A
Terra enlouqueceu; há destruição por toda a parte.
Por que e para que é esta
guerra? Por que os homens não podem viver em paz? Para que tantas
destruições? Por que, todos os dias, são gastos milhões
com a guerra, se não há dinheiro para a Medicina, para os
artistas e para os pobres? Por que há homens a passar fome, se, em
outros continentes, os víveres apodrecem? Por que os homens são
tão insensatos?
Não
acredito que a culpa da guerra caiba exclusivamente aos que governam e aos
capitalistas. Não! O homem da rua também tem a sua culpa,
pois não se revolta. O homem nasce com o instinto da destruição,
do massacre, da fúria, e enquanto toda a Humanidade não sofrer
uma metamorfose total, haverá sempre guerras. O que se construiu
e cultivou e o que cresceu será destruído, e à Humanidade
só resta recomeçar.
Os
estúpidos adultos deveriam começar a aprender as coisas, em
vez de andar a criticar constantemente as crianças!
O
anti-semitismo é uma injustiça!
Gosto
da Holanda. Espero que um dia ela me sirva de pátria, a mim, que
já não tenho pátria. Tenho esta esperança!
Passar
fome e todas as privações são preferíveis a
sermos descobertos.
Os
pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação
final do caráter de uma pessoa está em suas próprias
mãos.
Nunca
mais recuarei diante da verdade, pois, quanto mais tardamos em dizê-la,
mais difícil se torna aos outros ouvi-la.
Pureza no Coração...
Pureza no pensamento...
Apesar de tudo, eu ainda creio na
bondade humana.
Adormeço
com a idéia tola de querer ser diferente do que sou ou de que não
sou como queria ser, e de que faço tudo ao contrário.
Aquele
que é feliz espalha felicidade. Aquele que teima na infelicidade,
que perde o equilíbrio e a confiança, se perde na vida.
Em
cada censura1
há uma ponta de verdade.
Muitas
vezes tenho ficado abatida, mas nunca me desespero.
Eu sinto o sofrimento de milhões
de pessoas, mas, ainda assim, quando olho para o céu, de alguma maneira,
eu sinto que esta crueldade terminará, e que a paz e a tranqüilidade
mais uma vez irão voltar.
É
difícil viver em tempos como estes. Nossos ideais, nossas esperanças
acalentadas e nossos sonhos são esmagados dentro de nós pela
realidade sombria.
De
qualquer forma, talvez, seja a câmara de gás a maneira mais
rápida de se morrer...
E há quem diga que
o holocausto não aconteceu!
Viro
o meu Coração do avesso: o lado mau para fora, o bom para
dentro. E continuo a procurar um meio de vir a ser aquela que gostava de
ser, que era capaz de ser...
Aprendi
uma coisa: só se conhece realmente uma pessoa depois de uma discussão.
Só nesta altura se pode avaliar o seu verdadeiro caráter.
Mas,
quando uma pessoa está desesperada, poderá lhe valer de alguma
coisa pensar nas misérias dos outros?
O
melhor de tudo é que, pelo menos, posso escrever o que penso e o
que sinto; senão, me asfixiaria completamente.
Quando escrevo, sinto um alívio.
A minha dor desaparece e a coragem volta. Mas, me pergunto: escreverei alguma
vez coisa de importância? Virei a ser jornalista? Escritora? Espero
que sim, espero de todo o meu coração! Ao escrever, sei esclarecer
tudo: os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias.
É
uma maravilha eu não ter abandonado todos os meus ideais, que parecem
tão absurdos e pouco práticos. Se me prendo a eles, porém,
é porque ainda acredito, apesar de tudo, que as pessoas têm
bom Coração.
Que
maravilha é ninguém precisar esperar um único momento
para melhorar o mundo!
Na
cama, à noite, enquanto penso em meus muitos pecados e em meus defeitos
exagerados, fico tão confusa pela quantidade de coisas que tenho
que analisar, que, dependendo do meu humor, não sei se rio ou se
choro. Depois, durmo com a sensação estranha de que quero
ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou,
talvez, de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser. Minha
nossa! Agora estou confundindo você também.
Amo
você com um amor tão grande, que, simplesmente, não
pode continuar crescendo no meu Coração. Precisa saltar para
fora e se revelar em toda magnitude.
O
papel tem mais paciência do que as pessoas.
Saia, vá para o campo, aproveite
o Sol e tudo o que a Natureza tem para oferecer. Saia e tente recapturar
a felicidade que há dentro de você. Pense na beleza que há
em você e em tudo ao seu redor. Seja feliz. A beleza continua a existir
mesmo no infortúnio. Se você a procurar, descobrirá
cada vez mais felicidade, e recuperará o equilíbrio. Uma pessoa
feliz tornará as outras felizes; uma pessoa com coragem e fé
nunca morrerá na desgraça.
