Rodolfo Domenico
Pizzinga
REFLEXÕES
DE ALBERTUS MAGNUS
Albertus
Magnus
O
objetivo
da ciência natural não é meramente aceitar [ratificar]
as declarações de outros, mas, investigar as causas
em ação em a Natureza.
Existem muitos mundos ou
há apenas um mundo? Esta é uma das questões
mais nobres e elevadas levantadas no estudo da Natureza.
A
Poesia, maravilhando os homens, é a fonte da Filosofia.
Tudo
o que é realmente verdadeiro se harmoniza com a fé
e a razão.
A
vida espiritual consiste fundamentalmente no ardente direcionamento
da alma para o divino.
O estudo das operações da Natureza
provê as chaves para os mistérios do ser.
O
primeiro preceito é que o obreiro nesta arte (a Alquimia)
deve ser silente e reservado, e jamais revelar seu segredo a quem
quer que seja, sabendo bem que, se muitos souberem, o segredo já
não será mantido, e que quando é divulgado,
será repetido com erro. Assim, será perdido, e a Obra
permanecerá imperfeita.
Divide
o Ovo dos Filósofos em quatro partes, que terão cada
qual uma natureza. Então, reúna as quatro
partes com igualdade e proporcionadamente,
de modo que não haja inconsistência, e, assim, adquirirás
o que foi proposto, querendo Deus. Este é um método
universal.
Às
vezes, as luminárias e outros planetas se encontram em um
local que tem tão grande poder de produzir seres humanos,
que imprime a forma humana sobre sementes de um tipo todo distinto,
e em oposição ao poder formativo inerente naquela
semente... Esta é a razão porque, mesmo nas pedras
endurecidas por vapores, é impresso no material a forma de
um homem ou a de algumas outras espécies da Natureza.
A verdadeira razão
pela qual estamos de muitas formas excluídos da experiência
e do deleite da vida interior e não podemos de modo algum
conseguir um vislumbre dela é porque a distraída e
inculta mente humana não entra em si mesma pela lembrança
de Deus. O torvo entendimento humano é tão obstruído
com imagens terrenas, que não pode encontrar caminho de volta
para seu próprio Coração Interno, nem refrear
seus desejos e entrar em si mesmo por desejar a Luz Interior da
alegria espiritual.
Retiremos
nosso Coração das distrações deste mundo,
e devolvamo-lo às alegrias da vida interior, para que possamos
ser dignos, em alguma pequena medida, de fixar nossa morada na LLuz
da contemplação divina. Pois, esta é a vida
e a paz de nossa alma.
Vejam
o exemplo do montanhês. Se nosso espírito se perder
no desejo pelas coisas que estão acontecendo lá embaixo,
logo é colhido em um labirinto de infinitas distrações
e de caminhos tortuosos; a alma se aparta de si mesma, dissipada
e despedaçada em tantas partes quantos sejam os objetos de
seus desejos. Isto conduz a uma subida instável, a uma jornada
sem-fim e a cansaço sem repouso. Mas,
se o Coração e a alma se erguem, pelo desejo e pelo
amor, daquilo que se lhes está abaixo e evitam se ligar em
muitas distrações, e se, esquecendo estas coisas,
a alma se recolhe ao único, imutável e todo-suficiente
Bem, dedicando-se ao serviço deste Bem, e firmemente se estabelece
ali pelo poder de sua vontade, então, esta alma será
tão mais recolhida e forte quanto mais seus pensamentos e
desejos se dirigirem para Deus.
Minha intenção
última está na Ciência de Deus.
Procure a Verdade porque
a verdade o libertará.
Sobre
Tomás de Aquino: Vocês o chamam de Boi Mudo,
mas, eu lhes digo que esse Boi Mudo mugirá tão alto,
que seus mugidos ecoarão pelo mundo.
Observação:
Albertus Magnus,
conhecido como
Doctor Universalis pelo seu imenso leque de conhecimentos,
foi um frade dominicano, filósofo, teólogo, naturalista,
químico e alquimista germânico. Professor renomado
no século XIII, foi mestre de Tomás de Aquino (1225
– 1274). Albertus tornou-se famoso por seu vasto conhecimento
e por sua defesa da coexistência pacífica da ciência
e da religião. É considerado o maior filósofo
e teólogo alemão da Idade Média, e foi o primeiro
intelectual medieval a aplicar a filosofia de Aristóteles
no pensamento cristão. Nasceu
na Baviera, possivelmente no ano de 1193 ou 1206, em uma família
militar que desejava para ele uma carreira militar ou administrativa.
Mas, após concluir os seus estudos em Pádua e em Paris,
optou por seguir o sacerdócio, entrando na Ordem de São
Domingos. A
despeito de seus encargos administrativos e de viagens obrigatórias,
Albertus escreveu volumosamente e executou muitas experiências
práticas. Seu interesse de toda vida a respeito da possibilidade
de se criar autômatos sugere que ele pode de fato tê-lo
feito. A tradição registra que uma vez Tomás
de Aquino, sem ser convidado, entrou no laboratório de Albertus,
e lá encontrou um simulacro de uma jovem que lhe disse três
vezes a palavra salve
(saudações). Aterrorizado diante do que ele tomou
como um fenômeno demoníaco, Tomás destruiu a
imagem, exatamente no momento em que Albertus entrava na sala. —
Tomás,
Tomás — gritou Albertus — o
que fizeste? Destruíste o trabalho de trinta anos!
