SERÁ O
FETICÍDIO UM CRIME?
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Sobre
o Aborto
(O Feticídio é um Crime?)
A Teosofia responde: Em
nenhuma idade e em nenhuma circunstância o assassinato é
justificável!
E
a Teosofia oculta acrescenta: No entanto, não é nem
do ponto de vista da lei nem de qualquer outro argumento de um ou
de outro ‘ismo’ ortodoxo, que a voz de alerta se levanta
contra esta prática imoral e perigosa, mas, sim, porque,
tanto a Filosofia Oculta quanto a Fisiologia como a Psicologia mostram
as desastrosas conseqüências de tal ato.
No
caso específico, o argumento não lida com as causas,
mas, com os efeitos produzidos. Nossa Filosofia chega ao ponto de
dizer que, se o Código Penal de muitos países pune
tentativas de suicídio, ele deveria, por coerência
consigo mesmo, punir duplamente o feticídio como tentativa
de duplo suicídio.
Porque,
de fato, mesmo quando o aborto tem sucesso e a mãe não
morre em conseqüência dele, ele encurta a vida dela na
Terra para prolongá-la em uma triste proporção
em kama-loka, a esfera intermediária entre a Terra e a região
do descanso, um lugar que não é o Purgatório
de São Patrício, mas, um fato e um necessário
lugar de parada da evolução no grau da vida.
O
crime cometido reside precisamente na destruição propositada
e pecaminosa da vida, e na interferência com as operações
da Natureza, portanto, interferindo no Carma. O pecado não
é considerado pelos Ocultistas como algo de caráter
religioso, porque, na verdade, não existe uma presença
maior de espírito e da [personalidade-]alma
em um feto, ou mesmo em uma criança antes que ela adquira
a autoconsciência, do que em qualquer outro pequeno animal.
Nós negamos a ausência de uma alma, tanto no mineral
quanto na planta ou no animal, e acreditamos que há apenas
uma diferença de grau nestes vários casos. Mas, o
feticídio é um crime contra a Natureza.
Naturalmente,
todos os tipos de céticos zombarão das nossas concepções
e as chamarão de superstições, de absurdas
e de tolices não-científicas. Mas, nós não
escrevemos para os céticos. Foi-nos pedido que déssemos
a visão da Teosofia (ou melhor, da Filosofia Oculta) sobre
o assunto, e respondemos à questão, até onde
sabemos.
In:
Sobre o Aborto: o Feticídio é um Crime?, Helena
Petrovna Blavatsky.
Fonte:
http://www.filosofiaesoterica.com/o-feticidio-e-um-crime/
Só
engrandecemos o nosso direito à vida cumprindo o nosso dever
de cidadãos do mundo. (Mahatma
Gandhi).
O
aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato.
É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado
nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o
Universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.
(Mário
de Miranda Quintana).
O aborto
é o maior destruidor do amor e da paz. (Madre
Teresa de Calcutá).
Que
seja garantida a proteção jurídica do embrião
e que o ser humano seja protegido desde o primeiro instante de sua
existência. (Papa
Francisco).
A
luta mais nobre que existe é a luta pela dignidade e pelo
o direito à vida. Qualquer outra luta neste mundo se torna
vaidade perto da luta pela sobrevivência, pela assistência
e pela dignidade humana. (Carlinha
Crespo).
O
aborto é uma coisa de Jack, o Estripador. (Nelson
Rodrigues).
Todos
caem, mas, apenas os fracos continuam no chão.
(Bob Marley).
Pensar
sem aprender nos torna s caprichosos, e aprender sem pensar é
um desastre. (Confúcio).
Acreditar
em milagres é um absurdo, equivalendo, de certo modo, a desonrar
a Divindade. (Voltaire).
Todo
homem é culpado do bem que não fez. (Voltaire).
—
Matei,
mato e matarei.
Diminuí, diminuo e diminuirei.
Separei, separo e separarei.
Fiz a guerra, faço e farei.
Impus a dor, imponho e imporei.
Fui monstruoso, sou e serei.
Sou sócio do Asmodæus. Eu sei.
Para a Lua Negra, depois, irei.
E, um dia... Eu entropizarei.
Mas, até lá, só o mal eu obrarei!
|
— Caminhando,
vi uma pedrinha.
Ela estorvava a minha passagem.
Rabioso, chutei-a.
E ela foi parar longe.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu
sou sua irmã. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi uma plantinha.
Ela estorvava a minha passagem.
Irritado, arranquei-a
pela raiz.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu sou sua irmã. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi uma borboletinha.
Ela estorvava a minha passagem.
Exasperado,
decepei suas asas.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu sou sua irmã. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi um ceguinho.
Ele estorvava a minha passagem.
Apoplético,
dei-lhe uma pernada, e ele caiu.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu sou seu irmão. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi um pernetinha.
Ele estorvava a minha passagem.
Fulo, subraí
sua muleta, e ele coxeou.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu sou seu irmão. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi um ignorante.
Ele estorvava a minha passagem.
Colérico,
dei-lhe uma porrada.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu
sou seu irmão. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi uma muçulmana.
Ele estorvava a minha passagem.
Furibundo, arrebatei
o seu 'hijab'.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu sou sua irmã. Por que você me maltratou!
Mulher
Muçulmana Trajando um Hijab
— Caminhando,
vi uma gestante.
Ela estorvava a minha passagem.
Danado, soquei-a,
e ela abortou.
Baixinho, ouvi
um gemido de dor:
— Eu sou sua irmã. Por que você me maltratou!
