DIVINA INDIFERENÇA

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

A maior dificuldade de um psíquico natural e de aquele que nasceu médium é a incapacidade de controlar inteligentemente os fenômenos, o que é inteiramente indesejável. Todavia, isto poderá se modificado, desde que o médium deseje, o que é muito raro, mas, poderá ser feito de três maneiras:

1ª) não se interessando em demonstrar seus poderes e se recusando a usá-los, para forçá-los a desaparecer gradualmente. Isto levará ao fechamento do Centro do Plexo Solar (a porta aberta dos níveis inferiores do Plano Astral) e a atrofiar a parte do mecanismo interno que foi posta à disposição destes poderes;

2ª) transferindo a atenção para a vida mística e expressando uma intensa aspiração para alcançar as Realidades Espirituais; e

3ª) através de um curso de treinamento intelectual e do desenvolvimento mental, que, se persistir por um tempo suficientemente longo, automaticamente, impossibilitará a utilização dos poderes inferiores, porque haverá uma mudança no fluxo de energia para os Centros que estão acima do diafragma.

 

Inexoravelmente, enquanto nós insistirmos e continuarmos a nos identificar com o nosso Corpo Emocional [Astral], interpretando a vida em termos de caprichos e de sentimentos, e nos deixando levar pelos desejos, pelas cobiças e pelas paixões, também, 'ipso facto', teremos momentos de desespero, de escuridão, de dúvida, de sofrimento intenso e de depressão estressante. Tudo isto é devido às miragens e às ilusões do Plano Astral, que distorcem as coisas e enganam nossos julgamentos, nos arrastando para o turbilhão de energias descontroladas e de forças emocionais mal dirigidas. Mas, este estado de coisas poderá ser vencido? Bem, Krishna, no Bhagavad Gita, ensinou a Arjuna regras simples, pelas quais a depressão e a dúvida podem ser superadas, e que podem ser resumidas da seguinte forma:

1ª) conheça a si mesmo como imperecível;

2ª) controle sua mente;

3ª) compreenda que a forma não é nada mais nada menos do que o véu que esconde o esplendor da Divindade [em nós];

4ª) entenda que a Vida Una permeia todas as formas, e que, por isto, não há morte, não há sofrimento e não há separação; e

5ª) liberte-se, portanto, do aspecto forma, e venha a Mim [o Deus de nossos Corações], e, assim, você habitará onde, permanentemente, estão a LLuz e a Vida.

 

 

SpongeBob SquarePants

 

 

Entretanto, se, em nossas vidas, aparecerem determinadas condições emocionais miraginais e ilusórias, isto não indica, necessariamente, fracasso. De fato, há apenas um fracasso: quando, por volição incontrolada, nos identificamos com as condições astrais e sucumbimos aos antigos ritmos. Só venceremos as miragens e as ilusões, se, constantemente, praticarmos a Divina Indiferença que deixa morrer de inanição as emoções e as miragens, privando-as do poder nutricional da atenção.

 

Todos os temores e todos os terrores infligidos à Humanidade são derivados da ação da energia da Loja Negra de Adeptos.

 

In: Servindo à Humanidade, uma compilação de conceitos esotéricos que trata de diversos assuntos telepatizados para Alice Ann Bailey pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul.

 

 

 

 

 

Ora um trambolhão,

ora pura deleitação.

Ora uma contrariedade,

ora gozo e felicidade.

 

Ora eu cedia e caía,

ora eu Acordava e Via.

Ora era zerenamora,

ora soava a 1ª Hora.

 

Ora rabo de foguete,

ora eu ficava radiante e alegrete.

Ora hemorróida no cagalhufas,

ora alívio de–›pois de 2 ou 3 bufas.

 

Ora prevalecia a astralidade,

ora sobressaía a frugalidade.

Ora um deus-nos-acuda,

ora a serpente ficava muda.

 

Ora eu ficava muito doente,

ora eu estava joliz e contente.

Ora algodão-sem-açúcar,

ora mamão com açúcar.