As
pessoas com mais idade já têm opiniões formadas sobre
todas as coisas, e já não vacilam, não hesitam perante
as dificuldades da vida. A nós – os jovens – é
penoso nos mantermos firmes nos nossos pareceres, por vivermos em uma época
em que a vida se mostra pelo seu lado mais horroroso, em que se duvida da
verdade, do Direito e até de Deus.
Não é em imaginação
que fico mais calma e que me encho de esperança, mas quando olho
o céu, as nuvens, a Lua e as estrelas. É um remédio
melhor do que a valeriana2
e o bromo3.
A Natureza me torna um ser humilde, me torna capaz de suportar melhor todos
os golpes.
Para
mim, as lembranças são mais importantes do que os vestidos.
Para
ser franca, não consigo imaginar como alguém poderia dizer
"Eu sou fraco" e continuar assim. Se você sabe isto a seu
respeito, por que não luta contra, por que não desenvolve
o caráter?
Os
fracos desaparecem, mas os fortes sobrevivem e não morrerão!
A
gente não faz idéia de como mudou até que a mudança
já tenha acontecido.
Quero amigos, não admiradores.
Pessoas que me respeitem pelo caráter e pelo que faço, não
pelo sorriso encantador. O círculo ao meu redor seria bem menor,
mas o que importa, desde que fosse composto por gente sincera?
Fortuna,
fama, tudo podes perder, mas a felicidade do Coração, ainda
que por vezes esteja obscurecida, torna a vir enquanto viveres. Enquanto
puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que
tens o Coração puro, e isto significa felicidade.
Uma
coisa te vou dizer: se quiseres conhecer bem uma pessoa, terás de
te zangar uma vez com ela. Só então é que poderás
aquilatá-la.
O amor não é coisa
que se possa pedir a alguém.
Hoje, fazem com os judeus o que há muitos
anos foi feito com os escravos. Maltratam-nos, torturam-nos, matam-nos,
enfim. O que aconteceu com os escravos, nos tempos antigos, está
hoje a acontecer com os judeus. Não poupam ninguém: homens,
mulheres, velhos, crianças. Quando estou deitada na minha cama, cama
tão quente e confortável, enquanto as mais queridas amigas
sofrem lá fora, talvez expostas ao vento e à chuva, mortas
até, sinto-me quase má. Tenho medo ao pensar em todas as pessoas
às quais tanta coisa me liga e ao me lembrar de que estão
entregues aos mais cruéis carrascos que a História dos homens
já conheceu. E tudo isto só por serem judeus!
E há quem diga que o holocausto
não aconteceu!
O homem é grande de espírito,
mas mesquinho nas ações.
Quando pensamos no próximo,
deveríamos chorar. A dizer a verdade, não devíamos
fazer mais nada do que chorar.
Para
se amar uma pessoa, a primeira condição é poder admirá-la
– admirá-la e respeitá-la.
É
mais fácil murmurar os sentimentos do que dizê-los em voz alta.
Acho
horrível e inconcebível que os adultos se irritem e se zanguem
com tanta facilidade, e por causa das mais insignificantes bagatelas. Até
há pouco tempo, eu julgava que só as crianças se zangavam,
e que isto, mais tarde, já não aconteceria. Já se vê
que, por vezes, existem motivos para grandes discussões. Mas, eles
se ofendem uns aos outros constantemente com palavras veladas, e isto se
torna insuportável.
Bem
sei que tenho muitos defeitos e fraquezas...
E
apesar de rir e de fingir que não me importo, eu me importo sim.
Há dias que eu gostaria de ser diferente, mas isto é impossível.
Estou presa ao caráter com o qual nasci, e mesmo assim tenho certeza
de que não sou má pessoa. Faço o máximo para
agradar a todos, mais do que eles suspeitariam em um milhão de anos.
Tenho
pena de não poder modificar as coisas.
Quando
uma pessoa ferve, quase já perdeu o jogo de antemão.
A partir de 1940, foram-se acabando
os bons tempos. Primeiro veio a guerra, depois a capitulação,
em seguida a entrada dos alemães. E, então, começou
a miséria. A uma lei ditatorial seguia-se outra; e, em especial para
os judeus, as coisas começaram a ficar feias. Obrigaram-nos a usar
a estrela e a entregar as bicicletas. Não nos deixavam andar nos
carros elétricos e muito menos de automóvel. Os judeus só
podiam fazer compras das 3 às 5 horas, e só em lojas judaicas.
Não podiam sair à rua depois das oito da noite e nem sequer
ficar no quintal ou na varanda. Não podiam ir ao teatro nem ao cinema,
nem freqüentar qualquer lugar de divertimentos. Também não
podiam nadar nem jogar tênis ou hóquei, nem praticar qualquer
outro desporto. Os judeus não podiam visitar os cristãos.
