Observação:
Não pretendo
corrigir o Raumsol, mas, penso que uma só mentira (equívoco)
seja suficiente para que o delineamento inicial de o que quer que seja fique
inteiramente comprometido. O exemplo mais marcante disto é a idéia
fideísta, portanto, não-científica, de Deus. Tudo o
que for edificado em cima de um fideísmo incomprovado e de um seguidismo
genuflexivo, fanático, amedrontante e subserviente só poderá
dar em águas de bacalhau, ou seja, não dará em bulhufas.
Mas, o que seria uma Idéia Científica de Deus? Idéia
Científica de Deus = Idéia Obtida ou Conquistada em uma Iniciação.
Só a Iniciação poderá esclarecer o que, aparentemente,
é ininteligível. Não há uma segunda possibilidade.
Aquilo que denominamos Ciência nada mais é do que uma seqüência
ininterrupta de Inspirações ou Intuições, temporalmente
tornadas acessíveis. Portanto, os pobres de Espírito jamais
poderão ser ou se tornar Bem-aventurados, porque um Bem-aventurado
Compreende; não acredita simplesmente em contos-do-vigário,
histórias da carochinha ou papos-furados. Por isto, Makarioi
hoi Ptokhoi tô Pneumati! Bem-aventurados são os
Mendigos (Ptokhoi)
do Espírito (Pneumati).
Benditos os que procuram por si a elevação intelectual e moral
– o Conhecimento Superior que levará, de vida em vida, à
Imanência Divina. Já para o redator latino da Vulgata,
os bem-aventurados são os pobres de espírito, são os
que não sabem nem querem saber, são os que entregam sua salvação
à vontade dos guias, dos imperantes e dos dominadores, submetendo-se
resignadamente, por espírito de humildade, por espírito de
renúncia e por espírito de manada (tudo ao mesmo tempo e misturado),
a todos os dogmas, ordens, mandos, doutrinas, leis e impositividades absurdas,
estabelecidos pelos sabichões-que-não-sabem-nada.
O Gnóstico (seja um Discípulo, seja um Iniciado) não
se conforma nem com a ignorância, nem com a submissão, nem
com a pobreza de Conhecimento, e, como Humilde Mendigo
(Ptokhoi),
busca, em seu interior, in
Corde, o Espírito (Pneumati),
garimpando-O até encontrá-Lo.
Agora, dê uma
espiada neste absurdo matemático:
Sejam a e b pertencentes
ao reais, sendo a e b diferentes de zero. Suponhamos que a = b.
Então, se a =
b, multiplicando os dois lados da igualdade por a temos:
a x
a = ab, isto é, a2
= ab
Subtraindo b2
dos dois lados da igualdade temos:
a2
- b2 = ab - b2
Sabemos (fatoração),
que a2 - b2
= (a + b)(a - b). Logo:
(a + b)(a - b) = ab
- b2
Colocando b em evidência
do lado direito temos:
(a + b)(a - b) = b(a
- b)
Dividindo (simplificando)
ambos os lados por (a - b) temos:
a + b = b
Mas, como, no início,
dissemos que a = b, então, no lugar de a podemos colocar b (ou no
lugar de b podemos colocar a, o que dá na mesma):
b + b = b
Portanto, 2b = b. Dividindo
ambos os lados por b, finalmente, chegamos à conclusão:
2 = 1 (o que é
um absurdo matemático).
Mas, onde está
o erro? Ora, quando, no início, foi suposto que a = b, isto implicou
que a - b = 0, e divisão por zero não existe!
Isto é igualzinho
à imagem de barro de santa que chora lágrimas de sangue.
É simplesmente
impossível que uma imagem de barro de qualquer santa chore lágrimas
de sangue, de água, de vinho, de champanhe, de Coca-cola, de Pepsi-cola,
de Mineirinho etc. e o Yam
Suf não foi rachado ao meio por um milagre operado por
pelo profeta e legislador do povo israelita Moisés, com ou por intermediação
divina ou vice-versa. Milagre
não existe;
tsunami, sim. E as dez pragas ou calamidades do Egito
têm todas uma explicação
científica e ecológica. Caramba, como alguém, enfim,
pode admitir ou acreditar que um deus, qualquer que seja ele, tomado por
uma sede de vendeta e por uma ira divina incontroladas, possa ter matado
todos os primogênitos, tanto de homens como de animais? Isto é
mesmo mais absurdo do que essa brincadeira matemática aí em
cima. Mas, é
exatamente vendendo a preço de dízimo, de trízimo,
de quadrízimo etc. essas e outras barbaridades, que os sabichões-que-não-sabem-nada
ficam arquimilionários! Pois é. É como diz o ditado
popular (meio modificado por mim): enquanto existirem jegues e mulas,
São Jorge não andará a pé. Mas, não
passarão três séculos, e essas coisas terão desaparecido
da Terra. Talvez, nem demore tanto.