Música
de fundo: Moon River
Fonte: http://www.wtv-zone.com/caseman/midi12.html
QUEM
É O SEU AMANTE?
Dr. Jorge Bucay - Psicólogo
(Tradução
do original Hay que buscarse un Amante)
AMANTE
Muitas
pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e as que tinham
e perderam.
Geralmente
são essas últimas as que vêem ao meu consultório
para me contar
que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de
insônia, apatia,
pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Elas
me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem
perspectivas,
que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar
seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas
encontram para
dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes
de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios,
onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
Depressão,
além da inevitável receita do antidepressivo do momento.
Assim,
após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não
precisam de nenhum antidepressivo ; digo-lhes que elas precisam de um
AMANTE!
É
impressionante ver a expressão dos olhos delas
ao receberem meu conselho.
Há
as que pensam: Como é possível que um profissional
se atreva a sugerir uma coisa dessas?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se
despedem e não voltam nunca mais.
Àquelas,
porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu
explico o seguinte: — AMANTE é aquilo que nos
apaixona. É o que toma conta do nosso pensamento
antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às
vezes, nos impede de dormir. O nosso AMANTE é aquilo que nos
mantém distraídos em relação ao que acontece
à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação
da vida. Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro,
outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas
que nos desperta as maiores paixões e sensações
incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa
científica ou na literatura, na música, na política,
no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente,
na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...
Enfim,
é 'alguém' ou 'algo' que nos faz 'namorar' a vida
e nos afasta do triste destino de 'ir levando'.
E
o que é 'ir levando'? Ir levando é ter medo de viver.
É vigiar a forma como os outros vivem, é perambular por
consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos,
afastar-se
do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que
o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com
a umidade,
com o sol ou com a chuva.
Ir
levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo
se contentar
com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar
algo
amanhã.
Por
favor, não se contente com 'ir levando; procure
um amante,
seja também um amante e um protagonista da SUA
VIDA...
Acredite:
o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa
memória e nunca se
esqueceu de ninguém.
O
trágico é desistir de viver; por isso, e sem mais delongas,
procure
um amante ...
A
psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
COMENTÁRIOS
Em
outros textos que tenho divulgado, tenho feito reflexões variadas
sobre esse tema, qual seja, a falta de rumo ou de objetivo que muitas
pessoas têm em relação a si próprias e, conseqüentemente,
em relação à própria vida. Isso, de certa
forma, é trágico. É trágico porque, de repente
e não mais do que de repente, a pessoa se vê com 60 ou
70 anos (às vezes acontece antes) e conclui que levou uma vida
vazia, uma vida centrada em inutilidades e em fantasias.
Tudo
converge para a velha questão de sempre: a ilusão que
os sentidos impõem aos desavisados e aos despreparados
para a mágica (e a mágicka) sabedoria de viver
uma vida saudável e o mais próximo possível da
plenitude. Os apelos são diversos e provêm das mais variadas
fontes. Por exemplo: é impossível que um ser humano saudável
assista a um filme com cenas de sexo explícito e/ou de violência
sem se envolver emocionalmente com o que está acontecendo na
telinha. Também não há quem não se comova
com as misérias, as injustiças e as desgraças do
mundo. Todas essas coisas, mais o dia-a-dia, mais as manias, mais os
medos, mais as ortodoxias, mais tudo, acabam realmente por adoecer o
ser humano, seja física ou psiquicamente. O pior é que
o indivíduo dorme para descansar, e a inana continua durante
o sono, que deveria ser reparador sob diversos aspectos, mas
acaba se tornando um tormento, impossibilitando, inclusive, certas
recuperações que deveriam ocorrer. Tormento
porque o duplo eu-corpo astral, durante o sono, acaba se harmonizando
e buscando as faixas vibratórias (imantação) concordantes
e/ou afins com o que o ente viveu durante o dia. Qualquer emoção
que um ser passe durante o dia terá reflexos durante o período
de repouso. Isto é inevitável. Às vezes é
dantesco.
Eu
me lembro, por exemplo, que quando escrevi um texto sobre a degola de
Nick Berg, passei uns dois dias a perigo. Fiquei péssimo. E por
que? Por que, humano que sou, pura e simplesmente não consegui
evitar que toda aquela situação conspirasse para me derrubar
física e emocionalmente. Passei maus momentos. Mas, lutei e saí
da fossa. Isso, contudo, é comum e normal em todos nós.
O que não é normal é atolar para sempre (ou prolongadamente)
em um problema e acabar sucumbindo. Há, entretanto, certas patologias
– como o Transtorno Afetivo Bipolar – que requerem acompanhamento
médico. Em casos assim, a pessoa não consegue resolver
suas dificuldades sozinha.
Eu
conheço uma senhora, professora, que está com uns 75 anos
mais ou menos. Essa senhora viveu com a irmã toda a sua vida.
Ambas solteiras. Há uns três anos a irmã faleceu.
A vida para esta senhora simplesmente acabou. Nada consegue demovê-la
de seu sofrimento e, na verdade, ela está esperando chegar o
seu último dia. O pior é que ninguém consegue ajudá-la,
porque ela não quer ser auxiliada por ninguém e, principalmente,
por ela. Isto não deixa de ser uma forma patológica de
masoquismo – atitude de uma pessoa que busca o sofrimento,
a humilhação, ou que neles se compraz.
