Por

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

 

 

A Orden Rosacruz, jurisdição da Espanha (Gran Canarias), fundada em 6 de janeiro de 1988, é uma Escola de Luz e de aperfeiçoamento na qual seus membros, por meio de um estudo progressivo e da aplicação prática do que aprendem, ademais de se esforçarem para se converterem em Mestres de sua própria vida e Arquitetos de seu destino, vão incorporando à sua personalidade os ideais mais elevados e os valores morais mais concertados da existência e do Rosacrucianismo.

 

A Rosa+Cruz simboliza um estado interior de perfeição progressiva que pode ser alcançado pelo estudo sistemático e pela prática perseverante, mas exclusivamente pelo merecimento. A Orden Rosacruz, jurisdição da Espanha (Gran Canarias), pode ser definida como sendo uma Escola Rosacruz Visível, entre tantas outras, que transmite os segredos e os conhecimentos da Irmandade Espiritual que representa seu símbolo. A Sede Soberana da Orden Rosacruz, jurisdição da Espanha (Gran Canarias), se encontra situada em uma antiga casa senhorial da cidade de Las Palmas, nas Ilhas Canárias, ponto intermédio entre a Europa e a América, como símbolo de que a Tradição Rosacruz se situa eqüidistante entre o velho e o novo mundo. Em um ambiente harmonioso, pleno de serenidade, elegância e paz, se desenvolvem as atividades da Sede Soberana da Orden Rosacruz, jurisdição da Espanha (Gran Canarias), em serviço de todos os Rosacruzes do mundo inteiro. A Orden Rosacruz, jurisdição da Espanha (Gran Canarias), não é uma religião, não é uma organização política e não tem fins lucrativos; seu fundador e Imperator atual é o Frater Angel Martín Velayos (Sâr Anael).

 

 

 

Objetivo do Trabalho

 

 

 

Este despretensioso texto dá seqüência a outros que já publiquei, nos quais procuro divulgar alguns excertos do pensamento de vários místicos diretamente ligados ao Rosacrucianismo ou não. Nesta oportunidade, garimpei e recolhi exclusivamente da Internet alguns fragmentos das reflexões do Frater Angel Martín Velayos (Sâr Anael), fundador e Imperator da Orden Rosacruz, jurisdição da Espanha (Gran Canarias).

 

Enfim, como sempre informo, em alguns poucos casos editei as reflexões do Imperator Velayos para adequá-las a este tipo de trabalho, sem, contudo, alterar em absolutamente nada qualquer fragmento garimpado, o que, se tivesse acontecido, seria uma heresia. Em alguns poucos excertos apus alguns comentários, mais no sentido de refletir minha opinião pessoal sobre o tema do que discordar ou criticar o pensamento do autor.

 

 

 

Pensamentos Místicos
(
Angel Martín Velayos)

 

 

 

 

Todo ser humano pode chegar a ser aquilo que deve ser, e obter aquilo que deve ter, sem nenhuma classe de limitações. [É evidente que isto é uma verdade incontestável, entretanto, misticamente, há uma barreira intransponível: o mérito.]

 

 

 

 

É difícil conceber que um Universo – que é energia em movimento em direção ao infinito e do infinito, desde a imensidade dos tempos – seja algo sem razão e que exista sem propósito. [Para reflexão, deixo duas questões; 1ª) Será o Universo infinito ou finito e ilimitado; e 2ª) Haverá mesmo um propósito ou uma razão – o que significa haver consciência deste mesmo propósito e desta mesma razão – no Universo?]

 

Não há nada mais próximo de nós do que nós mesmos, e nada que nos seja mais desconhecido do que nosso próprio Ser.

 

Em nosso corpo, um número ilimitado de átomos giram em órbitas como o fazem os astros no Universo, com a mesma precisão e harmonia que o Cosmos, e funcionando com as mesmas Leis fundamentais. Buscamos o Universo fora de nós sem percebermos que nós mesmos somos um universo em miniatura.

 

 

 

 

A mente humana funciona de forma parecida com os computadores: pode ser programada e desprogramada para que sejam obtidos fins distintos. Todavia, uma programação incorreta pode ocasionar enfermidades graves e traumas que convertem nossa vida em algo desventurado.

 

Da mesma forma que um quadro leva a estampagem do pintor que o pintou, da mesma forma que uma escultura leva a chancela do escultor que a esculpiu, e da mesma forma que um edifício leva a expressão da personalidade do arquiteto que o desenhou e o construiu, nós levamos o selo, em nosso interior, do Criador. [Criador que, ao fim e ao cabo, somos nós mesmos.]

