Devemos aprender a ESCUTAR, e descobrir nós mesmos e por nós mesmos a resposta. [In: A Outra Margem do Caminho, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
Todas as sensações de perda e todas as agonias da solidão e da ansiedade são formas de autopiedade e de autocomiseração. Choramos e sofremos por causa do nosso próprio desamparo, da nossa pobreza interior, e isto porque estamos com pena de nós mesmos. [Ibidem.]
Para que possamos compreender ou transcender o sofrimento é preciso ver o que está realmente sucedendo, interiormente, e não tratar de cobri-lo. [Ibidem.]
A morte é inevitável, para todos nós; não há como fugir dela. Procuramos explicações de toda ordem, aferramo-nos a toda espécie de crença, na esperança de transcendê-la, mas, não importa o que façamos, ela está sempre à nossa frente. Amanhã, bem perto ou a muitos anos de distância – está sempre a nossa frente. Temos de entrar em contato com este tremendo fato da vida. [Ibidem.]
Não há nada permanente, nem sobre a Terra nem dentro de nós mesmos. [Ibidem.]
É a atividade do pensamento que gera o medo – o medo do amanhã, o medo de não termos o que comer, o medo de não termos onde morar, o medo da morte – e, como resultado desse medo, vem-nos a ânsia de permanência. [Ibidem.]
A chama de uma vela que foi apagada não é a mesma que a chama nova. O velho se acaba para que comece o novo. Se houvesse uma continuidade constante, mas, apenas modificada, não haveria, então, nada novo. Os milhares de dias passados não podem ser renovados; a própria vela se consome. Tudo tem de acabar para que exista o novo. [Ibidem.]
Consciente ou inconscientemente, todos nós somos extremamente egoístas, e enquanto obtemos o que desejamos, achamos que tudo vai bem. Mas, tão logo sobrevém um acidente e reduz tudo a cacos, bradamos em desespero e esperamos achar um novo conforto, que, naturalmente, será, por sua vez, despedaçado. Este processo continua, inalterável, [ad æternum]. [Ibidem.]
— Quando eu tinha 7 anos,
ganhei a minha primeira bola.
Um dia, de repente, ela furou.
E eu, por autopiedade, chorei.
— Quando eu tinha 14 anos,
tive a minha primeira namorada.
Um dia, de repente, ela terminou comigo.
E eu, por autopiedade, chorei.
— Quando eu tinha 21 anos,
tive o meu primeiro carro.
Um dia, de repente, ele foi furtado.
E eu, por autopiedade, chorei.
— Quando eu tinha 28 anos,
comprei o meu primeiro apartamento.
Um dia, de repente, ele desmoronou.
E eu, por autopiedade, chorei.
— Quando eu tinha 35 anos,
nasceu o meu primeiro filho.
Um dia, de repente, ele morreu.
E eu, por autopiedade, chorei.
— Quando eu tinha 42 anos,
mudei de religião e adotei um novo deus.
Um dia, de repente, minha fé acabou.
E eu, por autopiedade, chorei.
— Quando eu tinha 63 anos,
em Silêncio, passei a olhar para dentro.
Um dia, de repente, me Illuminei.
E eu, pela Compreensão, me Libertei.
— Quando eu fiz 91 anos,
cônscio, parti para a Grande Aventura.
Sem apego, sem dúvida e sem medo,
entrei na LLuz que sempre esteve em mim.
Música de fundo:
Rock Around the Clock
Compositores: Max C. Freedman & James E. Myers
Interpretação: Bill Haley & His CometsFonte:
https://archive.org/details/78_10085-Rock-Around-the-clock
Página da Internet consultada:
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