TANTA MISÉRIA...
(Não há hold
on que resista)
Rodolfo Domenico
Pizzinga
Tanta
desventura! Tanta fome!
Tanta penúria!
Tanta carência!
Tanta tristeza! Tantos
sem-nome!
Tanto desdém! Tanta
amência!
Não!
Não
há hold on
que resista!
Não
há ser-no-mundo que agüente!
Não
há força interior que subsista!
Não
há aquele que não afraquente!
Picas
de picas! Montão de picas!
Zerowsk
+ lhufas! Lhufas de tudo!
Depois, ensaiamos uma
de maricas,
argüindo: —
Por quê? Sou cabaçudo.
Conhecemos
cada inadimplência
que o nosso egoísmo
nos impõe.
Conhecemos cada inadvertência
que o nosso cramulhano
propõe.
E,
filhos-da-puta, nós topamos
porque somos covades e
fracos.
E, de certa forma, até
gostamos,
maiorando o buraco dos
buracos.
É aí que
a porca (des)torce o rabo.
E saímos à
cata dos mesmos amos,
saudosos da xexelenta
sopa de nabo.
Pois
é. Enquanto houver egoísmo
estaremos fodidos e mal
pagados.
Mas, é muito difícil
haver altruísmo,