Aprender
é uma das coisas mais difíceis, porque todas as nossas tradições,
todo o passado, todo o conjunto de lembranças e toda a montanha de
hábitos fixaram a nossa mente em uma rotina, que estamos absolutamente
dispostos a seguir, e de modo nenhum desejamos ser perturbados e atraídos
para fora dela. O ser-humano-aí-no-mundo que ficou cativo na estrutura
da respeitabilidade, da repressão, da imitação e do
ajustamento compulsório não está vivendo, absolutamente;
tudo o que aprendeu e tudo o que adquiriu são meros amoldamentos
a algum padrão. [In:
A Suprema Realização, de autoria de Jiddu Krishnamurti.]
Modern
Times (1936)
Para
aprender alguma coisa, seja lá o que for, é preciso haver
intensidade, paixão. [Ibidem.]
—
Ensinaram-me a não me apaixonar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não me apaixonei.
—
Ensinaram-me a não me intensar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não me intensei.
—
Ensinaram-me a me ajoelhar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me ajoelhei.
—
Ensinaram-me a me persignar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me persignei.
—
Ensinaram-me a implorar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim implorei.
—
Ensinaram-me a me escravizar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me escravizei.
—
Ensinaram-me a me sujeitar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me sujeitei.
—
Ensinaram-me a confessar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim confessei.
—
Ensinaram-me a ladainhar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim ladainhei.
—
Ensinaram-me a procissionar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim procissionei.
—
Ensinaram-me a mão beijar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim a mão beijei.
—
Ensinaram-me a acreditar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim acreditei.
—
Ensinaram-me a não questionar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não questionei.
—
Ensinaram-me a não argumentar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não argumentei.
—
Ensinaram-me a me ciliciar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me ciliciei.
—
Ensinaram-me a não namorar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não namorei.
—
Ensinaram-me a celibatarizar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim celibatarizei.
—
Ensinaram-me a me amoldar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me amoldei.
—
Ensinaram-me a ultramontanizar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim ultramontanizei.
—
Ensinaram-me a fidelizar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim fidelizei.
—
Ensinaram-me a me humilhar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me humilhei.
—
Ensinaram-me a me privar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me privei.
—
Ensinaram-me a me conservar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me conservei.
—
Ensinaram-me a não decifrar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não decifrei.
—
Ensinaram-me a não avançar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não avancei.
—
Ensinaram-me a não escutar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não escutei.
—
Ensinaram-me a não investigar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não investiguei.
—
Ensinaram-me a me conformar,
e
eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me conformei.
—
Ensinaram-me a não me atualizar,
e
eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim não me atualizei.
—
Ensinaram-me a jamais duvidar,
e
eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim jamais duvidei.
—
Ensinaram-me a reverenciar,
e
eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim reverenciei.
—
Ensinaram-me a sempre dizimar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim sempre dizimei.
—
Ensinaram-me a tralalalalalalar,
e eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim tralalalalalalei.
—
Ensinaram-me a me bestificar,
e
eu me submeti e não mudei.
Até
o fim do fim me bestifiquei.
Música
de fundo:
Modern
Times (A Nonsense Song)
Composição e interpretação: Charlie Chaplin
Fonte:
https://www2.zippyaudio16.com/convert/yt3651764
Observação:
A letra
de A Nonsense Song
é totalmente desprovida de significação ou de coerência.
Neste canto, que é uma gostosa brincadeira, Chaplin reuniu palavras
desconexas de vários idiomas (basicamente, uma mistura de francês,
de espanhol e de italiano) e compôs uma espécie de gibberish-gromelô
(idioma ficcional, uma língua que não é nenhuma).
A
Nonsense Song (Modern
Times, 1935) – letra original:
Se
bella giu satore
Je notre so cafore
Je notre si cavore
Je la tu la ti la twah
La spinash o la bouchon
Cigaretto Portabello
Si rakish spaghaletto
Ti la tu la ti la twah
Senora pilasina
Voulez-vous le taximeter?
Le zionta su la seata
Tu la tu la tu la wa
Sa montia si n'amora
La sontia so gravora
La zontcha con sora
Je la possa ti la twah
Je notre so lamina
Je notre so cosina
Je le se tro savita
Je la tossa vi la twah
Se motra so la sonta
Chi vossa l'otra volta
Li zoscha si catonta
Tra la la la la la la
Conclusão:
Isto é um chapliniano
fudelhufas,
primo-irmão do cagahouse,
mas, poderia ser um cagalhufas,
contraparente do fudehouse!
É isto o que
vai na cuca
de quem vive amoldurado.
Quousque tandem
ser-aí
serás um aparvalhado?
Páginas
da Internet consultadas:
https://www.r-bloggers.com/producing-animated-gifs-and-videos/
https://www.paroles-musique.com/eng/Charlie_Chaplin-
A_Nonsense_Song_Modern_Times_1935-lyrics,p015406004
http://www.adorocinema.com/filmes/
filme-1832/criticas/espectadores/recentes/
http://www.guitartalks.com.br/coluna/1349
https://pngimage.net/pare-png-5/
https://lancashirewallpaper.co.uk/
https://tenor.com/
https://marligo.wordpress.com/
https://dribbble.com/shots/2176897-El-Burri
https://giphy.com/
https://plus.google.com/+BogdanKlimowicz/posts/SP5onAeWufv
Direitos
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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