A BUSCA

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

Informação Preliminar

 

 

 

Este estudo se constitui de um pequeno conjunto de fragmentos selecionados (nos quais, muito ligeiramente, fiz algumas pequenas edições facilitadoras) garimpados no belíssimo poema A Busca, de autoria de Jiddu Krishnamurti. De fato, A Busca, de Krishnamurti, é a busca de todos nós.

 

 

 

Breve Biografia

 

 

 

Jiddu Krishnamurti

Jiddu Krishnamurti

 

 

 

Jiddu Krishnamurti (Madanapalle, 11 de maio de 1895 – Ojai, 17 de fevereiro de 1986) foi um filósofo, escritor, orador e educador indiano. Proferiu discursos que envolveram temas como revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente, ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano, e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, seja política, seja social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento, bem como da prática correta da meditação do ser-humano-aí-no-mundo liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.

 

O cerne dos seus ensinamentos consiste na afirmação de que a necessária e urgente mudança fundamental da sociedade só poderá acontecer através da transformação da consciência individual. A necessidade do autoconhecimento e da compreensão das influências restritivas e separativas das religiões organizadas, dos nacionalismos e de outros condicionamentos foram por ele constantemente realçadas.

 

 

 

Fragmentos do Poema A Busca

 

 

 

A Busca

 

 

 

Desde as origens do mundo,
Vi todas as coisas passarem...

 

Na busca do Eterno
Perdi-me entre as coisas finitas;
De todas provei, em busca da Verdade.

 

 

Eterno

 

 

No perpassar das idades,
Conheci as delícias do mundo efêmero:
A terna mãe com seus filhos,
O arrogante e o livre,
O mendigo que erra pela face da Terra,
O conforto dos ricos,
A mulher tentadora,
O belo e o feio,
O autoritário, o poderoso,
O homem importante, o benfeitor, o protetor,
O oprimido e o opressor,
O tirano e o libertador,
O homem de muitas posses,
O renunciante
o sannyasi,
O homem prático e o sonhador,
O arrogante sacerdote de suntuosas vestes e o humilde devoto,
O poeta, o artista, o criador.

 

Prostrei-me diante dos altares do mundo,
Conheci uma a uma as religiões.
Cerimônias inúmeras pratiquei,
Regalei-me com as pompas do mundo,
Combatente fui, de batalhas ganhas e de batalhas perdidas,
Desprezei e fui desprezado,
Passei pelas tristezas e agonias
De inúmeras desditas,
Nadei em prazeres e na opulência.

 

 

Tio Patinhas (Uncle $crooge)

 

 

Conheci nascimentos e mortes sem conta...

 

Outrora Eu te buscava,
Ó Verdade imperecível,
Ó Felicidade eterna,
Culminância de toda a Sabedoria!
No topo da montanha,
No céu constelado,
Nas sombras do terno luar,
Nos templos do homem,
Nos livros dos doutos,
Na tenra folha primaveril,
Nas águas irrequietas,
No rosto do homem,
No regato cantarolante,
Na tristeza e na dor,
Na alegria e no êxtase...
Mas, não Te encontrei.

 

Qual o silêncio que, de súbito,
Se estende sobre o mundo rumoroso,
Assim também, subitamente Te encontrei
(Ó Verdade imperecível),
No fundo do Coração de todas as coisas
E do meu próprio Coração.

 

Na luz do Sol poente,
A filtrar-se entre delicadas rendas de uma árvore primaveril,
(Ó Verdade imperecível),
Eu Te contemplei.
Nas lucilantes estrelas eu Te contemplei.
Na ave que passa célere
E desaparece no negror da montanha,
Eu Te contemplei.
Tua glória despertou a glória que em mim dormia.

 

Tendo encontrado, ó mundo,
A Verdade, a Felicidade Eterna,
Dela desejo dar.