— Caminhando,
vi um bandoleiro.
Eu estorvava
a passagem dele.
Furioso, ele
me assassinou.
Baixinho, cheio
de amor, ensinei:
— Somos
irmãos; você me matou e se suicidou!
......................................................................
— Eu
quis tudo; não obtive nada.
Eu quis
pouco; conquistei
muito.
Eu não
quis nada; tornei-me
livre.1
Então,
me libertei,
porque compreendi.
Liberto,
ajudei todos os 'seres-aí'.
_____
Nota:
1. Quer
pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre. (Fernando
Pessoa).
Observação:
Quanto ao tema central
deste estudo, não julgo ninguém pelas decisões que
cada um tomar. É mais ou menos como disse o cantor e compositor brasileiro
Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 – São Paulo,
21 de agosto de 1989): Ninguém
tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço
e de mim faço o que bem entender. Todavia, devo dizer
que eu só admito o feticídio (morte voluntária do feto
ou aborto) em um único caso: anencefalia, que é uma má-formação
rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo
e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural
nas primeiras semanas da formação embrionária, ainda
que uma classificação rigorosa da anencefalia seja quase que
impossível. A anencefalia é uma patologia letal. Bebês
com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não
se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão
fora do útero. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão,
a partir das 12 semanas de gestação, através de um
exame de ultra-sonografia, quando já é possível a visualização
do segmento cefálico fetal. O risco de incidência aumenta 5%
a cada gravidez subseqüente. Inclusive, mães diabéticas
têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema.
Há, também, maior incidência de casos de anencefalia
em filhos de mães muito jovens ou nas de idade avançada. Uma
das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão
de ácido fólico antes e durante a gestação.
Justificativa deste meu posicionamento: se a encarnação, no
fundo, se resume a um processo de contínua aprendizagem, um anencéfalo
não pode aprender nada nem jamais poderá aprender nada, e,
portanto, não é útil nem para
si nem para nada. Geralmente, um recém-nascido com anencefalia
é cego, surdo, inconsciente e incapaz de sentir dor. Embora alguns
indivíduos com anencefalia possam nascer com um tronco encefálico,
a falta de um cérebro funcionante descarta a possibilidade de vir
a ter consciência e ações reflexas, como a respiração
e respostas aos sons e aos toques. Não existe cura ou tratamento
padrão para a anencefalia, e o prognóstico para estes pacientes
é a morte. A maioria dos fetos não sobrevive ao nascimento,
o que corresponde a 55% dos casos não abortados. Quando a criança
não é um natimorto, geralmente, ela morre de parada cardiorrespiratória
em poucas horas ou dias após o nascimento. Entretanto, já
existiram casos relatados de anencefalia que os pacientes sobreviveram até
2 anos após o nascimento. A interrupção da gravidez,
também conhecida como aborto terapêutico, é permitida
em casos de anencefalia em diversos países. O Brasil autorizou, em
2012, a realização do aborto terapêutico para fetos
com anencefalia. Até então, grávidas com fetos com
anencefalia precisavam de autorização judicial para realizar
o aborto. Segundo grupos contrários à manutenção
da vida do feto com anencefalia, a interrupção da gravidez,
nestes, casos diferiria do aborto, por interromper o desenvolvimento de
um feto que, inevitavelmente, morreria durante este processo ou logo após
o parto, enquanto o aborto interromperia o desenvolvimento de um bebê
normal. A interrupção da gravidez seria um processo semelhante,
neste caso, a tirar a vida de uma pessoa em estado terminal (eutanásia),
a qual se sabe que, inevitavelmente, irá morrer, mais cedo ou mais
tarde, e no caso da anencefalia, provavelmente muito cedo. Essa visão
é, entretanto, contestada por grupos contrários ao aborto,
que alegam que toda vida tem valor, independente de seu tempo de duração.
Eu não concordo com isto, pois, toda vida tem valor, sim, desde que
possa haver aprendizagem e utilidade. Repito: se a encarnação,
no fundo, se resume a um processo de contínua aprendizagem (compreensões
e compensações libertadoras), um anencéfalo não
pode nem jamais poderá aprender nada, e, portanto, não é
útil nem para si nem para nada. Como acreditar
em milagres é um absurdo, equivalendo, de certo modo, a desonrar
a Divindade, como sabiamente disse o escritor, ensaísta,
deísta e filósofo iluminista francês François-Marie
Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, (Paris, 21 de novembro
de 1694 – Paris, 30 de maio de 1778), esperar que um milagre cure
um anencéfalo é uma crueldade com o próprio anencéfalo,
com a Vida e com a LLuz.
Anencefalia
Rogo
de um Anencéfalo
—
Nasci anencéfalo.
Em silêncio, pedi:
deixem-me partir!
Não posso sentir,
não posso excelir,
não posso ouvir,
não posso evoluir.
Para mim, não há
chance de devenir!
Por que insistir?
Por que me oprimir?
Tenham misericórdia!
Eu preciso partir!
Música
de fundo:
Música
Árabe
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=tc2Z-rNcZx8
Páginas
da Internet consultadas:
https://pt.wikiquote.org/wiki/Voltaire
https://gifer.com/en/JeqH
https://dicionariocriativo.com.br/
https://www.frasesfamosas.com.br/tema/aborto/
https://www.pensador.com/
http://www.rtsaude.org/anencefalia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anencefalia
https://www.indiamart.com/
https://ctrl-d.ro/
https://www.dm.com.br/
https://giphy.com/
https://javiu.wordpress.com/
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