 

Ora um problemaço,

ora tudo ficava buenaço.

Ora desandava a aguadiá,

ora quindim de iaiá.

 

Ora noite sem-fim,

ora chegava o dia, enfim.

Ora ficava dolorido aqui e ali,

ora comichava ali e aqui.

 

Ora prisão e grilhão,

ora um tico de compreensão.

Ora eu me sentia abichornado,

ora eu me sentia apaziguado.

 

Ora 'stormy weather',

ora 'a little better'.

Ora um senhor 'tsunami',

ora uma rosa de 'origami'.

 

Ora meu   me frenesiava,

ora meu   me aquietava.

Ora eu rastejava como cobra,

ora eu trabalhava na Obra.

 

Ora um surdo burundum,

ora  .

Ora coisificações e velhas eras,

ora a Música das Esferas.

 

Ora eu era um destrutor do Plano,

ora eu era um Servidor do Plano.

Ora eu era acólito de Asmodeus,

ora eu era um com o meu Deus.

 

Ora bomba, foguete e muro,

ora o Amor mais puro.

Ora aversão e xenofobia,

ora delicadeza e empatia.

 

Ora a Grande Heresia,

ora eu vivenciava a Alforria.

Ora só infame separatividade,

ora só virtuosa unipluralidade.

 

E assim, a coisa durou...

Até que, um Dia, o Fogo apagou

toda aquela antiga malavença,

e pintou a Divina Indiferença!1

 

E, com a Divina Indiferença

senti a Sacrossanta Presença

que em mim sempre habitou.

Antigo não-era –› Novo Eu-Sou!

 

 

 

 

 

 

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Nota:

1. O Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – ensinou que a Divina Indiferença significa aceitar a Vontade da [personalidade-]alma, qualquer que seja esta Vontade... A Divina Indiferença deixa morrer de inanição as miragens e as emoções [ambições, exigências, cobiças e paixões], privando-as do poder nutricional da nossa atenção [plexo-solarizada]... Precisamos meter na cachimônia que a Vida Espiritual [que desejamos alcançar] é um estado de ser, não um estado de realização. É uma questão de orientação correta e de direção [concertada], não um esforço doloroso e, muitas vezes, dramático, para estar à altura de uma norma, que acreditamos que foi estabelecida pela nossa [personalidade-]alma [que não estabelece norma alguma]. Precisamos mais de Feliz Silêncio e de recuperação interna do que de qualquer outra coisa, ou seja: de Divina Indiferença. No Blog Plus Ultra está dito que a Divina Indiferença é o estado de completa desidentificação com os valores mundanos. Em resumo, podemos pensar na Divina Indiferença como sendo a antítese da Grande Heresia. Então, a bem da verdade, não é que sumindo as antigas malavenças pintará a Divina Indiferença; é pelo cultivo da Divina Indiferença que, paulatinamente, irão desaparecendo todas as antigas desavenças e todas as retrogressivas desinteligências. O contrário seria milagre, e milagre não existe. Então, a conclusão deste poema-rascunho que eu bolei (que simboliza o caminho desconexo e inconseqüente de ainda uma parte significativa da Humanidade) não está rigorosamente correta. Uma coisa (Compreensão) puxa outra (Libertação), mas, outra coisa (Libertação) não puxa uma (Compreensão). Para nos Libertarmos precisaremos Compreender. Portanto, a Libertação não poderá acontecer sem Compreensão. Enfim, catalisador catalisa; não é catalisado.

 

 

 

 

Música de fundo:

Stormy Weather
Composição: Harold Arlen & Ted Koehler
Interpretação: Josephine Baker

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=HJz1Dtkzu5A

 

Páginas da Internet consultadas:

http://clipartix.com/puzzle-clipart-image-39701/

https://www.thoughtco.com/om-mani-padme-hum-449849

https://www.reddit.com/

https://www.nasa.gov/

http://oplusultra.blogspot.com.br/2013/03/

http://rebloggy.com/

https://giphy.com/

http://popkey.co/m/rzeV7-stress

 

Direitos autorais:

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