 

Sim, para todos desejo ofertar,
a Verdade (relativa) que achei.
Para você, irmão-buscador,
para você, irmão-pecador,
para você, irmão-religioso,
para você, irmão-irreligioso,
para você, irmão-abençoado,
para você, irmão-desventurado,
para você, irmão-celibatário,
para você, irmão-donatário,
para você, irmão-pacificador,
para você, irmão-guerreador,
para você, irmão-esculápio,
para você, irmão-larápio,
para você, irmão-mensalão,
para você, irmão-petrolão,
para você, irmão-sacerdote,
para você, irmão-huguenote,
para você, irmão-xenofóbico,
para você, irmão-homofóbico,
para você, irmão-ceguinho,
para você, irmão-mudinho,
para você, irmão-que-esmola,
para você, irmão-que-degola,
para você, irmão-homicida,
para você, irmão-suicida,
para você, irmão-eremita,
para você, irmão-sem-marmita,
para você, irmão-pandilheiro,
para você, irmão-feiticeiro,
para você, irmão-conspirador,
para você, irmão-traidor,
para você, irmão-gabarolas,
para você, irmão-mingolas,
para você, irmão-afro-negro,
para você, irmão-Mago Negro,
para você, irmão-inquisidor,
para você, irmão-torturador,
para você, irmão-ET,
para você, irmão-IT,
para você, irmão-animal,
para você, irmão-vegetal...
Para todos, sem exceção,
prisioneiros da solidão.

 

 

 

 

A glória de uma borboleta só dura um dia,
Assim também, ó mundo, são teus deleites e prazeres.

 

Fúteis vitórias.

 

Uma roda de dor e de prazer,
Do nascimento à morte.

 

A Felicidade imarcescível,
Felicidade que é a única Verdade,
Que é o fim de toda busca,
De toda indagação e dúvida,
Que liberta do nascimento e da morte,
Felicidade que é a única Lei,
O único refúgio,
A fonte de todas as coisas,
Que dá perene conforto,
Essa real Felicidade, que é Illuminação,
Em ti habita.

 

Felicidade em mim,
Felicidade em você,
Felicidade em todos,
Felicidade em tudo,
Felicidade sem início,
Felicidade sem fim.

 

Só existe
Uma Verdade,
Uma Lei,
Um Refúgio,
Um Guia,
Para a Eterna Felicidade.

 

De cada feixe de trigo,
Tirei uma espiga.
De cada dia,
Tirei algum proveito.
Da árvore pejada de frutos,
Colhi o fruto maduro.

 

De cada derrota,
colhi uma vitória.
De cada tristeza,
colhi uma alegria.
De cada tentação,
colhi fortaleza.
De cada tropeço,
colhi um recomeço.
De cada elogio,
colhi humildade.
De cada dificuldade,
colhi sabedoria.
De cada retribuição,
colhi compreensão.
De cada tristeza,
colhi beleza.
De cada pesadelo,
colhi um sonho.
De cada inimigo,
colhi um amigo.
De cada traição,
colhi esperança.
De cada noite,
colhi uma aurora.
De cada escorregão,
colhi determinação.
De cada encarnação,
colhi libertação.
De tudo isso,
pus-me em Serviço.

 

 

 

 

Por muitas vidas,
Vi passar o frígido inverno
E a verde primavera.

 

Com a ação destruidora do tempo,
Minha janela cresceu...
A prisão já não me retém,
Saí a voar através da janela.

 

Ainda que os doutos sacerdotes lutem
Em defesa dos deuses que mandam adorar,
Ainda que o conforto dos ricos só dê estagnação,
Ainda que os oprimidos e exploradores estejam a sofrer,
Ainda que o pensador não tenha encontrado a solução final,
Ainda que o sannyasi, renunciando ao mundo,
não tenha alcançado a Illuminação,
Ainda que o mendigo, implorando compaixão de casa em casa,
Não tenha achado agasalho,
Ainda que muitos prefiram a escuridão da noite à luz do dia,
E convertam a noite em dia,
Todos estão buscando aquela perene Ventura!

 

A dama mundana, apegada ao luxo e às riquezas,
A mulher do rosto pintado,
A donzela leviana,
O homem que busca a satisfação,
O bebedor insaciável,
O indivíduo que só se sente bem com alguma ocupação,
Aquele que mata para se deleitar,
O sacerdote de vestes pomposas,
O homem cingido de simples tanga,
O ator vestido ao gosto dos espectadores,
O artista a lutar por criar,
O poeta a exprimir em palavras a imensidade de seus pensamentos e sonhos,
O músico cuja alma vibra aos sons,
O santo com seu ascetismo,
O pecador, se existe, esquecido de Deus ou do homem,
O burguês, de tudo amedrontado...
Todos almejam a Felicidade.

