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Notas:
1. Este
poema foi inspirado no Karma Dharma Gita. In: SRIMAD BHAGAVAD GITA (Bhagavan
Sri Krishna). Obra completa traduzida do texto original com 26 Capítulos
e 754 Slokas. 1ª edição. Tradução,
resumo do Mahabhárata, glossário e artigos complementares
por Haydée Touriño Wilmer. Rio de Janeiro: Editora Vozes Ltda,
2002, pp. 209 a 212. No versículo 20 do Karma Dharma Gita
está escrito: Teu dever consiste em executar somente ações
legítimas sem jamais considerar seus frutos; não te apegues
nem sequer ao fruto da ação legítima, nem te deixes
dominar pela tendência a omitir ou desistir da ação
justa. No versículo 21 está escrito: ... deves trabalhar
pela prosperidade do mundo... No versículo 25 está escrito:
... sem a execução de ações desinteressadas
o curso da vida no evolucionário processo 'samsárico' mundanal
nunca será bem cumprido.
2. Laudêmio
é o valor pago pelo proprietário do domínio útil
ao proprietário do domínio direto (ou pleno) sempre que se
realizar uma transação onerosa do imóvel. É
feito, por exemplo, na venda de imóveis que originariamente pertencem
à União, como todos os que se localizam na orla marítima.
Transpondo este conceito para o domínio do Misticismo, laudêmio
é a cobrança, maldita e indevida, por um (presumido) ato de
amor ou de solidariedade. Não há enfiteuse cósmica.
Não há direito cósmico. Pagar um foro pelo que é
universal? O Cósmico não exige nada e não cobra tributos.
Contudo, o que é universal não se alcança e não
se conquista por direito, mas tão-só por Privilégio.
O fato de alguém pertencer a uma religião qualquer ou a uma
ordem místico-iniciática autêntica não confere
qualquer direito a absolutamente nada. E assim, que fique bem claro: o
Privilégio de algo é conquistado pelo mérito,
nomeadamente quando não se espera por este Privilégio
e o mérito adveio de uma Compreensão-Transmutação
noético-categórica.
3. Samsara
= Do sânscrito, Samsa (ilusão) e Ra (movimento),
isto é, perambulação, fluxo incessante de renascimentos
através dos mundos. Logo, não é um lugar, é
um processo. Na escola Advaita de Vedanta hindu, o samsara
é visto como a ignorância do verdadeiro Eu (Eu Interior), Brahman,
e sua personalidade-alma é levada a crer na realidade do mundo temporal
e fenomenal (ilusão derivada da ignorância e do apego à
noção de si-mesmo). Shânkara (788 – 820), um metafísico
e monge errante indiano, definia o samsara como sendo o caminho
atemporal realizado pelo Athma em avidya ou ignorância.
No Budismo Tibetano, samsara é a perpétua repetição
do nascimento e da morte, desde o passado até o presente e o futuro,
através dos reinos: Inferno dos Demônios Famintos, dos Animais,
do Asura ou dos Demônios Belicosos, do Ser Humano e da Bem-aventurança.
A menos que se adquira a perfeita sabedoria ou se seja iluminado, não
se poderá escapar da Roda do Samsara. Aqueles que estão
livres desta Roda são considerados Lamas, Illuminados (ou
Buddha, em sânscrito). Enfim, Buddha certa vez perguntou
aos seus discípulos: — O que vocês acham que é
maior: a água dos grandes oceanos ou as lágrimas que vocês
já derramaram nessa perambulação samsárica?*
Como não obtivesse resposta, Ele mesmo respondeu: — As
lágrimas.
* Samsar-ização.
Observação:
A animação
Alquimiação
do Samsara foi produzida a partir de duas fotografias digitais
disponibilizadas na Página da Internet abaixo:
http://www.kob-one.com/
book-aolivierF-a4948_4FAETS2.jpg.htm
Páginas
da Internet consultadas:
http://www.portaltributario.com.
br/tributos/laudemio.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Samsara
Fundo
musical:
Nothingness
Fonte:
http://yogalife.fi/product_info.php?products_id=491
