ALBERTUS MAGNUS
(Pensamentos e Reflexões)

 

 

 

Albertus Magnus


Albertus Magnus

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Este estudo teve por objetivo selecionar algumas reflexões e alguns pensamentos de Albertus Magnus – Bispo de Regensburg e Doutor da Igreja – um Frade Dominicano que se tornou famoso por seu vasto conhecimento e por sua defesa da coexistência pacífica da ciência e da religião.

 

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Albertus Magnus

Albertus Magnus

 

 

 

Albertus Magnus ou Santo Alberto Magno OP, também conhecido como Alberto de Colônia (1193/1206 – 1280), Bispo de Regensburg e Doutor da Igreja, foi um Frade Dominicano que se tornou famoso por seu vasto conhecimento e por sua defesa da coexistência pacífica da ciência e da religião. Ele é considerado o maior filósofo e teólogo alemão da Idade Média, e foi o primeiro intelectual medieval a aplicar a Filosofia de Aristóteles no pensamento cristão.

 

Alberto dominava bem a Filosofia e a Teologia (matérias em que teve Tomás de Aquino como discípulo) e mostrou também grande interesse em ciências naturais o ponto de dispensar, com a autorização do Papa, o episcopado, para continuar a prosseguir os seus estudos e a sua investigação com tranqüilidade. Ocupou-se em várias áreas de conhecimento, como Mecânica, Zoologia, Botânica, Meteorologia, Agricultura, Física, Química, tecelagem, navegação e Mineralogia. Ele inseriu estes conhecimentos no seu caminho único de santidade, afirmando que sua intenção última era conhecer a ciência de Deus. A suas obras escritas encheram vinte e dois volumes, e exemplificou como viver com equilíbrio e graça demonstrando que a fé não contradiz a razão.

 

Morreu em Colônia em 1280 proclamado Doutor da Igreja (Doctor Universallis, Doctor Expertus) e Patrono dos cultores das ciências naturais. Foi beatificado em 1622 e canonizado em 16 de dezembro de 1931 pelo Papa Pio XI com estas palavras: O presente momento parece ser o tempo em que a glorificação de Alberto Magno é mais adequada para conquistar almas à submissão do doce jugo de Cristo. Alberto é exatamente o Santo cujo exemplo deveria inspirar esta idade moderna, que tão ardentemente procura a paz e é tão cheia de esperança em suas descobertas científicas.

 

 

 

Sobre Albertus Magnus

 

 

 

Albertus Magnus

Albertus Magnus

 

 

 

G. K. Chesterton: Alberto de Suábia, acertadamente denominado ‘o Grande’, foi o fundador da ciência moderna. Mais do que ninguém, foi ele quem contribuiu para preparar o processo que transformou o alquimista no químico, e o astrólogo no astrônomo.

 

Elton Hall: Quando Albertus Magnus escreveu que 'o objetivo da ciência natural não é meramente aceitar as declarações de outros, mas investigar as causas em ação em a Natureza', resumiu uma inclinação de toda sua vida... Enquanto sua alma encontrava sustento em Platão, seu temperamente inquisitivo foi aguçado com os escritos de Aristóteles... Suas investigações são evidenciadas por sua disposição de descobrir, através da experiência, a verdade ou a falsidade de cada conclusão.

 

Elton Hall: Seu interesse de toda vida a respeito da possibilidade de se criar autômatos sugere que ele pode de fato tê-lo feito. A tradição registra que uma vez Tomás entrou sem ser convidado no laboratório de Albertus e lá encontrou um simulacro de uma jovem que lhe disse três vezes a palavra salve (saudações). Aterrorizado diante do que ele tomou como um fenômeno demoníaco, Tomás destruiu a imagem exatamente no momento em que Albertus entrava na sala. Tomás, Tomás! — gritou Albertus o que fizeste? Destruíste o trabalho de trinta anos!

 

Elton Hall: Albertus postulou um diâmetro razoavelmente preciso para uma Terra esférica, e negou como absurda a opinião comum de que a metade sul do globo era desabitada porque as pessoas que ocorresse viver despencariam.