 

Uns compram, outros vendem,
Constroem palácios magníficos,
Cercam-se de toda a beleza
Que o dinheiro pode comprar,
Plantam jardins,
Para regalo de seus gostos requintados,
Cobrem-se de jóias,
Ora disputam, ora se mostram cordiais,
Bebem sem comedimento,
Comem sem moderação,
Ora são rancorosos, ora são pacíficos,
Rezam e amaldiçoam,
Amam e odeiam,
Morrem e tornam a nascer,
São cruéis com o homem ecom o bruto,
Destroem e criam,
Constroem e destroem...
Mas todos estão buscando a Felicidade,
A Felicidade nas coisas transitórias.

 

A rosa, tão bela e gloriosa,
Está destinada
A morrer amanhã.

 

E inventam um Deus, para terem satisfação,
Mas, Nele nunca encontram aquilo que aspiram.

 

O incenso, as flores, as velas acesas,
As vestes esplêndidas, a música empolgante,
São meros estímulos àquela busca.
A nota profunda do sino distante,
A oração monótona,
Os apelos, prantos e rogos,
São meros tateios no escuro,
Em busca da Felicidade Eterna.

 

Os cânticos,
O fumo da cânfora queimada
E a beleza do lótus sagrado
Não satisfazem seus anseios.

 

Procurando a constante satisfação,
Casam-se e inebriam-se desta nova felicidade.
São felizes como a flor,
Que se abre ao Sol,
Para com o Sol morrer.

 

Fenece, como a folha,
Para renascer.
E, como a folha,
De novo morrer.

 

Nascemos, como a folha,
para morrermos.
E, como a folha,
de novo renascermos.

Ciclos + ciclos...
Construção... Destruição...
Ciclos
+ ciclos...
Destruição... Reconstrução...

Ciclos + ciclos...
Mânvântâra... Prâlâya...
Ciclos
+ ciclos...
Prâlâya... Mânvântâra...

Ciclos + ciclos...
n Vidas... n Mortes...
Ciclos
+ ciclos...
n Mortes... n Vidas...

Ciclos + ciclos...
Sem começo... Sem fim...
Ciclos
+ ciclos...
Sem fim... Sem começo...

 

 

 

 

As brisas sussurram,
As procelas rugem ameaças,
Mas, o homem procura ser feliz.

 

Compreenderemos que
Nas nossas esperanças,
Nos nossos anseios,
Nos nossos desejos,
Nos nossos egoísmos,
Nas nossas disputas e zangas,
Nos nossos títulos de nobreza,
Nas nossas ambições,
Nas nossas glórias,
Nas nossas recompensas
E nas nossas distinções
Só encontraremos desilusão,
Vaidade,
Infelicidade.

 

Em toda parte,
Há declínio,
Morte
E renovação da vida.

 

Em toda parte,
há construção,
destruição
e reconstrução.

 

A Felicidade buscada
No que é transitório,
Fugidio
E objetivo
Não será encontrada.

 

Só há uma Felicidade
Que nunca se gasta,
Que cresce com a ação,
Que aumenta com o sentimento,
Que nasce da Verdade,
Que jamais declina,
Que não conhece o fim,
Que é livre,
Eterna,
Que não conhece solidão,
Que é certeza imensa,
Que é desapego,
Que é amor impessoal,
Que é livre de preconceitos,
Que não depende de tradição,
De autoridade,
De superstições,
De nenhuma religião,
Que não é subordinada
A nenhum sacerdote,
A nenhuma seita,
Que não necessita de títulos,
Que a nenhuma lei está sujeita,
Que não pode ser abalada por nenhum Deus ou homem,
Que é solitária e tudo abarca,
Que sopra das montanhas nevadas,
Que sopra do deserto adusto,
Que arde,
Que cura,
Que destrói,
Que cria,
Que se alegra na solidão e na multidão,
Que preenche a alma para toda a Eternidade,
Que é Deus,
Que é esposa,
A mãe,
O marido,
O pai,
O filho.
A Verdadeira Felicidade
De nenhuma classe é,
Porém, é da Divina Aristocracia,
Que é a suma purificação,
Que é sua própria filosofia,
Vasta como os mares,
Ampla como os céus,
Profunda como o lago,
Tranqüila como o vale silencioso,
Serena como a montanha,
Livre da sombra da morte,
Da limitação do nascer,
Que é a consumação de todos os desejos,
A suma Finalidade,
A fonte de toda existência,
O poço cujas águas nutrem os mundos,
O êxtase, a alegria de nosso ser,
Que dá o divino descontentamento,
Que nasce da Eternidade,
Que é a destruição do ego,
O reservatório da Sabedoria,
Que tem domínio sobre todas as coisas.