A situação é mais do que dramática, porque
é muito triste ver um ser humano definhando a cada dia. E isto
é mais comum do que se possa imaginar. São aquelas pessoas
de natureza lunar que não conseguem olhar para o Leste da Existência,
só para o oeste. Tudo é sombra, má sorte ou castigo
de Deus. O fato é que a vida é, na realidade, um grande
espelho: as imagens tomam forma e acabam se tornamdo relidade. Isto
é: nós construímos efetivamente a vida que levamos.
Enfim,
vou dizer o que eu faço. Primeiro: não assisto nada, em
lugar nenhum, que possa comprometer minha sanidade. Na TV, quando passo
por um canal que está apresentando algo ordinário ou caliginoso
(que não seja jornalístico), pulo logo o canal. Segundo:
evito ouvir coisas ou ter conversas doentias. E terceiro: faço
todo o esforço possível (e impossível) para não
me envolver em nenhum tipo de sacanagem, de conspiração
ou de maldade. Tenho um compromisso firmado com a Beleza, com o Bem
e com a LLuz e não me afasto disso
um milímetro. Os que se afastaram de mim por isso... Bem, esse
problema não é meu e nem estou preocupado com isso.
Um
outro aspecto é o sentimento de reclamação e de
perseguição que muitas pessoas nutrem. A maioria das pessoas
acha que o(s) outro(s) está(ão) sempre de má vontade
ou com segundas, terceiras e quartas intenções com elas.
Isso é tenebroso. Ora, os outros são nossos melhores professores.
Quando se internaliza isso, tudo é lucro, tudo é aprendizado
e nada é constrangedor. A grande, a enorme e realmente gigantesca
questão é que, voluntária ou involuntariamente,
achamos que somos onipotentes. Pensamos até que iremos ficar
para semente. Não refletimos e costumamos nos ofender por migalhas.
Quantas vezes, de carro, com o sinal verde,
vou fazer uma curva em uma esquina, e alguém me xinga a troco
de nada. Eu não dou a mínima pelota e me esqueço
da agressão em 1 centésimo de segundo. Por outro lado,
para muita gente, os outros são tidos como inferiores, como ignorantes
ou como babacas. Isso é péssimo, porque o aprender é
um fluxo que não se interrompe jamais. E todos têm algo
a ensinar, como todos nós temos tudo que aprender. Precisamos
todos meter uma coisa na cabeça: temos a eternidade à
nossa disposição para aprender, e como a eternidade é
ilimitadamente eterna, jamais saberemos tudo. Vaidade, então,
por quê? Por isso, saber ouvir é uma arte, e não
se resume apenas a ouvir com os ouvidos. Ouvir sem o conveniente
processo dialético, bocejando, resulta no zero mais redondo do
mundo. Por isso, as pessoas esquecem as coisas. Simplesmente não
se lembram dos eventos pelos quais passaram. Não se lembram porque
quando um determinado fato aconteceu não se deram ao cuidado
de meditar sobre o ocorrido. Apenas bocejaram ou dormiram acordadas!
Sugestão
mística: à
noite, antes de dormir, recordar e refletir sobre os acontecimentos
do dia. Não julgar nada nem ninguém. Apenas devemos refletir
e analisar os fatos da vida sob os aspectos místicos e esotéricos
aos quais, inapelavelmente, estão todos os acontecimentos vinculados.
Perdoar as (presumidas) maldades alheias também é um ato
de onipotência. Primariamente, quem deve compreender seus equívocos
é quem os pratica. Aos outros (a nós) cabe tentar entender
o porquê das coisas; se não se compreende não se
deve fazer juízo de valor de nada. Quem somos nós para
julgar o quê? Esta é uma Regra de Ouro. Tentar extrair
o lado bom de todos os acontecimentos e aprender a aceitar todos os
fatos da vida (a grande escola) como um verdadeiro processo de ensino-aprendizagem
é a ARTE
das artes. Isto implica também em não se omitir jamais.
Para
Quem Puder Ajudar...
Os velhinhos da ASSOCIAÇÃO ALIANÇA DOS
CEGOS, com sede na Rua 24 de Maio, 47 - São Francisco
Xavier/RJ - Telefones: 2502-4632 e 2273-3052, estão passando
por uma situação bem precária...
Ontem só tinham café como refeição matinal.
São velhinhos cegos, abandonados pela família, num total
de 62 senhores. O propósito deste e-mail é pedir
a colaboração de todos, para que doem alimentos não
perecíveis para esta Entidade.
Quem puder ajudar... Não é para doar dinheiro e sim alimentos.
A Associação está aberta para visitação
e entrega doações, das 8 às 17 horas, e abriga
62 homens idosos, que diante da idade não conseguem mais fabricar
as vassouras que com as vendas os sustentavam, passando por dificuldades
tendo, inclusive, o prédio que os abriga penhorado pela Caixa
Econômica, que os ameaçou de despejo. Mas, já foi
feita uma reportagem no O DIA, para que possa ser revertida
a situação.
NECESSITAM DE:
FEIJÃO, ARROZ, MACARRÃO, FUBÁ, ÓLEO, SAL,
AÇÚCAR, LEITE EM PÓ (para tomarem os remédios),
AVEIA, ACHOCOLATADOS, BISCOITO, FRUTAS, LEGUMES, VERDURAS, MATERIAL
DE HIGIENE E LIMPEZA (sabonetes, pasta de dente, escova de dente, Prestobarba,
desinfetante, cloro, papel higiênico, sabão em pó),
COBERTORES, ROUPA DE CAMA, TOALHA DE BANHO, ROUPAS PARA O FRIO (casacos,
meias, calça comprida etc.)
Se não puder ajudar, pelo menos divulgue. Alguém poderá!
Por favor repassem esta mensagem para outras pessoas!