 

Elton Hall: Albertus admitia que os fenômenos naturais são dignos de estudo porque eles expandem a mente com a maravilhosa atividade do Divino. Ensinava que a aceitação impensada da tradição aliada a uma atitude mundana cegam e mutilam a alma, destruindo a vida espiritual, e, assim, desperdiçando o tempo precioso entre o nascimento e a morte... Albertus Magnus viveu em uma época de claras limitações de pensamento e de expressão, mas, ainda assim, demonstrou como a mente – sustentada por um senso do Divino desperto no Ccoração pode chegar além das fronteiras de uma época e aspirar a se elevar às alturas da percepção.

 

Richard McKeon: Muitas lendas cresceram em torno do nome de Alberto Magno. Durante séculos, sua reputação como cientista serviu para caracterizá-lo como mago ou feiticeiro e, acima dessa reputação, acumularam-se estórias de estátuas de bronze falantes, de filtros e cálices de cura, de feitiços, encantamentos e projetos arquitetônicos divinamente inspirados.

 

Roger Bacon: Albertus Magnus é o mais notável dos eruditos cristãos.

 

James V. Schall SJ: Sem dúvida, poderíamos utilizar poucos 'projetos arquitetônicos divinamente inspirados' nos dias de hoje, mas é fácil ver como a grande erudição de Santo Alberto Magno, que o tornou o 'Stupor Mundi' (a admiração do mundo), facilmente levou a confundi-lo com um mago.

 

Christopher Dawson: Sua grande realização foi colocar todo o ‘corpus’ do pensamento greco-arábico à disposição da escolástica ocidental através da série enciclopédica de comentários e exposições pelas quais, como ele disse, tornou ‘todas as partes da Filosofia, da Física, da Metafísica e da Matemática inteligíveis para os latinos’. Não foi um mero intermediário passivo entre duas tradições intelectuais...; possuía uma mente de fato original e suas observações científicas, sobretudo em Biologia, Botânica e Geologia constam entre as primeiras realizações independentes da ciência da Europa Ocidental.

 

Étienne Gilson: Há pouco, em Alberto Magno, da objetividade de Tomás de Aquino na discussão abstrata. Nada é mais familiar para ele do que o ‘Eu’ e, neste sentido, ele é... concretamente e humanamente real para nós...

 

Louis Jugnet: Alberto Magno é um gênio admirável que explorou a obra de Aristóteles, e tinha clara inclinação para as ciências experimentais. Contudo, sua coerência sistemática não é das maiores, por vezes justapondo, ao sabor dos comentários e das ocasiões, visões aristotélicas, neoplatônicas e agostinianas.

 

José Jacinto Ferreira de Farias, scj: Apesar da sua reconhecida devoção à Nossa Senhora, homens como S. Bernardo, Sto. Alberto Magno, S. Boaventura e S. Tomás tiveram dificuldade em admitir a Imaculada Conceição, porque difícil de conciliar com o dogma da universalidade da Redenção.

 

Brasil Católico, Diocese de Catanduva: Alberto Magno submeteu a visão platônica do Universo à Filosofia de Aristóteles e, a partir daí, elaborou uma síntese teológica que serviria de base para uma nova compreensão e fundamentação dos princípios doutrinários do Cristianismo.

 

José Ferrater Mora: Para Santo Alberto Magno, como para Santo Tomás, a razão deve começar por se limitar; porém, esta limitação não é uma negação da razão, mas justamente aquilo que permitirá prestar confiança completa naquilo que a razão estabeleça.

 

 

 

 

Reflexões e Pensamentos Magnos

 

 

 

Albertus Magnus

Albertus Magnus

 

 

Minha intenção última está na ciência de Deus.

 

O primeiro preceito é que o obreiro nesta arte [a Alquimia] deve ser silente e reservado e jamais revelar seu segredo a quem quer que seja, sabendo bem que se muitos souberem, o segredo já não será mantido, e que quando é divulgado, será repetido com erro. Assim será perdido, e a Obra permanecerá imperfeita.

 

 

 

 

Sobre a Alquimia Espiritual: Divide o ovo dos filósofos em quatro partes, que terão cada qual uma natureza. Então as reúna com igualdade e proporcionadamente, de modo que não haja inconsistência, e, assim, adquirirás o que foi proposto, querendo Deus. Este é um método universal.

