Alexander Soljenitsin

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo da Pesquisa

 

 

 

O arruaceiro Soljenitsin escapou ao controle — reclamou o secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética de 1964 a 1982 e presidente daquele país entre 1977 e 1982 Leonid Ilitch Brejnev (1906 – 1982) em uma reunião da cúpula do Partido Comunista, na qual se aventou, até, a possibilidade de executar o escritor.

 

Esta pesquisa teve por objetivo garimpar e divulgar algumas reflexões filosóficas do escritor russo, dramaturgo, historiador e o maior crítico do totalitarismo soviético Alexander Issaiévich Soljenitsin – sob este aspecto, um momento consciente da consciência humana plenamente consciente de sua autoconsciência cujas obras consciencializaram o mundo quanto aos gulags1 – sistema de campos de trabalhos forçados existente na antiga União Soviética, sistema maldito que funcionou de 1918 até 1956. Nos gulags, foram aprisionadas milhões de pessoas, muitas delas vítimas das perseguições de Josef Stalin (1878 1953), que, de filho de uma costureira e de um sapateiro, se tornou secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comitê Central a partir de 1922 até a sua morte, em 1953, sendo, assim, durante aproximadamente trinta e um anos, o líder absoluto da ex-União Soviética.

 

Quanto a outros posicionamentos de Soljenitsin – como considerar a Democracia uma péssima forma de Governo e ter classificado os círculos progressistas de utópicos, e, também, de ter apoiado os regimes políticos de Francisco Franco Bahamonde (1892 – 1975) e de Augusto José Ramón Pinochet Ugarte (1915 – 2006) – todos nós somos livres para não concordar, como eu, que discordo em gênero, número, grau, latitude e longitude. Todo poder absoluto, principalmente o poder totalitário, seja de direita, seja de esquerda, é perigoso, imprevisível, covarde, caolho, corrupto, corruptor, parcial, preconceituoso e sei lá mais o quê.

 

 

 

 

Breve Biografia de Soljenitsin

 

 

 

Alexander Issaiévich Soljenítsin (11 de dezembro de 1918 – Moscou, 3 de agosto de 2008) foi um escritor, dramaturgo e historiador russo. As suas obras consciencializaram o mundo quanto aos gulags, sistema de campos de trabalhos forçados existente na antiga União Soviética. Em 1970, ganhou o Prêmio Nobel da Literatura, mas se recusou a ir a Estocolmo recebê-lo com receio de ser proibido de voltar para casa. Soljenítsin estudou matemática na Universidade Estatal de Rostov, ao mesmo tempo em que cursou, por correspondência, o Instituto de Filosofia, Literatura e História de Moscou.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial participou de ações importantes como comandante de uma companhia de artilharia do Exército Soviético, obtendo a patente de capitão e sendo condecorado em duas ocasiões.

 

O escritor, que se tornou um ícone da resistência ao regime soviético, morreu em Moscou, em 3 de agosto de 2008. Segundo o seu filho, a morte se deu em conseqüência de uma insuficiência cardíaca aguda.

 

Em telegrama de condolências enviado à família do escritor, Vladimir Putin, então primeiro-ministro russo, escreveu: A morte de Alexander Soljenitsin é uma grande perda para toda a Rússia. Estamos orgulhosos de o ter tido como compatriota e contemporâneo… Será lembrado como uma personalidade forte, corajosa, de uma grande dignidade… O seu compromisso literário e cívico e o seu longo e espinhoso destino serão, para nós, um exemplo de autêntica abnegação ao serviço das pessoas, da Pátria, dos ideais de liberdade, de justiça e de humanismo. Mikhail Gorbachov, antigo Presidente da ex-União Soviética e pai da perestroika, disse: Foi um homem com um destino único… Alexander Soljenitsin atravessou provações difíceis como milhões de cidadãos do País… Foi um dos primeiros a falar em voz alta do caráter desumano do regime estalinista e dos que o conheceram e não se deixaram vergar.

 

Alexander queria morrer no verão e morreu no verão; queria morrer em casa e morreu em casa — relatou sua mulher Natalia.

 


 


Obras

 

 

 

Um Dia na vida de Ivan Denisovich (1962)

O Primeiro Círculo (1968)

O Pavilhão dos Cancerosos (1968)

Arquipélago Gulag (1973 – 1978)

Agosto, 1914 (1984)


 

 

 

Reflexões Filosóficas Soljenitsinianas

 

 

 

No fim de minha vida, me atrevo a esperar que o material histórico que recolhi entre na consciência e na memória de meus compatriotas. Nossa amarga experiência nacional contribuirá, no caso de novas condições sociais instáveis, para nos prevenir contra outros fracassos.