As crianças judaicas eram obrigadas a freqüentar escolas judaicas.
Cada vez saíam mais decretos...
No
amor ninguém manda.
Goza a tua liberdade enquanto for
possível.
Há
pais a quem parece dar prazer especial não só educar os seus
próprios filhos, mas, também, os filhos dos outros.4
Somos
obrigados a falar muito baixinho. Mas, não falar mesmo nada e ficar
sentada todo o dia sem me mexer, acho que é dez vezes pior!
Gente
inocente é presa. Se em qualquer parte se dá uma sabotagem
e os autores não são encontrados, simplesmente fuzilam alguns
reféns. Depois, publicam a notícia no jornal. E lembrar de
que também já fui alemã! Hitler tirou-nos a nacionalidade
há muito. Entre aquela espécie de alemães – os
hitleristas – e os judeus existe uma inimizade como não pode
haver mais forte em todo o mundo!
Em tudo, sou o contrário da
mãe e, por isto, é inevitável que nos choquemos. Não
estou a criticar o seu caráter, pois isto não me compete.
Vejo-a apenas como minha mãe. E ela, para mim, não é
a mãe que idealizei. Parece que tenho de ser eu própria a
minha mãe. Quem sabe aonde chegarei um dia? Na minha imaginação,
vejo o ideal de mulher e de mãe, mas naquela a que tenho de dar o
nome de mãe nada disto encontro.5
Tenho
de me aperfeiçoar sozinha, sem exemplo e sem ajuda. Só assim,
um dia, hei de ser forte e resistente. Tenho os meus ideais, o meu modo
de pensar e os meus planos, embora ainda me falte a capacidade de traduzir
tudo isto em palavras.
Às
vezes, não posso mais!
Sempre há motivos para sermos
otimistas.
A
verdade é que, se transformarmos o nosso esconderijo em uma casa
de luto, se ficarmos sempre melancólicos, não adiantaremos
nada, nem para nós nem para os que lá fora sofrem.
Sinto
um vácuo enorme dentro de mim.
Com
o tempo, tudo se torna monótono.
É
curioso ver as pessoas a correr! Parece que estão sempre com pressa,
quase que tropeçam nos seus próprios pés!6
Não
quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero ser de utilidade
e alegria para as pessoas que vivem à minha volta e para as que não
me conhecem.
Durante
horas, ouço falar a fio sobre a miséria que esta guerra trouxe,
e fico cada vez mais triste. Não temos outro remédio senão
esperar, calma e serenamente, o fim de tanta infelicidade. Esperam os judeus,
esperam os cristãos. Esperam os povos de todo o Mundo... Mas muitos
esperam só pela morte!
Comemos tantas vezes feijão
branco, que já não posso vê-lo à minha frente,
e fico enjoada só de pensar nele.
A
Dança dos Feijões
O
rádio transmite este repugnante teatro de marionetas. Dá quase
a idéia de que os soldados têm orgulho das suas feridas: quanto
mais feridas, melhor. Um deles, a quem o Führer consentiu em apertar
a mão – caso ainda tivesse alguma – nem conseguiu falar!
Soldado:
—
Meu nome é Heinrich Scheppel!
Führer:
—
Onde você se feriu?
Soldado:
—
Em Estalingrado.
Führer:
—
Que feridas tem?
Soldado:
—
Perdi os dois pés por causa do frio e fraturei o pulso esquerdo.
Herr
Adolf e Adolfinho
Marionette
Nunca
terei medo da verdade. É sempre melhor não adiar o que se
tem a dizer.
Quando
há uma comida de que não gosto, imagino que aquilo é
muito bom, finjo mesmo que assim penso, e antes que consiga refletir, já
engoli tudo.7
Há
uma semana que não sabemos as horas exatas, porque levaram o nosso
tão querido e fiel sino da Torre Oeste. Supomos que querem transformá-lo
em um canhão!
Descascar
batatas não é uma brincadeira, mas, sim, um trabalho de precisão.
Tac,
tac, tac! Bater três vezes é sinal de que o jantar está
pronto!
Here
follows the best news of the whole war. Italy has capitulated! A Itália
capitulou incondicionalmente!
Ai,
se eu pudesse rir, só uma vez, rir de todo o coração,
seria melhor remédio do que dez dessas pastilhas brancas de Valeriana
Dispert.
Todos
aguardam o inverno com medo... Quem me dera estar longe daqui! Quem me dera
poder fugir!
Há
ocasiões em que me esqueço de quem são os que andam
zangados uns com os outros e quem são os que já fizeram as
pazes. A única distração é o trabalho, e eu
trabalho muito!
Ando
por toda a casa, de um quarto para o outro, escada acima, escada abaixo.