 

Às vezes, as luminárias e outros planetas se encontram em um local que tem tão grande poder de produzir seres humanos que imprime a forma humana sobre sementes de um tipo todo distinto, e em oposição ao poder formativo inerente naquela semente... Esta é a razão porque, mesmo nas pedras endurecidas por vapores, é impresso no material a forma de um homem ou a de algumas outras espécies da Natureza...

 

A verdadeira razão pela qual estamos de muitas formas excluídos da experiência e do deleite da vida interior e não podemos de modo algum conseguir um vislumbre dela é porque a distraída e incultivada mente humana não entra em si mesma pela lembrança de Deus. O torvo entendimento humano é tão obstruído com imagens terrenas que não pode encontrar caminho de volta para seu próprio Coração interno, nem refrear seus desejos e entrar em si mesmo por desejar a Luz Interior da alegria espiritual.

 

Retiremos nosso Coração das distrações deste mundo e devolvamo-lo às alegrias da vida interior, para que possamos ser dignos, em alguma pequena medida, de fixar nossa morada na Luz da contemplação divina, pois, esta é a vida e a paz de nossa alma.

 

A finalidade das ciências naturais não é apenas aceitar as afirmações de outros, mas investigar as causas que existem em a Natureza.

 

Só a experiência nos pode certificar nessas coisas.

 

Sobre a Última Ceia, na qual Cristo diz aos apóstolos: 'Façam isto em memória de mim': Certamente Ele (Cristo) não pediria nada mais vantajoso, nada mais agradável, nada mais benéfico, nada mais desejável, nada mais semelhante à vida eterna.

 

O Pai dos espíritos nos instruiu no que é útil para a nossa santificação.

 

O que pode ser melhor do que Deus manifestando toda a Sua doçura para nós? Qualquer um que receba este sacramento com a devoção da fé sincera nunca provará da morte.

 

A vontade é o motor universal de todas as potências para a ação.

 

A vontade, por si mesma, é cega, não podendo operar senão segundo a preordenação e a concepção da razão, e, portanto, toda a ordem deriva da razão.

 

 

 

 

As sementes das virtudes estão na natureza da razão.

 

Todo o bem do homem deriva da razão.

 

A obra do homem consiste na ordem da razão... razão à qual compete ordenar determinada coisa para o fim.

 

 

 

 

A escolha não pode existir – quanto à sua força de escolha – sem o intelecto, isto é, sem a razão prática, nem sem os hábitos morais que inclinam o apetite.

 

No homem, a vontade é livre e não está determinada a uma só coisa.

 

Toda virtude é segundo a reta razão.

 

 

 

 

A felicidade é o agir do homem segundo a melhor das virtudes.

 

A prudência é essencialmente uma virtude intelectual, mas moral no que diz respeito à sua matéria... Quem tem prudência tem todas virtudes, uma vez que a prudência é a condutora das virtudes. Tal como, de fato, a razão rege as outras potências, a prudência rege as outras virtudes.

 

A prudência não pode existir sem a virtude moral.

 

A felicidade depende da operação da prudência, e é necessário que na felicidade se congreguem todas as virtudes.

 

A prudência é perfeitíssima segundo a bondade, porque dá a todos a forma de bem, uma vez que, por meio dela, vem dado o médio em todas as coisas.

 

São José foi varão perfeito, no referente à justiça, pela constância da sua fé; quanto à temperança, pela virtude de sua castidade; quanto à prudência, pela excelência de sua discrição; quanto à fortaleza, pela energia de sua ação. Assim, pois, encontramos nele as quatro virtudes cardeais em grau excelente.

 

A escolha é um ato de uma potência única, a qual se diz livre-arbítrio, que é uma potência distinta da razão e da vontade, participando, porém, de qualquer coisa de ambas.

 

As operações não geram as virtudes, senão enquanto são feitas de modo racional, e este modo está presente nelas através da escolha. A escolha é a primeira das realidades virtuosas, e a operação é quase como um agente próximo e instrumental. O juízo moral deriva maiormente da escolha.

