Observação:

Não quero desdizer o soneto, que não está errado nem é incoerente, mas, vou avançar um pouquinho. A bem da verdade e no âmbito do mais puro esoterismo, não há essa coisa de merecer e receber ou de recebermos porque merecemos, ainda que sem merecermos jamais receberemos. Há uma certa sutileza libertadora nessa coisa. O fato é que o Universo não trabalha com este tipo de reciprocidade ou de interatividade do tipo mereceu-levou. Melhor do que explicar isto é dar um exemplo simples e fácil de ser entendido. Imagine um pouco de água em uma panela à temperatura ambiente. Se ela for aquecida, sua temperatura subirá até ela entrar em ebulição, à, mais ou menos, 100º C; se a água for resfriada e a temperatura cair, poderá até congelar. O que acontece com a água? Suas moléculas, pelo aumento ou pelo abaixamento da temperatura, passam a vibrar mais ou menos intensamente, e fervem ou solidificam, cristalizando. Coisa semelhante acontece conosco. Ao mudarmos de faixa vibratória, para baixo ou para cima, aquecendo ou esfriando, por assim dizer – nomeadamente a depender dos nossos pensamentos, das nossas palavras e dos nossos atos – passamos a interagir com as existências e as idéias dos planos com os quais nos harmonizamos, conscientes ou inconscientes desta mútua influência. Daí, as dores, as doenças, os descensos e as perdas, por um lado, e o bem-estar, a alegria, a saúde e os milagres, por outro. Mas, seja como for, nada receberemos se, em pureza absoluta, não merecermos. Quando os autores místicos falam em mérito, e afirmam que o Summum Bonum só poderá alcançado pelo mérito, sabem que o mérito eleva o padrão vibratório do ser-no-mundo, e esta elevação vibracional, e não o mérito em si mesmo, magnetiza e faz acontecer coisas que em oitavas mais baixas jamais poderão acontecer. A coisa é mais ou menos como a ampliação da visão em uma janela à medida que subimos os andares de um prédio de apartamentos. Por isto, ou elevamos o nosso padrão vibratório ou nada acontecerá. Quaisquer modificações em nossas estruturas física e espiritual estão diretamente relacionadas à mudança do nosso padrão vibratório. E, se avançarmos, subirmos e conquistarmos, e, se, depois, retrogradarmos e descermos, voltaremos à estaca zero, muitas vezes não reconquistando o que havíamos conquistado. Talvez, precisemos esperar uma próxima encarnação! Por isto, no Evangelho de Mateus, Vulgata, XXVI: 41, há esta advertência: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Mas, melhor teria sido se Mateus tivesse escrito: Vigiai e orai, para que não cedais às tentações. Entrar em tentação é bom, é desejável e é insubstituivelmente educativo. Ceder às tentações é outra coisa; poderá comprometer a encarnação, e dependendo da monstruosidade da cedência, até irreversivelmente.

 

 

Molécula de Água

 

 

Música de fundo:

Nuvem Passageira
Composição e interpretação: Hermes Aquino

Fonte:

http://www.4shared.com/

 

Páginas da Internet consultadas:

http://incontiguousbrick.wordpress.com/
2007/06/25/spongebob-is-my-hero/

http://www.motherjones.com/mojo/2007/11
/kucinich-considers-ron-paul-running-mate

http://www.thecreatorsproject.com/blog/mr-div
-and-his-fantastical-geometric-gifs-gallery

http://ctlewis.wordpress.com/

 

Direitos autorais:

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