 

Dedico este livro (Arquipélago Gulag2) a todos quantos a vida não chegou para o relatar. Que eles me perdoem não ter visto tudo, não ter recordado tudo, não me ter apercebido de tudo.

 

Quando eu estava no Gulag, às vezes escrevia em muros de pedra. Costumava escrever em pedaços de papel, depois memorizava o conteúdo e destruía os papéis.

 

É claro que minhas opiniões evoluíram com o passar do tempo. Mas sempre acreditei no que eu fazia e nunca agi contra a minha consciência.

 

Não, não tenho mais medo da morte. Quando eu era jovem, a morte precoce de meu pai me cobriu com uma sombra – ele morreu aos 27 anos e eu tinha medo de morrer antes de realizar meus planos literários. Mas entre os 30 e os 40 anos minha atitude em relação à morte tornou-se bastante calma e equilibrada. Acho que é um marco natural, mas de modo algum o final de uma existência.

 

Para mim a fé é a base e a sustentação da vida.

 

Trinta graus abaixo de zero; 5 horas da madrugada. Alioshca tira o seu Novo Testamento, copiado a mão, atrás de um tijolo. Ele o lê num murmúrio, e ora por todos nós... São 6,30 da manhã. Os prisioneiros marcham em fila em direção ao campo de trabalhos forçados. O Sol, brilhando, derrete a neve. Estamos a 20 graus abaixo de zero. O rosto de Aalioshca também brilha. Brilha de felicidade. Ele é o único feliz entre nós. O seu Cristo lhe basta.

 

Uma palavra de verdade pesa mais do que o mundo inteiro.

 

Diálogo em um Gulag quando da chegada de um novo preso:

— Quantos anos você pegou?

Dez anos...

Por que?

Por nada...

Não é possível! Por nada as pessoas pegam 12 anos!

 

Quando privais alguém de tudo, ele deixa de estar sob o vosso poder. Ele volta a ser inteiramente livre.

 

A ditadura comunista, na URSS, não era exclusivamente um problema do povo russo, ou somente das democracias, senão que da Humanidade inteira.

 

Humanismo sem a sua herança cristã não pode resistir ao materialismo. A situação está se tornando cada vez mais dramática. O Liberalismo, inevitavelmente, foi deslocado pelo Radicalismo; o Radicalismo tem que se render ao Socialismo; e o Socialismo acaba não podendo resistir ao Comunismo.

 

Embora o terreno ideal do socialismo-comunismo tenha desmoronado, os problemas que ele pretendeu resolver permanecem: o uso descarado da vantagem social e o desordenado poder do dinheiro, que muitas vezes dirige o curso mesmo dos acontecimentos. E se a lição global do século XX não servir como uma vacina curativa, o imenso turbilhão vermelho poderá se repetir em sua totalidade.

 

Cento e dez milhões de russos morreram vítimas do Socialismo...

 

O pior do Comunismo não é a opressão, mas a mentira.

 

Provérbio russo citado na abertura do livro Arquipélago Gulag: Não se deve... Não se deve remexer no passado! Aquele que recorda o passado perde um olho... Aquele que o esquece perde os dois!

 

 

 

 

Concorrência ativa e tensa permeia todos os pensamentos humanos, sem abrir um caminho ao desenvolvimento espiritual livre. A Biologia sabe que o bem-estar e a segurança extrema não são vantajosos para um organismo vivo. Hoje, na vida da sociedade ocidental, o bem-estar começou a revelar a sua máscara perniciosa.

 

O amor duradouro faz de um homem e de uma mulher seres abençoados.

 

Há um desastre que está em curso há algum tempo. Refiro-me à calamidade de uma consciência desespiritualizada, irreligiosa e desumanizada... Colocamos muita esperança nas reformas políticas e sociais, apenas para descobrir que estávamos sendo privados do nosso bem mais precioso: a nossa vida espiritual. No Oriente, a vida espiritual é destruída pelas maquinações dos partidos no poder; no Ocidente, os interesses comerciais tendem a sufocá-la.

 

Se o corpo do homem está condenado a morrer, a sua missão na Terra, evidentemente, deve ser de natureza espiritual. Não se deve gozar desenfreadamente a vida cotidiana. A vida não deve se basear exclusivamente na busca das melhores formas de se obter bens materiais e, em seguida, alegremente, tirar o máximo proveito deles. Tem que ser o cumprimento de um dever permanente e sincero, para que esta vida possa se tornar uma experiência de crescimento moral, de modo que um ser humano possa permitir que a vida de outro ser humano se torne melhor do que quando começou. É imperativo rever o quadro generalizado de valores humanos. Sua incorreção presente é impressionante.

