Este
é o mais despretensioso texto que já escrevi.
Meu coração transbordou de amor ao digitá-lo.
Não que os outros também não tenham
sido despretensiosos. Todos foram. Mas, particularmente,
neste, dei uma breve relaxada e resolvi escrever um
trabalhinho carinhoso sobre o AMIGO. O Natal está
chegando... Estamos em 2004! É uma homenagem
pura a todos os amigos dos amigos, que são, sem
cobranças, amigos, simplesmente porque são
amigos. Isso não é um barato? Então,
não se esqueça destas duas palavras: BE
HAPPY. Você vai saber porque no final. Mas...
espere! Enquanto isso, share the smiles with a friend!
And make their day just a little bit happier!
No
miolo deste texto há, contudo, uma breve tristezinha.
Mas, a vida também não oferece seus desencontros?
Ou não? Sem grandes especulações
filosóficas, acho que sim.
Mas,
será que todos já pararam para pensar
na importância da amizade? Não falo apenas
da amizade entre dois seres humanos. Incluo nisso qualquer
ser que habite este Plano. Um bichinho, por exemplo.
E entre animais de diferentes espécies, que,
geralmente, são rivais? Há certas coisas
que são incríveis, e, às vezes,
passamos por elas sem percebê-las. O fato irrecorrível,
é que os animais, a todo momento, nos dão
gratuitamente lições memoráveis
de vida. Se aprendêssemos com eles...
Um
amigo não julga seu amigo; seus defeitos são
meras peculiaridades. Disse Voltaire (1694-1778) em
Édipo, Ato I: A
amizade de um homem é um benefício dos
deuses.
Nas
horas incertas, quem vem em nosso auxílio senão
o amigo? E, a curiosidade de um amigo sincero
não é mórbida, como às vezes
erroneamente julgamos. Pode, para nós, não
ser conveniente. Isso é outra coisa. Quem pode
saber se ele – o amigo – não está,
em silêncio, querendo nos ajudar? Então,
para meditar: Quem julga está julgando com seus
critérios pessoais, que são e serão
sempre falhos na origem, isto é, nossa sempre
imperfeita razão pessoal. Não sejamos,
portanto, juízes de nossos amigos. Nem de nada
nem de ninguém. Estejamos atentos, isto sim,
para reformar nossas mazelas, que são muitas.
Esse trabalho, por si só, já é
gigantesco, e, nem sempre, bem sucedido. Então,
relativamente ao ato-processo de viver, por que dizer
e afirmar coisas que, em nosso íntimo, pensamos
exatamente o contrário? E, por que — como
escreveu consentaneamente a escritora e pensadora Lya
Luft — nos perdemos tanto? Por que tantos
encontros maravilhosos acabam se transformando em desencontros
escabrosos? Por que muitas pessoas acabam trilhando
uma estrada de desencanto e de rancor? Por
que discriminamos os outros? Por que usamos expressões
do tipo 'burro', 'viado', 'babaca', 'preguiçoso',
'crioulo', 'ultrapassado' 'careca', 'gordo', 'barrigudo',
'pé'-pé, 'pregiçoso', 'marafa'...?
Por que humilhamos os outros? Por que não somos
generosos, amorosos e solidários? Afinal, não
somos uma ilha!
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Há
alguns meses, escrevi dois trabalhos pesadíssimos.
Principalmente o que embutiu a degola ritualística
de Nick Berg. Fiquei muito, muito mal. Apelei para um
Irmão-Amigo,
+Vicente
Velado, FRC
e Abade da Ordo
Svmmvm Bonvm (OS+B). Em um
e-mail que precisei escrever para ele, no final,
só pedi: — Ore por mim. Foi quase
bate-pronto. Recebi como resposta um e-mail
com palavras e recomendações absolutamente
exatas. E uma afirmação mais ou menos
assim: Orarei
por você. Sei,
contudo, que ele fez mais do que isso. Não que
uma oração não fosse suficiente.
Mas, algo mais aconteceu. No dia seguinte acordei refeito,
lesto e pronto para continuar a faina. O que é
isso? Fraternidade? Sim. Amor incondicional? Sim. Mas
é também amizade. Bendito sejam +Vicente
Velado, a Ordo
Svmmvm Bonvm (OS+B) e a Ordem
de Maat (OM).
Um
amigo sincero é uma coisa bela e doce. Em nossas
necessidades está sempre presente. Quem tem um
amigo é rico; e quem não tem um amigo
é porque nunca fez por onde ou não mereceu.
Mas é difícil alguém não
ter pelo menos um amigo. Um amigo não pode ser
conquistado com esforço. A harmonia e a comunhão
entre ideais e propósitos produzem a mais sólida
amizade. É, poeticamente, como disse Emerson
(1803-1882) em Ensaios I, Amizade:
Um amigo
pode ser considerado a obra-prima da Natureza. Assim,
o prêmio (se prêmio houver!) pela prática
da virtude é a própria virtude, e uma
amizade sincera só poderá prosperar e
se firmar solidamente com base na virtude. Nesse sentido
ponderou Sofocleto (1926) em Silogismos: Amigo
verdadeiro é aquele que nos quer apesar de nada.
Um
verdadeiro amigo, assim, nada pede; ele está
sempre pronto para dar o melhor de si ao outro. Isto,
aliás, é uma característica dos
místicos verdadeiros, que, além de estarem
sempre disponíveis para os seus amigos, estão,
faça sol ou faça chuva, igualmente à
disposição de todos os seres. Estes místicos
sabem que são UM com tudo e com o TODO. Se assim
é, não abandonarão, sob nenhuma
alegação, a mais mínima parcela
desse TODO.