 

A 'Orden Rosacruz', através de seus estudos, vai fazendo de seus membros homens e mulheres livres. Livres da superstição e de falsas crenças, que prejudicam aqueles que as professam, fazendo com que suas vidas sejam áridos desertos repletos de sofrimento. Livres ante os confrontos com a ignorância que cega os néscios, os quais, temerosos de sua própria debilidade, atacam aqueles que têm uma vida frutífera e plena de compreensão. Livres dos golpes de uma existência sem sentido, que provoca o vazio naqueles que a padecem, e também livres para escolher seu próprio destino, cumprindo, assim, com sua missão pessoal e ocupando o lugar que a cada um de nós está reservado no vasto conjunto Cósmico.

 

A Orden Rosacruz é herdeira espiritual das antigas Escolas de Mistérios que floresceram no Egito, na Babilônia, na Grécia e em Roma... E talvez anteriormente. [Será que o advérbio anteriormente quer significar a Atlântida e a Lemúria?]

 

Ninguém da nossa Fraternidade deverá se ver obrigado a se vestir de uma maneira especial, conduzir-se de forma ridícula ou estranha, nem falar uma língua diferente daquela do país em que viva. Assim, os costumes, em cada caso, continuarão a ser os mesmos para todos os membros. [Na Ordem Rosacruz AMORC – como enfatiza o Grande Mestre para os países de língua portuguesa Frater Charles Vega Parucker – existem pessoas pertencentes às mais variadas religiões como cristãos, judeus, budistas etc. Nossa Ordem, por ser eclética, demonstra tolerância para com todos os credos, bem como não impõe dogmas, dando a cada Rosacruz absoluta liberdade quanto aos ensinamentos que lhe são apresentados. O lema da AMORC é: A mais ampla liberdade na mais irrestrita independência.]

 

Raimundo Lulio, Newton, Miguel Servet (conhecido como defensor da liberdade de consciência) Leibnitz, Leonardo da Vinci, Descartes, Paracelso, Beethoven e muitos outros personagens que se destacaram em todas os ramos do saber se orgulharam de sua afiliação à Orden Rosacruz.

 

Nunca a verdadeira Ordem da Rosa+Cruz propôs a prisão de seus membros a normas rígidas de comportamento e de existência, nem jamais cerceou a liberdade de consciência de nenhum ser humano, quanto mais de algum de seus membros.

 

Os Rosacruzes – profundos conhecedores da Natureza – sabem e compreendem que tudo se desenvolve por ciclos. Tudo nasce, cresce, se reproduz e morre, para volver a repetir o mesmo ciclo uma e outras vezes. Como referência direta temos as diferentes estações do ano.

 

Nunca a verdadeira Ordem da Rosa+Cruz pediu aos membros que assumam uma determinada posição, seja qual for, ante o pensamento político, social, religioso, educacional ou de qualquer outro tipo.

 

Os antigos Alquimistas da Idade Média [período da história mundial, especialmente européia, que, por convenção, se estende da queda do Império Romano, no século V, até a queda de Constantinopla, em 1453], muitos dos quais eram Rosacruzes, afirmavam que, para transmutar um elemento mineral em outro elemento mais elevado [mais nobre, por assim dizer], como, por exemplo, a transmutação do chumbo em ouro, era necessário que, previamente, o Alquimista tivesse transmutado o seu interior. [O verdadeiro Iniciado e o autêntico Rosa+Cruz só se preocupam, quanto à esta matéria, com uma única coisa: transmutar o seu próprio interior.]

 

Em muitos tratados da Ordem, tanto no passado como nos tempos atuais, são feitas contínuas referências à Grande Reforma que permitirá que se realize completamente a Grande Obra. A Grande Reforma deve começar em cada um de nós mesmos [em nosso interior], para que se possa cumprir justamente em nós a Grande Obra da regeneração pessoal, e assim colaborarmos para a Reforma daqueles aspectos que na sociedade devem ser mudados para que haja uma ampla melhora da mesma. É este o caminho para a evolução da Humanidade como um todo, fazendo com que nossa Terra seja cada vez mais justa, mais solidária e mais fraterna. [Penso que a Terra, relativamente este tema, seja absolutamente neutra; justiça, solidariedade e fraternidade são categorias inerentes à maior ou à menor compreensão individual do ser humano, porque, inclusive, estas mesmas categorias não são e jamais poderão ser coletivas. Todavia, em um outro nível, por exemplo, os TREZE são UM.]