Sinto-me como um pássaro a quem cortaram as asas, e que bate contra
as grades da gaiola estreita.
Quero
sair. Sair daqui, para o ar livre; quero poder rir à vontade! Não
há resposta! Mas, sei que esses gritos não têm poder,
e deito-me na cama para matar estas horas tão terrivelmente silenciosas
e cheias de angústia.
A
ingratidão é a paga de muita gente.
Abro os cortinados escuros... e um
novo dia começa no Anexo!
Eu
só posso clamar e suplicar: — Oh!, círculo! Oh!, círculo!
Alarga-te e abre-te para nós!
A
minha caneta foi cremada, precisamente como eu queria que um dia me fizessem!
Não
posso remediar o mal que as pessoas fazem.8
No
Natal, vamos receber uma ração suplementar: azeite, doces
e geléia de nabo9
para pôr no pão.
Quando
poderemos ir lá para fora e respirar o ar e a liberdade?
Os
dias de Natal passaram tão depressa!
Quando
as pessoas são obrigadas a viver juntas durante muito tempo acabam
por ter conflitos.
Deve
haver razões para não nos confiarmos inteiramente, mesmo àqueles
que nos são mais queridos.10
Porque
se fala das coisas sexuais em segredo e de uma maneira tão feia?
O
mundo não parará por minha causa, e eu, pela minha parte,
não posso também fazer parar os acontecimentos. Venha o que
vier. Entretanto, estudo, trabalho e tenho esperança de que tudo
acabará em bem.
O
Sol brilha... O céu é de um azul intenso... Sopra um vento
maravilhoso... E eu... Eu tenho saudades! Saudades da liberdade... Saudades
dos amigos... Saudades de poder desabafar... Saudades de estar só
comigo... Saudades de tudo. Só sei que tenho saudades.
Ai!, se eu pudesse chorar à
vontade, uma vez só que fosse. Queria aliviar o meu coração,
queria chorar para me sentir melhor, mas sei que não pode ser.
Enquanto
ainda houver um Sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão
azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não
deverei ficar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz
ou que esteja preocupada o melhor remédio é sair para o ar
livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só com o céu,
com a Natureza e com Deus. Então, compreenderá que tudo é
como deve ser, e que Deus quer ver os homens felizes no meio da Natureza,
simples e bela. Enquanto assim for – e julgo que será sempre
assim – sei que haverá uma consolação para todas
as dores e em todas as circunstâncias. Creio que a Natureza alivia
os sofrimentos.
Ao
olhar lá para fora e ao reconhecer Deus em a Natureza, senti-me feliz,
apenas feliz.
... comecei a sentir uma ânsia
sem limites de tudo o que é bom e belo.
Vai.
Procura os campos, a Natureza, o Sol. Vai. Procura a felicidade em ti e
em Deus. Pensa no que é belo, e no que se realiza em ti e à
tua volta. Sempre. E sempre de novo.
Há
traidores que levam gente às prisões. Contudo, felizmente,
são poucos os holandeses que estão do lado mau.
Não quero ficar insignificante.
Quero conquistar o meu lugar no mundo e trabalhar para a Humanidade. O que
sei é que a coragem e a alegria são os fatores mais importantes
na vida! Mas, não sei explicar o porquê.
O
trabalho, a esperança, o amor e a coragem me fazem agüentar,
e me tornam boa e feliz.
O
silêncio nos faz tão bem!
Há sempre uma luta entre o
coração e a razão. Cada um deles fala no momento próprio.
Mas saberei eu, com certeza, qual será o momento próprio?
Sinto
falta de qualquer coisa mais autêntica. E eu tenho a certeza de que
esta coisa existe.
Uma
consciência tranqüila nos torna fortes!
A
autocontemplação nunca me larga. Não posso pronunciar
uma palavra sem pensar logo em seguida: 'devia ter dito isto de outra maneira'
ou 'foi bem dito. Muitas vezes, condeno os meus atos, e reconheço
cada vez mais a verdade das palavras de meu pai: 'Cada criança deve
se educar a si própria.
Os
outros só nos podem dar conselhos ou nos indicar o caminho a seguir,
mas a formação definitiva do caráter está nas
próprias mãos de cada indivíduo.
A Natureza me torna um ser humilde,
e me faz capaz de suportar melhor todos os golpes. É, no entanto,
inevitável que eu só a possa contemplar – e, mesmo assim,
excepcionalmente – através das janelas sujas com cortinas cheias
de pó, o que diminui o meu prazer, pois a Natureza é a única
coisa que não pode ser imitada ou substituída.11
Um
pouco de esperança! Esperança do fim. Esperança da
paz!
Deus não me abandonou, e não
haverá de me abandonar.
Que venha o fim, mesmo que seja duro,
mas, ao menos, que fiquemos a saber se vencemos ou se morremos.