 

O virtuoso não foge dos prazeres de modo absoluto, mas apenas se são exagerados, seja por defeito, seja por excesso. Logo, as alegrias dos virtuosos não são apenas espirituais, mas também corporais.1

 

Se, de fato, uma ação boa recebe genericamente circunstâncias más, torna-se certamente má, como dar de comer a um esfomeado para depois se gabar, ou alimentar um trapaceiro, ou também matar quem deve ser morto, por rancor ou por vingança, não observando a ordem do Direito. Contrariamente, o mal genérico poderá se tornar bem, como quando se dá a quem não se deve dar por ser um profeta ou para fazer penitência, ou matar quem não deve ser morto porque assim o exigem as peças do processo e as provas que são contra ele, ainda que pela sua consciência saiba que o acusado é inocente, todavia é forçado a mandar matar quem, segundo a ordem do Direito, foi provado culpável a partir das provas dos autos do processo.

 

O bem genérico consiste em uma justa proporção da nossa obra à matéria, isto é, em relação à coisa em torno da qual operamos. Então, o bem se manifesta em nós quando fazemos aquilo que devemos fazer e abandonamos aquilo que deve ser abandonado.

 

De homem a homem, a última palavra deve ficar necessariamente com a razão.

 

Ache a verdade, porque a verdade o libertará.

 

 

 

 

É preferível crer em Agostinho do que nos filósofos, no que diz respeito à fé e aos costumes. Mas, se se tratar de Medicina, eu acredito antes em Hipócrates ou em Galeno. E se se trata de Física, é em Aristóteles que creio, porque era ele quem melhor conhecia a Natureza.

 

As coisas teológicas não se conjugam com as coisas filosóficas em seus princípios devido ao fato de que a a Teologia se baseia na revelação e na inspiração, não na razão. O filósofo diz tudo o que pode ser dito com base no raciocínio. E, com certeza, não se pode ter qualquer conhecimento da Trindade, da Encarnação e da Ressurreição a partir de uma perspectiva puramente natural.

 

O conhecimento da realidade não é único, mas duplo, conforme consideremos a 'res in se', quando é objeto da Filosofia, ou a 'res ut beatificabilis', quando é objeto da Teologia.

 

A caridade é melhor genericamente do que a temperança.

 

Todo ato em si mesmo é bom; porém, unido e enformado pelo pecado é mau.

 

Ainda que o agente tenha uma boa intenção, o adultério está unido a um fim mau. Portanto, não pode ser bem realizado.

 

A forma, nas realidades morais, deriva do fim.

 

Nada é indiferente nas obras que a vontade faz com deliberação, segundo o teólogo; mas, pode acontecer que, segundo o ético, qualquer coisa indiferente possa ser realizada, e isto porque nenhuma virtude entra em jogo, as quais são as principais causas em todos os atos voluntários, mas cada uma move no que diz respeito à sua matéria.

 

O fim mau é um certo bem sob determinado aspecto e segundo a intenção do agente; mas enquanto o separa do fim verdadeiro torna-se mau absolutamente.

 

O bem tem razão de fim, de tal sorte que o fim é aquilo que é desejado intencionalmente 'per se' [em si mesmo].

 

Nas coisas morais, é central a cognição do fim, pelo que a diferença que determina especificamente cada ato é tomada do fim. E assim, acontece de fato com o hábito virtuoso que, como diz o Filósofo [Aristóteles], está sempre unido a um bom fim.

 

A virtude aperfeiçoa a alma e a razão para o fim para o qual está naturalmente disposta e em potência, e, portanto, é natural na razão a propensão para a virtude, para a formação das virtudes e para uma certa iniciação nas mesmas...

 

A razão, quanto mais se aproxima da virtude, mais perfeita é; e quanto mais se afasta do fim para o qual vem ordenada pela virtude mais tende para a corrupção.

 

A especificidade do agir humano deve ser segundo aquilo que é propriamente seu e ótimo em si... Mas próprio do homem é a razão prática; logo, segundo esta devem ser as suas obras, e em tal consiste a felicidade.

 

Às vezes, alguém, através do mal, que é o 'finis operis', tem intenção de alcançar o bem, mas nunca o alcança... A partir da intenção mal, é desejado o desprezo do bem; e, assim, a culpa cresce.2

 

Matar um homem enquanto é homem é sempre mau; mas matar um ladrão – que é ladrão enquanto é contrário ao bem do homem é bom.3

 

O fim, ainda que seja externo, enquanto é fim é também causa intrínseca enquanto é forma, porque a forma e o fim coincidem em um.