 

Ninguém que não se tenha reformado interiormente pode pretender reformar, com êxito, qualquer aspeto familiar, social ou mundial.

 

Um Rosacruz deve ser um membro ativo deste mundo, e a Luz que lhe é confiada serve para que se ilumine internamente, livrando-o da superstição e da ignorância, convertendo-o em dono e senhor de sua própria vida e arquiteto do seu destino. Esta Luz também deve brilhar fora dele, para que seja iluminada a Senda de todos aqueles que buscam desesperadamente a Luz e o conteúdo.

 

Muitas pessoas padecem enfermidades terríveis produzidas por seus pensamentos de ódio e de rancor.1

 

As ferramentas com que a Ordem Rosacruz equipa seus membros são jóias preciosas que não nos são dadas para que as mantenhamos trancadas em um cofre, mas, sim, para que as utilizemos provendo nossas necessidades e mostrando aos demais o caminho para que eles mesmos possam se resolver, equacionando seus problemas.

 

Dizemos, muitas vezes, buscar a Paz Universal, declarando que a desejamos intensamente. Contudo, se estamos desarmonizados em nosso interior e em luta com nós mesmos, dificilmente chegará esta paz ao mundo, já que, primeiro, é necessário que ela germine em nosso interior.

 

Os Rosacruzes sabem que tudo cambia e que nada é permanente. [Há alguns anos, publiquei um texto no qual procurei refletir um pouco sobre o pensamento de Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716). Um dos parágrafos deste trabalho – A Monadologia de Leibniz – afirma o seguinte: Não havendo em a Natureza dois seres perfeitamente idênticos, as mônadas diferem entre si. A mônada só pode se modificar por um princípio interno, mas respeitado o fato de que sempre alguma coisa muda e outra permanece. A mônada (ou enteléquia) é uma substância simples possuidora de Percepção e de Apetência, ou seja, detentora da faculdade de conhecer e da propriedade de querer e de desejar. É por isso que não há duas mônadas iguais; por possuírem qualidades próprias, distinguem-se entre si (Princípio dos Indiscerníveis). Este Princípio Metafísico, já conhecido dos Estóicos, foi retomado no Renascentismo por Nicolau de Cusa (1401 – 1464), que asseverou: 'No Universo duas coisas não podem ser absolutamente iguais'. Presentemente, a questão está em aberto; e na Filosofia contemporânea este tema é, por muitos, considerado indemonstrável.]

 

Os Rosacruzes – se de verdade o são – nunca devem se entregar a uma acomodação inútil e paralisante. Devem, ao contrário, atuar com seus conhecimentos para se ajudarem mutuamente e a todos os outros que possam necessitar da sua ajuda.

 

Disse um místico medieval: "Deus fala ao homem por meio de símbolos; e o homem se comunica com Deus por meio dos símbolos que forma em sua mente".

 

Os Rosacruzes, de acordo com os ensinamentos tradicionais, se vão desprendendo da superstição e dos falsos conceitos que tanto têm agrilhoado a Humanidade e que a têm mantido na escravidão física e moral. Os Rosacruzes vão se tornando cada vez mais tolerantes e compreensivos com os demais, e, sobretudo, são seres conscientes e sensatos que de modo algum se conduzem de forma ridícula ou fanática.

 

Os ensinamentos Rosacruzes não são fruto de teorias [e de especulações] de uma só pessoa, mas o resultado da Sabedoria, do Conhecimento e da Experiência que os Mestres Rosacruzes transmitiram durante muitos séculos, e que se vêm enriquecendo, continuamente, com as contribuições daqueles que, conscientes de seu dever sagrado de solidariedade, partilham seu conhecimento com aqueles que são dignos dele.

 

A Orden Rosacruz não é uma religião, não é uma organização política e não tem fins lucrativos.

 

A Ciência, chamada profana, e o Esoterismo não têm porque contender... Esoterismo e Ciência Empírica são dois ramos de conhecimento que surgem de um tronco único.

 

 

 

 

A palavra esotérico deriva do grego clássico e quer dizer: conhecimento interior ou um conjunto de conhecimentos reservados para pessoas muito seletas.

 

É nos momentos delicados de nossa existência, ou quando devemos prestar ajuda aos demais, que surge a oportunidade de comprovar a qualidade dos ensinamentos Rosacruzes. É o uso constante das nossas faculdades internas e externas que nos converte em Mestres, e não apenas a sua contemplação.

