SONETO DA ALMA PENADA

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

Toc... Toc... Toc... Toc... Toc...

— É o frio? Aqui, tu não vais entrar.

Poc... Poc... Poc... Poc... Poc...

— Não adianta bater; vai congelar!

 

Frio? Não! Sou uma alma penada.

Perdi meu corpo e não o encontro.

— Perdão, alminha! Que maçada!

Eu lamento muito o desencontro.

 

Pois é. Preciso mudar meu fado;

cansei de o meu corpo procurar.

Será que morri? Estarei a sonhar?

 

Olvidaste? Tu viraste presunto.

Chispa; aqui não cabe defunto.

 

 

 

 

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