Albertus morreu em Colônia, em 15 de novembro de 1280.
Fontes
de consulta:
http://e-ducation.net/theologians.htm
http://www.ieslaasuncion.org/celebracion/
2010_11/sanalberto/articulo.asp?numero=45
http://pt.wikiquote.org/wiki/Alberto_Magno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alberto_Magno
http://www.teosofia.levir.com.br/inst-003.php
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De
sei lá quando até hoje,
certas ânsias atormentecem.1
De onde viemos? Por quê?
Para onde iremos? Por
quê?
Fomos criados? Por quem?
Houve um Criador? Quem?
E
depois, eu irei para o céu?
Ou irei torrificar lá
no inferno?
Por que o coisa-ruim me
tenta?
Porque me sujeito à
tentação?
Por que meu anjo não
impede?
Por que tenho de sofrer
assim?
Posso
até parecer herético,
mas, nada disto é
importante.
1º) Importa é
aqui estarmos.
2º) Nós sairemos
melhores?
3º) Somos bons ou
herodes?
4º) Auxiliamos ou
lesamos?
Nós
haveremos de entender
que a
Naturans e
a Naturata2
são uma só
e a mesma coisa.
Dicotomia é pura
equivocidade.
Não há avesso
e complemento;
não existem o mesmo
e o outro.
No
Cosmo, tudo foi, é e será um.
Passado, agora e futuro
são um.
Do Todo-um advém
a diversidade;
a diversidade, em si,
é Unidade.
Tudo é igualmente
fundamental,
necessário, importante,
útil e vital.
Duas
coisas obstam o entender:
a pura racionalidade e
o fideísmo.
Nem o que é puramente
racional
nem o que é tão-somente
fideísta
poderão emancipar
a consciência.
Mas,
como advertiu Kut Hu Mi,
Enquanto
o indivíduo não tiver
desenvolvido
um perfeito senso
de
justiça, deve optar por errar
efetivamente
por misericórdia,
a
cometer a mais leve injustiça.
Qualquer
privilégio é injustiça.
De
armas na mão é injustiça.3
Política sem ideal
é injustiça.4
Justiça exacerbada é injustiça.5
Permanecer neutro é
injustiça.
E
assim, da injustiça à justiça,
do vandalismo ao pungimento,
vai caminhando a Humanidade.
Oh! Quantas Primaveras
Árabes
terão necessidade
de rebentar
para que germine a eqüidade?
Enquanto
isso, dor e queixume.
Incompatibilidade e hostilidade.
Sem-isto, sem-aquilo,
sem-nada.
Compensação
e (re)encarnação.
— Por
caridade, uma esmolinha.
— Ou...
ou o tempo vai esquentar!
______
Notas:
1. Atormentecem
= Atormentam
+ Permanecem.
2. Segundo Joaquim
de Carvalho, para Baruch Spinoza (1632 – 1677), Deus é o ser
e a razão de ser de tudo o que existe. Ontologicamente,
o mundo foi considerado por Espinosa duplamente: no seu ser e razão
de ser, invisíveis aos olhos da face, e na manifestação
do ser e razão de ser, sensível aos nossos sentidos. O primeiro
é a Natureza Naturante [Natura
Naturans]
ou Deus, que é a única realidade substantiva;
o segundo é a Natureza Naturada [Natura
Naturata],
inteiramente desprovida de substantividade, com existência puramente
modal, isto é, existe como manifestação da produtividade
inerente à Natureza Naturante ou Deus.
Esta nota foi editada
da fonte:
http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/arti
go/82-Introducao-a-etica-de-Espinosa/pag-20
3. Haverá
flagelo mais terrível do que a injustiça de armas na mão?
(Aristóteles).
4. Os
sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais
são: riqueza sem trabalho, prazeres sem escrúpulos, conhecimento
sem Sabedoria [ShOPhIa],
comércio sem moral, política sem idealismo, religião
sem sacrifício e ciência sem humanismo. (Mahatma
Gandhi).
5. Justiça
extrema é injustiça. (Marcus Tullius Cicero).
Música
de fundo:
Pacem in Terris
Composição: Marco Frisina
Interpretação: Corale della Pastorale Giovanile Diocesana
di Catania
Fonte:
http://clip.dj/pacem-in-terris-marco-frisina
-download-mp3-mp4-4L0eM4tODYc
Páginas
da Internet consultadas:
http://asthecrowflies-raven.blogspot.com.br/
2012/04/spring-things.html
http://community.fortunecity.ws/millennium/rollinga
cres/1250/Animations/1-bird/Animate-bird-2.html
http://pensador.uol.com.br/injustica/3/
http://pensador.uol.com.br/injustica/
Direitos
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neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar
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