 

O ideal de uma pessoa verdadeiramente evoluída é cultivar seu exterior para uni-lo ao que apreende e sente em seu interior... Um dos pais da Psicologia Moderna, Carl Jung [psiquiatra suíço, 1875 – 1961], teve a suficiente amplitude mental para compreender e admitir que a personalidade profunda do Ser Humano tinha certos elementos que estavam inter-relacionados com o Cosmos e com um estado de superconsciência, ao qual ele denominou de 'Inconsciente Coletivo'.2

 

O Rosacruz, usando seu conhecimento e seu esforço ativo, deve colaborar na transformação da sociedade de acordo com suas capacidades. Em algumas ocasiões deverá atuar firmemente para conseguir que as coisas melhorem; e em outras deverá permanecer passivo para não ser manipulado por seres egoístas. Sempre, dentro do possível, procurará estar na justa harmonia e proporção das forças antagônicas que regem a Natureza – a positiva e a negativa.

 

As Lojas Rosacruzes devem ser lugares que sirvam de exemplo a ser seguido por todos, por sua honradez e sua sabedoria, e devem, particularmente, servir de guia às gerações futuras para a realização da GRANDE OBRA.

 

Se unirmos as raízes KAR e MAN, de origem sânscrita, para formar a palavra KARMAN ou KARMA, que é como se pronuncia em espanhol, o significado que encontraremos é o de 'ação e reação da vontade humana sobre o pensador – ou o Homem – mesmo.

 

O primeiro dos sete princípios herméticos é o Mentalismo, que afirma que 'o TODO é Mente, que o Universo é mental', o que significa que a única realidade que se oculta por trás de tudo quanto existe é a Mente; e o Universo, em si mesmo, é uma criação mental, isto é, existe na mente do TODO. [Para admitirmos que o Universo seja uma criação mental, teremos que, ipso facto, admitir que houve um começo, mas, como explicou o Mestre Alden (Dr. Harvey Spencer Lewis, Ph. D., FRC), para o Ser nunca houve começo, pois o nada não pode dar origem a alguma coisa. Mas, se quisermos admitir um começo, para cada um de nós, esse começo tem início com a autoconsciência, isto é, a consciência pessoal que reflete sobre si própria, sobre sua condição e seus processos. No kantismo, a autoconsciência é a consciência que o Eu tem de si mesmo como sujeito do pensamento e do conhecimento de objetos externos. Já no hegelianismo, a autoconsciência é a forma através da qual o sujeito se encontra plenamente consciente de si, sendo alcançada no estágio de conhecimento em que o mundo externo se torna o produto, a possessão ou a imagem especular do próprio Eu. Logo, antes do nosso presumido começo pessoal, tudo era trevas antes de surgir a Luz.]

 

 

 

 

A Iniciação é algo tão consubstancial ao Ser Humano, que me atreveria a dizer que todos somos, em maior ou menor medida, eternos aspirantes ao despertar para a realidade única, por meio da Iniciação Permanente.

 

Nós também devemos lutar para construir um mundo melhor do que este que herdamos, para transmitir a nossos filhos e a todos os seres humanos, algo melhor, algo mais evoluído e mais perfeito; eles, os que virão depois de nós, recolherão a tocha e prosseguirão com a sublime tarefa de transmissão da Luz.

 

Tal e qual sucedia na antiga Roma, que para manter os cidadãos anestesiados e distanciados dos problemas, os imperadores davam ao populacho 'pão e circo', em outras épocas foram touros ou futebol. Os governantes sempre trataram, com uma notícia fútil, de desviar a atenção dos cidadãos dos grandes problemas e das questões ante os quais se encontravam mergulhados seus países... Nós Rosacruzes, ao nos defrontarmos com qualquer problema – seja de natureza filosófica, científica ou social – devemos ser verazes e destemidos. Por este motivo, é conveniente que, depois de uma análise dos fatos, possamos ter uma compreensão e uma opinião mais correta [e concertada] possível das coisas.

 

Devemos estar conscientes de que os Rosacruzes estudam para a sua elevação total dentro dos ideais de integridade, e compreendendo que tudo é um conjunto que está harmoniosamente unido em todos os planos, devemos procurar melhorar fisicamente, intelectualmente e espiritualmente, recordando sempre que é nossa obrigação moral e fraternal compartilhar esta melhora com aqueles que não possuem Luz suficiente para poder evoluir por seus próprios meios. [Entretanto, é preciso cuidado para não forçar o que não deve e não pode ser forçado.]

