermitente?

................................

 

 Quanto tempo demorarei

para aprender a Vera Lei?

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

O Hino de Frei Serapião
Interpretação: Os Religiosos Jô Soares e Paulo Silvino

Fonte:

http://xoomclips.com/more_clip.php?id=QWJ78QTTmPE

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.tumblr.com/

https://br.pinterest.com/pin/259308891020253499/

https://pt.123rf.com/

http://oficinapedagogicamorato.blogspot.com.br/

http://blique-oblogdoique.blogspot.com.br/2009/08/

https://www.theodysseyonline.com/trusted-flesh

https://pt.wikipedia.org/wiki/Zumbi

https://www.docsity.com/en/

http://www.kiaunoticias.com/

http://www.equilibrioemocionalemfoco.com.br/

http://www.suapesquisa.com/
folclorebrasileiro/folclore.htm

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.