 

Como poderá encontrar a Felicidade
Aquele que é ensinado pelos lábios de outrem,
Que tira sua força de outrem,
Que depende de outrem,
Que aprende a sabedoria da boca de outrem,
Que busca a Verdade através de outrem,
Que adora um Deus de outrem,
Que se prostra ante o altar de outrem,
Que se disciplina sob a autoridade de outrem,
Que se molda segundo o modelo de outrem,
Que cresce sob a proteção de outrem,
Que ouve com os ouvidos de outrem,
Que baseia suas opiniões nas de outrem,
Que sente com o coração de outrem,
Que pensa com a mente de outrem?

 

Oh!, mundo!
De falsas verdades!
De falsos deuses!
De falsos desejos!
De falsas ambições!
Oh!, mundo!

 

Devemos penetrar fundo de nós mesmos,
Em busca da Eternidade.

 

Como o lótus que, rompendo o lodo, ao céu se eleva,
Deveremos nós também arredar todas as coisas transitórias,
Se quisermos descobrir o Reino da Felicidade.

 

Como a rápida corrente conhece a sua nascente,
Deveremos nós também conhecer nosso próprio Ser.

 

Como a Terra, que em seu seio abriga
Tesouros que o homem jamais viu,
Em nós jazem ocultos e ignotos segredos.

 

Deveremos exultar
Na Luz do Conhecimento de nós mesmos.

 

Há, em cada um de nós, uma Revelação constante.

 

Devemos lutar e nos descobrir a nós próprios.

 

 

 

 

Só em ti se encontra Deus, pois outro Deus não existe.
És o Deus que todas as religiões e nações adoram.
Só em ti há alegria, êxtase, energia e força.
Só em ti existe o poder de crescer, de mudar e de alterar.
Só em ti se encontram acumuladas as experiências de muitas idades.
Só em ti, está a fonte de todas as coisas:
Amor, ódio, ciúme, medo, furor e brandura.
Só em ti se encerra o poder de criar e de destruir.
Só em ti, está o começo do pensamento, do sentimento e da ação.
Só em ti reside a nobreza.
Só em ti não há solidão.
Só em ti reside o poder de fazer o bem e de fazer o mal.
Só em ti, reside o poder de criar o Céu e o Inferno.
Só em ti, reside o poder de reger o futuro e o presente.
Só em ti está o Reino da Felicidade.
Só em ti se encontra a Verdade Eterna.
Só em ti existe a Fonte Inesgotável do Amor.
De todas as coisas és o senhor.
De todas as coisas és a fonte.

 

Ó mundo,
Se queres conhecer todos os segredos,
Os tesouros de muitas idades,
As experiências de muitos séculos,
A força acumulada de muitas gerações,
O pensamento do passado,
Os êxtases e as alegrias, as tristezas e dores de passadas eras,
E as grandes e fúteis ações das muitas vidas que para trás deixaste,
Os séculos de incerteza e de dúvida,
Se queres conhecer o futuro imenso,
A jubilosa ascensão a sublimes alturas.
A aventura do bem e do mal,
O produto de todo pensamento, de todos os sentimentos e ações,
Das diversas vidas, passadas e futuras...
Se queres conhecer teus ódios, teus ciúmes,
Tuas agonias, teus prazeres e tuas dores,
Teu amor extático, teu ditoso enlevo,
Tua ardente devoção, teu borbulhante entusiasmo,
Teu eficiente zelo, teu culto doloroso,
Tua incontida adoração...
Se queres conhecer o perdurável,
O eterno, o indestrutível,
A Divindade, a Imortalidade,
A Sabedoria, que é o tesouro do Céu...
Se queres conhecer o Eterno Reino da Felicidade,
A Beleza que nunca se desvanece nem declina...
Se queres conhecer a Verdade imperecível e única...
Então, ó mundo,
Perscruta tuas próprias profundezas
Com olhos límpidos, se queres perceber todas as coisas.