 

Todo Rosacruz deve ser livre; deve pensar e estabelecer como deseja que se desenvolva sua vida. Não deve se ver ou se sentir limitado por nenhuma imposição arbitrária. Deve viver uma vida natural na qual não se lhe imponha nenhuma forma de comportamento na forma de se vestir, na sua alimentação, no seu descanso, nos seus pensamentos, na sua sexualidade e em qualquer de suas manifestações normais e naturais.

 

Se nós não dermos Luz, quem a dará por nós?

 

 

 

 

Um verdadeiro esoterista reconhece que a Iniciação, como tal, não é só um processo de etapas marcadas pelas cerimônias Iniciáticas; mas que, inclusive e principalmente, a vida mesma é um processo contínuo de Iniciação.

 

A Iniciação, como tal, não é outra coisa que um começo, um princípio, a partir do qual – e graças ao influxo recebido ou ao conhecimento assumido – a pessoa empreende uma nova etapa de sua vida, seja no plano de expressão física, seja no plano social ou seja no plano espiritual.

 

O impulso que nos é transmitido neste começo [qualquer que seja o começo, qualquer que seja a forma deste começo e onde quer que o começo comece], que é a Iniciação, pode ser recebido de maneira natural, por meio da vida mesma e das suas circunstâncias, ou através de outros agentes, aos quais poderíamos denominar de Iniciadores.

 

O poder de Iniciar é concedido pela assunção pessoal de um Influxo Espiritual ou de uma condição moral, que faz com que o Iniciador seja reconhecido pelos Iniciados [e pelos iniciandos] como alguém capacitado a transmitir este Influxo Espiritual por meio da Iniciação Simbólica…

 

Para mim, o Santo Graal é um símbolo, um arquétipo, uma condição que deve ser conquistada e conservada, deixando todo o resto como algo totalmente acessório. [O Santo Graal está em nosso interior.]

 

Paz e bem a todas as criaturas!

 

 

 




 

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Notas:

 

1. Recentemente divulguei um poema que se adéqua perfeitamente à esta reflexão do Imperator Velayos:

 

 

Uns lamuriam dos que furam fila;

outros do tamanho da própria pila.

Uns só gostam de palrar desgraças;

outros, em tudo, só vêem ameaças.

 

Uns só vivem a fabricar doenças

em meio a trevas e malquerenças.

Outros já acordam mal-humorados,

e, dia afora, peidorram alquebrados.

 

Uns têm sempre uma respostinha

na pontinha afiadinha da lingüinha.

E há quem se aposteme com tudo,

variando meio amouco e tartamudo.

 

Tudo isto porque o Corpo Astral

insiste em adular o que é avernal.

Quem se preocupa só com a vida

poderá realizar a Beleza da Vida?

 

 

2. Inconsciente Coletivo, segundo o conceito da Psicologia Analítica criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, é a camada mais profunda da psique humana. Ele é constituído pelos materiais que foram herdados da Humanidade. É nele que residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos. O Inconsciente Coletivo se opõe ao inconsciente pessoal, o qual poderia se manifestar na produção de sonhos. Desta forma, enquanto alguns destes têm caráter pessoal e podem ser explicados pela própria experiência da pessoa, outros apresentam imagens impessoais e estranhas, que não se consegue associar a nada de que se tenha lembrança. Esses sonhos seriam, então, um produto do Inconsciente Coletivo, algo como um depósito de imagens e de símbolos, que Jung denominou arquétipos. Seria deles também de onde se originariam os mitos.

 

Páginas da Internet consultadas:

 

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Carl_Gustav_Jung

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Inconsciente_coletivo

http://pt.wikipedia.org/
wiki/Caibalion

http://www.analitica.com/va/
arte/oya/8755314.asp

http://martinismo.org/
estudios.htm

http://www.ctv.es/USERS/rosacruz/
visita_sede_normal.htm

http://www.ctv.es/USERS/
rosacruz/saludo.html

http://www.ctv.es/USERS/
rosacruz/artkarma.htm

http://www.svmmvmbonvm.org/
saralden/serumrosacruz.htm

http://www.svmmvmbonvm.org/
saralden/

 

Fundo musical:

French Suite 6 Mov 1 (Johan Sebastian Bach)

Fonte:

http://www.musicamidigratis.com/
midis/7/infomidi.html