 

Tem passado um dia – um dia que nada conseguiu obscurecer um dia quase feliz.

 

Vivi toda a minha vida num regime comunista, e posso dizer que uma sociedade sem referências legais é terrível. Mas uma sociedade baseada na letra da lei, e não indo mais longe, fracassa em desenvolver em seu proveito o largo campo das possibilidades humanas. A letra da lei é demasiado fria e formal para ter uma influência benéfica sobre a sociedade. Quando toda a vida se tece através de relações legalistas, resulta uma atmosfera de mediocridade espiritual que paralisa as tendências mais nobres do homem.Como pôde o Ocidente declinar, da sua marcha triunfal até à sua debilidade presente?

 

É um mundo estranho e de ilusões o que nasceu na Rússia nos anos 90. Somos uma República de eleições livres, com uma imprensa, na aparência, livre. Todavia, as personalidades mais corruptas mantiveram os seus lugares, e é em vão que se procuram os assassinos. Por causa da cínica crueldade dos bandidos, o preço da vida humana está reduzido a um zero. É a oligarquia que governa, e tanto lhe faz que o povo sobreviva ou não.

 

Até que, no quarto mês, todos os cadernos do meu 'Diário de Guerra' foram lançados na boca infernal do fogão da Lubianka,3 espalhando a casca vermelha de mais um romance morto na Rússia e deixando as borboletas negras da fuligem voar pela mais alta das chaminés.

 

Na sociedade ocidental de hoje, revelou-se a desigualdade entre a liberdade para as boas ações e a liberdade para as más ações. Um estadista que queira realizar algo importante e altamente construtivo para seu país precisa agir cautelosamente, até mesmo timidamente; existem milhares de críticos afoitos e irresponsáveis à sua volta, o parlamento e a imprensa o rechaçam. À medida que avança, ele é obrigado a provar que cada um de seus passos é consistente e absolutamente impecável. Deste modo, a mediocridade triunfa sob a desculpa das restrições impostas pela Democracia.

 

Apenas a liberdade em nada ajuda a resolver os problemas da vida humana, e ainda acrescenta uma série de novos.

 

Desde o meu nascimento, eu sempre tive essa unidade interna. De bom grado, eu sempre me dediquei ao trabalho – ao trabalho e à luta.

 

Uma onda de terror parte da Chechênia e chega até nós. Esses monstros são capazes de cortar a cabeça de seus prisioneiros. Eles zombam e debocham de nossos tribunais. Eles sabem que não vai haver pena de morte... Eles sabem que, antes, serão condenados à prisão perpétua. Depois, vão poder se beneficiar de alguma redução da pena ou de uma anistia ou conseguem fugir. O que fazer com esse terror?

 

A liberdade de uma só pessoa vale mais do que todo o comércio mundial.

 

À uma espécie de liberdade destrutiva e irresponsável foi concedido um espaço ilimitado. A sociedade parece ter pouca defesa contra o abismo da decadência humana, como, por exemplo, o mau uso da liberdade para a violência moral contra os jovens, ou seja, imagens em movimento cheias de pornografia infantil, crime e horror. É considerado como parte da liberdade e, teoricamente, é contrabalançado pelo direito de os jovens não olharem ou não aceitarem estas coisas. A vida organizada legalisticamente, assim, demonstrou a sua incapacidade de defender a sociedade contra a corrosão do mal.

 

Tal como é, a imprensa se tornou o maior poder nos países ocidentais; mais poderosa, inclusive, que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

 

A defesa dos direitos individuais chegou a tais extremos que tornou a sociedade como um todo indefesa diante de certos indivíduos. Chegou a hora, no Ocidente, de defender menos os direitos humanos e mais as humanas obrigações.

 

Nós já temos três mundos. Sem dúvida, porém, o número é ainda maior; estamos apenas demasiado longe para ver.

 

O criminoso pode ficar impune ou ser tratado com leniência indevida, apoiado por milhares de defensores públicos. Quando um Governo começa uma luta sincera contra o terrorismo, a opinião pública imediatamente o acusa de violar os direitos civis dos terroristas. Há muitos casos desse tipo.