 

Como o lago tranqüilo, que reflete o céu,
Assim deverão todas as coisas em ti se refletir.
Como a flor, que desabrocha à branda luz do Sol,
Deves tu te abrir, se te queres conhecer.
Como a águia, que aos ares se alça incontida e livre,
Deves tu ascender, se te queres conhecer.
Como o rio, que desce alegre para o mar,
Deves tu alegrar-te, se te queres conhecer.
À montanha forte e pujante,
Deves igualar-te, se te queres conhecer.
Como a gema, que cintila ao Sol,
Deves tu cintilar, se te queres conhecer.
Como a mãe, que o filho aconchega com terna afeição,
Assim deves ser, se te queres conhecer.
Como os ventos, que são livres e nada os entrava,
Assim deves ser, se te queres conhecer.

 

Ó mundo,
Se de todas as coisas queres provar,
E comigo entrar no Reino da Felicidade,
Livra-te deste veneno que corrompe a Verdade
– O preconceito.
Livra-te da estreiteza das tuas tradições,
Das tuas convenções,
Dos teus hábitos,
Dos teus sentimentos
E dos teus pensamentos.
Livra-te da estreiteza de tua religião,
Do teu culto
E da tua adoração.
Livra-te do teu nacionalismo,
Do teu lar e do teu sentimento de posse,
Dos teus amores, das tuas amizades,
Do teu Deus e da maneira como O veneras,
Da tua concepção da beleza,
Das tuas ocupações e dos teus deveres,
Dos teus feitos e das tuas glórias.
Da estreiteza de tuas recompensas e de tuas punições,
De teus desejos, ambições e fins,
De teus anseios e satisfações,
De teus contentamentos e descontentamentos,
De tuas lutas e vitórias,
Da tua ignorância e de teu saber,
De tuas doutrinas e leis,
De tuas idéias e opiniões.
De tudo isto, livra-te!

 

O preconceito é como
A sombra mo flanco da montanha,
Como a nuvem negra
No céu límpido,
Como a rosa que murchou
E já não deleita o mundo,
Como a praga que destrói
A seiva que amadurece o fruto.
O preconceito é como
É como a ave que perdeu
O vigor de suas asas,
Como o homem que não tem ouvidos
E é surdo para a música melodiosa,
Como o homem que não tem olhos
E é cego para o esplendor do crepúsculo,
Como as sensações deleitosas
Para o homem sem vigor.
O preconceito é como o lago agitado,
Que não reflete a beleza do céu,
Como a rocha nua da montanha,
Como a terra árida de uma região sem sombras,
Como o leito seco de um rio,
há muitos verões privado do frescor das águas,
Como a árvore,
Que perdeu a felicidade de seu verdor,
Como o sopro do inverno,
Que mirra todas as coisas,
Como a sombra da morte,
Sobre uma fértil região.
O preconceito é mau,
Corruptor do mundo,
Destruidor do belo,
Raiz de todas as desditas.
O preconceito medra na ignorância,
É um estado de total escuridão, impenetrável à luz.
É uma abominação,
É um pecado contra a Verdade.

 

 

 

 

É chegada a Hora,
A Hora aguardada.
A Hora que liberta
Da vida e da morte!
A Hora que emancipa
do mito dos Deuses.
É chegada a Hora
da Libertação.
A meta que todos nós conhecemos.

 

É chegada a Hora
de reconhecermos
e de realizarmos
– interna e externamente –
que somos Deuses,
porque sempre fomos Deuses
e sempre seremos Deuses!
Todos nós. Sem exceção.
Então, por que o preconceito?

 

 

 

 

Música de fundo:

A Time for Us (Love Theme from Romeo and Juliet)
Compositor: Nino Rota
Interpretação: Françoise Labis

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?annotation_id=annotation_60
3956&feature=iv&src_vid=-Amkz8z1AMo&v=1EACzmxKNTY

 

Páginas da Internet consultadas:

https://giphy.com/

https://www.primecursos.com.br/

http://bestanimations.com/

https://www.colourbox.com/

https://tenor.com/

https://www.reddit.com/

https://krishnamurtibox.wordpress.com/downloads/livros/ Direitos autorais:

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.