 

Alguns atos podem estar vinculados a duas virtudes: a uma, enquanto produtora; a outra, enquanto imperante do ato.4

 

A intenção de enganar está incluída na noção de mentira.

 

 

 

 

O mal, segundo o que significa abstratamente, não agrada a ninguém; mas, enquanto está em uma coisa concreta subsistente em um bem particular, pode agradar a alguns, não enquanto mal, mas enquanto bem particular.

 

O mal não age senão em virtude do bem.

 

Todo pecado deriva de um erro na conclusão.

 

A avareza é contra a natureza do homem, enquanto é homem, ou seja, é contra a razão enformada pelo hábito do Direito Natural.

 

Ao saber que Tomás de Aquino fora apelidado de Boi Mudo: Quando este Boi mugir, o mundo inteiro ouvirá o seu mugido. Primeiro comentário equivalente: Algum dia, o boi mudo fará ouvir sua voz e seu eco ressoará pelo mundo inteiro. Segundo comentário equivalente: Quando esse Boi mugir, o mundo vai tremer.

 

A determinação requer virtude.

 

 

 

 

A matéria não move nem dá a espécie nas realidades morais, senão enquanto esteja unida a um fim. Portanto, ainda que todos os vícios tenham a mesma matéria, diferem segundo fins concretos, mesmo que venham a ser ordenados ulteriormente ao fim capital, tal como ao bem de um exército. Logo, também diferem segundo o motivo, porque o fim move.

 

Vejam o exemplo do montanhês. Se nosso espírito se perder no desejo pelas coisas que estão acontecendo lá embaixo, logo é colhido em um labirinto de infinitas distrações e caminhos tortuosos; a alma se aparta de si mesma, dissipada e despedaçada em tantas partes quantos sejam os objetos de seus desejos. Isto conduz a uma subida instável, a uma jornada sem fim e a cansaço sem repouso. Mas se o Coração e a alma se erguem, pelo desejo e pelo amor, daquilo que se lhes está abaixo e evitam ligar-se em muitas distrações; e se, esquecendo estas coisas, a alma recolhe-se ao único, imutável e todo-suficiente bem, dedicando-se ao serviço deste bem, e firmemente se estabelece ali pelo poder de sua vontade, então esta alma será tão mais recolhida e forte quanto mais seus pensamentos e desejos se dirigirem para Deus.

 

A Natureza deve servir de base e de modelo à ciência. Por isto, a arte trabalha de acordo com a Natureza em tudo o que pode.

 

A experiência, através de repetidas observações, é a melhor mestra no estudo da Natureza Só a experiência leva à certeza no estudo da Natureza, pois que, em casos tão particulares, não se pode provar através de silogismo.5

 

Não se pode ter qualquer conhecimento da Trindade, da Encarnação e da Ressurreição a partir de uma perspectiva puramente natural.

 

Bendito seja Deus, uno em três pessoas.

 

 

 



 

 

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Notas:

1. Porque existem muitos prazeres sensíveis que estão de acordo com a virtude. (Esta nota é uma citação de um autor que desconheço, mas com quem concordo inteiramente).

3. Creio que é preciso esclarecer que isto não é bem assim ou não é só assim, porque os indivíduos psicopatas são perversos, e supõe-se que nesta classe de doença (a psicopatia), o doente é um sujeito que se mantém a par da realidade, mas que carece de superego. Isto faz com que a pessoa psicopata possa cometer atos criminosos sem sentir culpa. As pessoas psicopatas têm condutas criminais sem nenhum sentimento de culpa, mantendo plena consciência dos seus crimes ou das suas intenções criminais. Enfim, um psicopata pode ser uma pessoa simpática e de expressões sensatas que, não obstante, não vacila ao cometer um crime quando lhe convém, sem sentir culpa.