 

A sociedade ocidental se expandiu em um triunfo da independência humana e do poder. E, de repente, no século XX, veio a descoberta de sua fragilidade e friabilidade. Vemos, agora, que as conquistas provaram ser fugazes e precárias, e, também, pontos de defeitos da visão ocidental do mundo que levaram a estas conquistas.

 

Uma sociedade não pode permanecer em um abismo de ilegalidade.

 

Apesar da abundância de informação – ou talvez por causa dela o Ocidente tem dificuldade em compreender a realidade tal como ela é.

 

O pensamento ocidental tornou-se conservador: a qualquer custo a situação do mundo deve ficar como está; não deve haver alterações.

 

A próxima guerra (que não tem que ser necessariamente nuclear, e não acredito que seja) poderá muito bem enterrar a civilização ocidental para sempre.

 

É cada vez menos provável que o modo de vida ocidental venha a se tornar um modelo de liderança.

 

O nosso mundo dividido deu à luz à Teoria da Convergência entre os principais países ocidentais e os a União Soviética. É uma teoria calmante que ignora o fato de que esses mundos não são semelhantes em desenvolvimento, nem um pode ser transformado em outro sem o uso da violência. Além disso, a Convergência significa, inevitavelmente, aceitação dos defeitos do outro lado, e isto é mal aconselhado.

 

O mundo ocidental perdeu a coragem civil, tanto como um todo como separadamente, em cada país, em cada Governo, em cada partido político e, naturalmente, nas Nações Unidas. Este declínio na coragem é particularmente visível entre os grupos dominantes e na elite intelectual, causando uma impressão de falta de coragem por toda a sociedade.

 

É preciso que alguém saliente que, desde os tempos antigos, o declínio da coragem tem sido considerado o começo do fim.

 

Há uma tendência generalizada e perigosa para formar um rebanho, impedindo o desenvolvimento bem sucedido.

 

É quase universalmente reconhecido que o Ocidente apresenta uma forma de desenvolvimento econômico bem sucedido, embora, nos últimos anos, este desenvolvimento econômico tenha sido fortemente perturbado pela inflação caótica. No entanto, muitas pessoas que vivem no Ocidente estão insatisfeitas com sua própria sociedade. Desprezam-na ou acusam-na de não ter atingido um nível de maturidade adequado. E assim, um certo número de críticos quer a volta do Socialismo, que é um falso e perigoso retrocesso. [Igor Rostislavovich] Shafarevich, membro da Academia Russa de Ciências, escreveu um livro brilhante sob o Socialismo. É uma análise profunda mostrando que o Socialismo, de qualquer tipo, leva a uma destruição total do espírito humano e a um nivelamento da Humanidade para a morte.

 

O Ocidente acabou por realmente fazer respeitar os direitos humanos, às vezes até demais; mas o senso de responsabilidade do homem com Deus e com a sociedade cresceu de forma mais apagada. Nas últimas décadas, os aspectos legalisticamente egoístas da abordagem ocidental e do pensamento atingiram sua dimensão final, e, para o mundo, acabaram em uma severa crise espiritual e em um impasse político. Todas as conquistas do progresso tecnológico glorificado, incluindo a conquista do espaço exterior, não resgataram a pobreza moral do século XX.

 

Para fazer o mal, o ser humano precisa, antes de tudo, crer que está fazendo o bem, ou que é um ato bem pensado em conformidade com a lei natural. Felizmente, está na natureza do ser humano procurar uma justificativa para as suas ações...

 

O talento é sempre ciente da própria plenitude, e não se opõe a partilhá-lo com os outros.

 

Ideologia – é isto que dá à prática do mal a justificativa que tanto procura e ao malfeitor a necessária firmeza e determinação. Ideologia é a teoria social que faz com que as ações do malfeitor pareçam boas ao invés de más aos seus próprios olhos e aos olhos de outros, para que ele não ouça reprimendas e maldições, e, sim, louvores e honras. Foi desta forma que os agentes da inquisição fortificaram suas vontades invocando o Cristianismo; os conquistadores de terras estrangeiras exaltando a grandeza de suas pátrias; os colonizadores, a civilização; os nazistas, a raça...

 

O que os sábios fazem no princípio os tolos fazem no fim.

 

Stalin era um Egocrata.4

 

A linha divisória entre o bem e mal atravessa o coração de cada ser humano. E quem está disposto a destruir um pedaço do seu próprio coração?

