Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

O Amor É...


O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim. O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. O amor castiga-te. O amor compensa-te. O amor é um prêmio e um castigo. O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. O amor é alegria. O amor é tristeza. É ciúme, orgasmo, êxtase. O nós, o outro, a ciência da vida.

O amor é um pássaro. Uma armadilha. Uma fraqueza e uma força.

O amor é uma inquietação, uma esperança, uma certeza, uma dúvida. O amor dá-te asas, o amor derruba-te, o amor assusta-te, o amor promete-te, o amor vinga-te, o amor faz-te feliz.

O amor é um caos, o amor é uma ordem. O amor é um mágico. E um palhaço. E uma criança. O amor é um prisioneiro. E um guarda. Uma sentença. O amor é um guerrilheiro. O amor comanda-te. O amor ordena-te. O amor rouba-te. O amor mata-te.

O amor lembra-te. O amor esquece-te. O amor respira-te. O amor sufoca-te. O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz.

O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso.

 

Joaquim Pessoa, in: Ano Comum

 

Por isto, há uma diferença inconciliável entre o amor e o Amor. Há o amor que-tudo-quer e o Amor que-nada-quer. Há o amor que-faz-escolhas e o Amor que-não-escolhe-nada. Há o amor egoísta e o Amor filantrópico. Há o amor apocópico e o Amor acrescentador. Há o amor androfágico e o Amor fraternal. Há o amor hipotético e o Amor categórico. Há o amor consuetudinário e o Amor transcendental. Há o amor vem-a-mim e o Amor vou-a-ti. Há o amor pessoal-hominal-limitado e o Amor Divinal-universal-ilimitado. Disto resulta: o amor pessoal-hominal-limitado é uma miragem aprisionadora; o Amor Divinal-universal-ilimitado é uma Lei Cósmica Libertadora!

 

Rodolfo Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Libertação

 

 

 

 

mar sempre

firmemente

apesar do erro constatado!1

Amar sempre

inabalavelmente

apesar do terror observado!

 

 

 

mar sempre

inflexivelmente

apesar da injustiça recebida!

Amar sempre

invariavelmente

apesar da ilogicidade percebida!

 

 

 

mar sempre

resolutamente

apesar da dissonância verificada!

Amar sempre

efetivamente –

apesar da divergência comprovada!

 

 

 

mar sempre

fraternalmente

ainda que a vontade seja de se afastar!

Amar sempre

universalmente –

ainda que o desejo seja de desagravar!

 

 

 

mar sempre

despreconceituosamente

mesmo nossos Irmãos da Mão Esquerda!2

Amar sempre

desassombradamente –

mesmo quem é crapuloso e berdamerda!

 

 

 

 quem cabe

julgar e condenar

as miragens/ilusões/mâyâs dos outros?

A quem cabe

absolver e isentar

as miragens/ilusões/mâyâs dos outros?

 

 

 

omos todos Um!

Descontinuação?

Não há esta excentricidade no Kosmos!

Somos todos Um!

Intermitência?

Não há esta singularidade no Kosmos!

 

 

 

 

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Nota:

1. Recomendação do Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul inserida na obra Miragem Um Problema Mundial, de autoria de Alice Ann Bailey.

2. Para o desavisado, isto talvez seja a coisa mais absurda e sem nexo que escrevi. Mas, nem tanto. Preste atenção e reflita comigo: se admitirmos que tudo e todos, sem exceção, somos Um, como poderão existir coisas fora do Um ou que, digamos assim, façam parte de uma espécie de não-Um ou de – Um (menos Um)? Como o vácuo, a minholeta e a borbonhoca, o não-Um e o menos Um não existem; só há o desde-sempre e o para-sempre Um! Portanto, mal e bem, dia e noite, mânvântâra e prâlâya, deuses e demônios, direita e esquerda, certo e errado, longitude e latitude, a montante e a jusante, fossas abissais e montanhas, Nações do Eixo e as Forças Aliadas, ocidente e oriente, nazistas, fascistas, árabes e judeus, China e Tibete, santos e assassinos, o papa e os pedófilos, a Rainha da Inglaterra e as Bruxas de Salém, Jeanne d'Arc (canonizada pelo Papa Bento XV) e o bispo francês Pierre Cauchon, guerra e paz, saúde e doença etc. tudo é parte do Um e está em conformidade com o Um! A relativa separação (ou isolação) – que é uma ilusão – se dá apenas em virtude do teor ou padrão vibratório das coisas, mas, que se manifestam em um só e no mesmo Teclado Universal, Harmônico e Unificado. Se você compreendeu isto, a afirmação que fiz (amar sempre – despreconceituosamente – mesmo nossos Irmãos da Mão Esquerda) não é tão absurda assim!

 

 

Padrão Vibratório 1
(Os Lentinhos)
Padrão Vibratório 2
(Os Mais ou Menos)
Padrão Vibratório 3
(Os Superdotados)

 

 

Música de fundo:

All the Way (música: Jimmy Van Heusen; letra: Sammy Cahn) & One For My Baby (And One More For The Road) (música: Harold Arlen; letra: Johnny Mercer)
Interpretação: Kenny G & Frank Sinatra

Fonte:

http://mp3freex.com/frank-sinatra-one-for-my-baby-download

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Joana_d'Arc#A_morte

http://web.mat.bham.ac.uk/C.J.Sangwin/
Teaching/CircWaves/waves.html

http://mistersensitive.com/gallery/
displayimage.php?pid=1313

http://www.citador.pt/textos/
o-amor-e-joaquim-pessoa

http://www.netanimations.net/Romantic-Valentines-
Day-hearts-and-loving-clip-art-graphics.htm

 

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