AGRAVAÇÃO

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Agravação

 

 

 

 

A vida de todos nós, na 3ª Dimensão,

é, mutatis mutandis, como a Homeopatia:

no início, poderá sobrevir uma agravação;1

da metade —› o fim, uma reengenharia.2

 

 

A vida de todos nós, na 3ª Dimensão,

é uma mescla de dolor e de alegria.

Só há um Caminho: ceder ao Coração

e obedecer à Voz do Silêncio, dia-a-dia.

 

 

A vida de todos nós, na 3ª Dimensão,

não deve ser vivida no vai-da-valsa.

 

 

A vida de todos nós, na 3ª Dimensão,

é um passaporte para a 4ª Dimensão.

Cuidemos de construir nossa borda-falsa!3

 

 

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Notas:

Nota 1. Em uma aula proferida na Associação Paulista de Homeopatia, em 19 de maio de 2000, foi ensinado: Segundo o médico homeopata francês Dr. Leon Vannier (1880 – 1963), a agravação é uma crise de eliminação toxínica. O Dr. Renan Ruiz acrescenta que as agravações são variantes reativas, que podem incluir: sintomas exonerativos (vômito, diarréia, sudorese); episódios agudos (incidência de febre); erupções de pele; retorno de sintomas antigos, sempre concomitantes com a sensação de bem-estar geral, e sempre centrífugos (do centro para a periferia) e de ação hiperérgica, que ocorrem entre o 8° e 14 ° dia, e, algumas vezes, por volta do 100° dia, em casos crônicos ou muito profundos. De um modo resumido, na boa agravação os sintomas agravam, mas o paciente se sente melhor. Na má agravação, podem melhorar os sintomas mas o paciente se sente pior. Não se pode dizer que toda vez que houver uma exacerbação dos sintomas-guias esteja ocorrendo uma boa agravação, e jamais uma exacerbação que comprometa a saúde e a vida do paciente será boa. Sempre devemos analisar o caso como um todo e com bom senso. Resumindo, como deixou escrito James Tyler Kent (1849 – 1916) em sua Filosofia Homeopática, a agravação será de duas espécies: 1ª) agravação da doença, na qual o paciente piora; e 2ª) agravação dos sintomas, na qual o paciente melhora. Uma agravação da doença significa que o paciente está ficando fraco e os sintomas mais fortes. Todavia, a verdadeira agravação homeopática, que é uma agravação dos sintomas do paciente enquanto ele melhora, é algo que o médico observa depois de uma verdadeira prescrição homeopática. Da análise das diversas situações em que ocorrem agravações é que se originaram as observações e as prognosticações de Kent. Nestes casos, as condutas que podem ser tomadas são: a) medicar com doses mais altas do mesmo medicamento; b) medicar com doses mais baixas do mesmo medicamento; c) analisar novamente o caso e escolher outra medicação; d) usar um antídoto, como os citados nas matérias médicas homeopáticas; e e) esperar e observar. Sempre a conduta mais indicada irá depender da observação acurada do paciente pelo clínico.

Esta nota foi editada da fonte:

http://www.homeopatiaveterinaria.com.
br/agrav.htm

 

 

Por que haverei de me preocupar com uma agravação?
Eles vão acabar comigo mesmo!

 

 

Nota 2. Se a reengenharia, no âmbito organizacional, é um sistema administrativo utilizado pelas organizações para se manterem competitivas no mercado e alcançarem as suas metas, reformulando o seu modo de fazer negócios, suas atividades, suas tarefas e seus processos, espiritual e misticamente, a reengenharia pode ser entendida como uma espécie de redesenho e de readequação do modus pensandi, do modus faciendi, do modus operandi e do modus vivendi no que concerne à experiência encarnativa. Então, neste caso, reengenheirar a vida é tornar-se efetivamente consciente e transmutar a própria vida. Agora, ainda em termos místico-espirituais, há certos seres-no-mundo que parecem caminhar de agravação em agravação, de tropeço em tropeço, de enguiço em enguiço, e acabam terminando seus dias como que metidos em um buraco negro fedegoso, sem janelas e sem saída. Observando-se a vida de certas pessoas, há algumas que nascem, por assim dizer, fisicamente feias – uma mixórdia, meio que inacabada, de mondrongo com espanta-neném mas terminam seus dias tendo suavizado a fealdade de nascença; já outras, que tiveram a ventura de nascer bonitas e coloridas, perto de baterem a caçoleta estão horrorosas, nauseabundas e cinzentas. Estas últimas, quando cismam de fazer uma cirurgia plástica ou amenizar as rugas de expressão com Botox®, Dysport® ou Prosigne®, ficam piores: transformam-se em verdadeiros monstros-de-gila ou em dragões-de-komodo. Ora, reengenheirar o corpo embagulhado sem reengenheirar a personalidade-alma é a mesma coisa que trocar nicas por lhufas. Resultado: fudelhufas de cagahouse.

 

 

 

 

Esta nota foi editada da fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Reengenharia

 

Nota 3. Borda-falsa = em certas embarcações, proteção que excede em altura o castelo, o tombadilho ou o convés superior e que tem por finalidade proteger o pessoal e o material, evitando que caiam na água. Quanto a nós, só há um lugar para construirmos nossa borda-falsa: nosso Coração.

 

Música de fundo:

My way (Comme d'habitude)
Compositores: Claude François, Jacques Revaux, Gilles Thibaut & Paul Anka
Interpretação: Ray Conniff e sua orquestra

 

Página da Internet consultada:

http://www.piperreport.com/archives/2006_07.html