 

No fim da guerra civil, e como sua conseqüência natural, abateu-se sobre a região do Volga um ano de fome como nunca se tinha conhecido. Como isto não adorna muito a coroa de glória dos vencedores desta guerra, falam sobre ele entre os dentes e sem ir além de duas linhas. E, no entanto, esta fome chegou até ao canibalismo, até aos pais comerem os seus próprios filhos! Nunca uma fome assim tinha sido conhecida na Rússia, nem sequer no ‘Tempo dos Tumultos’ (então, como testemunham os historiadores, os cereais mantinham-se debaixo da neve durante vários anos, sem serem colhidos). Um só filme sobre essa fome poderia projetar uma luz nova sobre tudo o que vimos e tudo o que sabemos acerca da Revolução e da guerra civil. Mas não há nem filmes, nem romances, nem estudos estatísticos – é algo que se procura esquecer, que não embeleza. Além disso, a causa de qualquer fome, é costume fazê-la recair sobre os Gulags.

 

Nos Gulags, o homem era reduzido a uma caricatura de humanidade – execuções, estupros, tortura, doenças, fome e miséria.

 

 



 

______

Notas:

1. Gulag é um acrônimo de Glavnoye Upravleniye Ispravitelno (Administração Geral dos Campos de Trabalho Correcional e Colônias). O Gulag tornou-se um símbolo da repressão da ditadura de Stalin. Na verdade, as condições de trabalho nos campos eram bastante penosas e incluíam fome, frio, trabalho intensivo de características próximas da escravatura (por exemplo, horário de trabalho excessivo) e guardiões desumanos. Os Gulags floresceram durante o regime stalinista da URSS, estendendo-se a regiões como a Sibéria e a Ucrânia, por exemplo, e destinavam-se, na verdade, a silenciar e torturar opositores ao regime. Segundo dados soviéticos, morreram no Gulags 1.053.829 pessoas entre 1934 e 1953, excluindo mortos em colônias de trabalho.

2. Uma outra obra de Soljenitsin é Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch, relato do cotidiano de um prisioneiro de um Gulag, obra que foi comparada a Recordações da Casa dos Mortos, de Fiódor Mikhailovich Dostoiévski (1821 – 1881).

3. Lubianka era sede do antigo Komitet Gosudarstveno Bezopasnosti (KGB), Comité de Segurança do Estado, em Moscou – a principal agência de informação e segurança da antiga União Soviética, que desempenhava em simultâneo as funções de polícia secreta do Governo Soviético, entre 13 de março de 1954 e 6 de novembro de 1991.

4. No Egocrata, o poder é personalizado. O Egocrata é o ser todo-poderoso que faz apagar a distinção entre a esfera do Estado e a da sociedade civil. O partido, onipresente, se incumbe de difundir a ideologia dominante por todos os setores de atividades, a todos unificando, o que permite a reprodução das relações sociais conforme o modelo geral. (Cláudio Silva).

 

 

Stalin

 

 

 

Páginas da Internet consultadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Alexander_Soljen%C3%ADtsin

http://www.publico.pt/

http://aeiou.expresso.pt/alexandre
-soljenitsin-1918-2008=f387067

http://www.mre.gov.br/

http://www.cpv.com.br/

http://www.oraetlabora.com.br/
novo1/teste/imprimir2.php?nt=1269

http://blog.cancaonova.com/
fotosquefalam/2008/?paged=39

http://www.grandefraternidade
branca.com.br/pare_pense.htm

http://64.233.163.132/

http://www.marcelos22.hpg.
com.br/paginas/frases.htm

http://64.233.163.132/

http://ocastendo.blogs.sapo.pt/373955.html

http://www.pimenet.org.br/

http://www.averdadesufocada.com/

http://www.correiodopatriota.com/

http://www.portaldasjoias.com.br/

http://emf49.blogspot.com/
2010/03/aleksandr-j-soljenitsin.html

http://www.jornaldamadeira.pt/not
2008.php?Seccao=5&id=101864

http://www.doutrina.linear.nom.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Arquip%C3%A9lago_Gulag

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gulag

http://www.textolivre.com.br/

http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/
index.php?cdPoesia=25569

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/
cultura/2005/07/31/002.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Stalin

http://www.columbia.edu/cu/augustine/
arch/solzhenitsyn/harvard1978.html

http://www.independent.co.uk/

http://veja.abril.com.br/130808/p_102.shtml

http://miltonribeiro.opsblog.org/2008/08/12/
alexander-soljenitsin-ja-tinha-morrido/

http://www.lucianopires.com.br/
idealbb/view.asp?topicID=11262

http://www.estadao.com.br/estadaode
hoje/20080804/not_imp217036,0.php

 

Música de fundo:

Unidunitovski

Fonte:

http://www.liberaobadaro.com.br/blob/?page_id=176