3. Aqui, discordo peremptoriamente de Albertus. Não se mata nada por nada; nem uma formiga, nem um fantasma, nem um ser humano em legítima defesa. Todo assassinato é uma forma de suicídio, tanto quanto todo suicídio é uma forma de assassinato. Cosmicamente, os dois atos (suicídio e assassinato) serão oportunamente compensados. Todavia, se houver arrependimento sincero, via compreensão, a compensação será educativamente bem mais branda, pois o arrependimento é uma das chaves que abrem as portas da reconciliação e da ascensão, ainda que, para nada, haja perdão incondicional, pois a Consciência Cósmica Akáshica não trabalha com as categorias perdão/punição. Aliás, não trabalha com categoria alguma; nós é que, por ignorância, transferimos para Ela as nossas categorias humanas, e pensamos e queremos que Ela pense e aja como nós – o que é um contra-senso sesquipedal. Precisamos, enfim, compreender que as coisas todas estão vinculadas à esferas vibratórias específicas, existindo, agindo e reagindo no âmbito destas mesmas esferas. Em uma esfera vibratória 'x', umas coisas; em outra esfera vibratória 'y', outras coisas; em uma terceira esfera vibratória 'z', coisas diferentes das esferas 'x' e 'y; e assim por diante, ainda que o Teclado Cósmico Ilimitado seja mesmo, desde sempre, UM. É por isto, por exemplo, que borbonhoca e minholeta não existem, que o ciclo-hexano (C6H12) e o benzeno (C6H6), ainda que parecidos, são inteiramente diferentes, e que a Transmutação (operativa ou místico-iniciático-espiritual) é possível, pois o que falta ou o que sobra, se for acrescentado ou se for retirado, simplesmente transmuta. Que seja para a direita; que seja para cima! As animações abaixo demonstram todos estes conceitos.

 

 

Para a direita e para cima

 

 

Transmutação
(por decrésacimo e por acrésacimo)

 

 

 

 

 

Vibração

 

 

Vibração

 

 

Vibração

 

 

4. Como no caso em que, por medo ou por determinado tipo de negócio com o que não existe, alguém faz algum tipo de caridade com o intuito de compensar sacanagens e maus atos praticados. Isto é simplesmente hipotético e, para não dizer que não tem valor algum, tem muito pouco valor. A caridade é para ser feita ou para não ser feita. Faz quem quer e porque quer. Agora, fazer por isto, por aquilo, para, se, então et cetera é uma deformação do próprio principio que regula a caridade. Deus (de nossos Corações) caritas est. Ponto final.

5. Um silogismo é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. Em um silogismo, as premissas são um ou dois juízos que precedem a conclusão e dos quais ela decorre como conseqüente necessário dos antecedentes, dos quais se infere a conseqüência. Nas premissas, o termo maior (predicado da conclusão) e o termo menor (sujeito da conclusão) são comparados com o termo médio, e assim temos a premissa maior e a premissa menor segundo a extensão dos seus termos. Um exemplo clássico de silogismo é o seguinte:

Todo homem é mortal.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.levir.com.br/inst-003.php

http://www.arautos.org.br/view/viewPrinter
/39-jose-varao-justo-por-excelencia

http://www.brasilcatolico.com.br/
dioceses/diocese_catanduva/ordem.asp

http://www.universocatolico.com.br/index
.php?/o-dogma-da-imaculada-conceicao.html

http://www.permanencia.org.br/
sumateologica/Apoio/jugnet2.htm

http://www.scielo.br/pdf/vh/
v23n37/v23n37a07.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Silogismo

http://cieep.org.br/index.php?page
=artigossemana&codigo=617

http://www.fraternidaderosacruz.org/alberto
elgrande_elcompuestodeloscompuestos.pdf

http://ankaweb.fzk.de/website.php?
page=methods_infrared

http://facstaff.unca.edu/mcmcclur/class/Fractal
Geometry/SierpinskiDrivenVibration.gif

http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopata

http://www.eticaepolitica.net/eticafondamentale/
02_dsl_especificacao(pt).pdf

http://ca.wikipedia.org/wiki/Albert_el_Gran

http://www.catolicismo.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Magno

http://pt.wikiquote.org/wiki/Alberto_Magno

 

Canto Gregoriano de fundo:

Ecce Quam Bonum

Fonte:

http://www.kunstderfuge.com/holborne.htm