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Estou
pensando, novamente, na amizade que existe entre dois
bichos e entre um bicho e o homem. Há algo de
profundamente superior — além mesmo da
compreensão comum — nessas relações
interseres. Há certos animais (animais?) que
até podem se comunicar psiquicamente com os seres
humanos. Eu convido você, meu Irmão, que
está lendo este modesto ensaio, a fazer uma visita
ao site abaixo. Os temas lá abordados
são um barato.
É
certo que, como disse Mestre
Apis,
os animais são nossos irmãos menores.
Mas podem, em casos especiais e em condições
específicas, fazer o papel de nossos Irmãos
Maiores.
Podem nos ensinar verdadeiras Lições de
Vida. Quando compreendermos que o dito reino animal
é parte do TODO, como nós, e que um 'dia',
na próxima Ronda, os animais serão
seres humanos, como nós, não mais os maltrataremos
nem mais teremos coragem de matá-los, torturá-los
e comê-los. Será que alguém, passando
realmente necessidade e fome, teria coragem de almoçar
seu cachorro e de jantar seu gato? Eu nem posso imaginar
um treco desses. Se isto é inconcebível,
alcançaremos a justa compreensão, também,
de que não podemos continuar a almoçar
e a jantar nossos IRMÃOS.
A
amizade é algo, por assim dizer, divino. Exagerei?
Penso que não. Na amizade sincera há uma
espécie de fusão de consciências.
Quando Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)
–
um dos poetas mais originais da Literatura, não
só portuguesa, mas européia e universal
e um dos membros do grupo da revista Orpheu
–
em Paris, passou pela crise existencial
que o levaria ao suicídio, Fernando Pessoa, em
Portugal, 'sentiu' todo o drama do amigo querido.
Como breve ilustração reproduzirei sem
comentar o poema Vontade
de Dormir de Mário de Sá-Carneiro.
Talvez, sem sentir propriamente, possamos entender (não
compreender) sua grande dor.
Fios
de oiro puxam por mim
a soerguer-me na poeira —
Cada um para seu fim,
Cada um para seu norte...
......................
—
Ai que saudade da morte...
......................
Quero
dormir... ancorar...
......................
Arranquem-me
esta grandeza!
—
P’ra que me sonha a beleza
Se a não posso transmigrar?...
......................
Também
escreveu Sá-Carneiro no poema Quase:
Hoje,
de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
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Fernando
Pessoa |
Sá–Carneiro |
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Eu
poderia ficar horas escrevendo sobre esse tema e dar
muitos exemplos pessoais. Mas, prefiro, antes de concluir,
para os que não conhecem, transcrever a letra
da Canção
Da América, de Milton Nascimento
e Fernando Brant.
Amigo
é coisa prá se guardar
debaixo de sete chaves
Dentro
do coração,
assim falava a canção que na América
ouvi
Mas
quem cantava chorou
ao ver o seu amigo partir
Mas
quem ficou no pensamento
voou com seu canto que o outro lembrou
E
quem voou no pensamento f
icou com a lembrança que o outro cantou
Amigo
é coisa prá se guardar
no lado esquerdo do peito
Mesmo
que o tempo e a distância
digam não
Mesmo
esquecendo
a canção
E
o que importa é ouvir
a voz que vem do coração
Pois
seja o que vier,
venha o que vier
Qualquer
dia, amigo,
eu volto a te encontrar
Qualquer
dia, amigo,
a gente vai se encontrar
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Agora,
que tal um pouco sonhar,
Ouvindo
Nat Cole cantar?
Nossa
vida inclui o recordar
Perdoar,
solidarizar e apiedar.
Mas,
incondicionalmente amar,
Está
em primeiro lugar.
Mas,
antes de terminar:
Obrigado
Vicente Velado
Por
você simplesmente me Amar.
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Se
você clicar na palavra AMIGO abaixo, verá
um trabalho em power point muito interessante.
Não fui eu que o produzi: recebi por e-mail
de uma amiga. É claro que o texto representa
uma imagem figurada, e não alterará os
conceitos que cada um de nós tem sobre o tema.
De qualquer sorte, ouvir Nat King Cole é um privilégio.
Privilégio maior é ter um amigo que nos
gosta desinteressadamente. Isto é muito raro.
Seja bicho, seja homem, isto é mesmo muito raro!
Depois, convido você para BE HAPPY. Você
vai amar!!! Cique em BE HAPPY and enjoy it. And.. be
happy!
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DADOS
SOBRE O AUTOR
Mestre em Educação, UFRJ, 1980. Doutor
em Filosofia, UGF, 1988. Professor Adjunto IV (aposentado)
do CEFET-RJ. Consultor em Administração
Escolar. Presidente do Comitê Editorial da Revista
Tecnologia & Cultura do CEFET-RJ. Professor de Metodologia
da Ciência e da Pesquisa Científica e Coordenador
Acadêmico do Instituto de Desenvolvimento Humano
- IDHGE.
SITES
CONSULTADOS
http://geocities.yahoo.com.br
/gerson_cs/outros.html
http://www.criaderosierraleona.com.ar
/ridgeback_galeria.htm
http://www.secrel.com.br
/jpoesia/sa01.html
http://www.fabiobrg.hpg.ig.com.br
/entretenimento/17/index_int_10.html
http://www.astormentas.com
/carneiro.htm
http://www.universal.pt
/scripts/hlp/hlp.exe/multimedia?tipo=2&p=88&texto=
http://www.supostal.com.ar
/postales/dia_de/flor_bis/flor.htm
http://www.klub-odgik.org.pl/bajerne/be_happy.swf
PAZ
PROFUNDA
PAZ
PROFUNDA