Papisa
Joana
Alguns
dizem que é lenda, mas parece que a Igreja Católica,
durante dois ou três anos, foi governada por uma mulher –
a Papisa Joana. Extremamente culta, possuindo formação
em Filosofia e em Teologia, Joana, por unanimidade, teria chegado
ao papado após a morte do Papa Leão IV (consagrado papa
em 10 de abril de 847 e morrendo em 17 de julho de 855) com o nome
de João VII.
Marianus
Scoto (1028 – 1086), historiador alemão e monge beneditino,
recluso da abadia de Mainz, referindo-se a ela em sua Storia Sui
Temporis Clara, afirmou: O
Papa Leão morreu nas calendas de agosto [entre
o solstício de verão e o equinócio do outono]
e
foi sucedido por Joana, uma mulher, que reinou durante dois anos,
cinco meses e quatro dias.
Martino
de Troppan ou Martinus Polonus, padre dominicano do século
XIII, capelão papal, em Roma, em sua Chronica Pontificoram
et Imperatorum, disse: Depois
do Papa Leão, veio João Anglius, nascido em Mainz, que
foi Papa durante dois anos, sete meses e quatro dias, e morreu em
Roma, após o que houve uma vacância no papado por um
mês.
Sigeberto de Gemblours, monge
beneditino (1030 – 1113), em sua Chronica, escreveu:
Houve rumores
de que esse João era uma mulher, e era conhecida como tal apenas
por um companheiro que teve relações com ela e a deixou
grávida. Ela deu à luz quando era Papa. Por isto, alguns
historiadores não a incluem na lista dos papas.
Otto
de Frisingen (? – 1158), da realeza alemã e bispo de
Frisingen, em dos seus sete livros de crônicas, narrou: Há
uma interrogação a respeito de um certo papa, ou melhor,
papisa, que não é incluído na lista dos papas
de Roma porque era uma mulher que se disfarçava de homem. Um
dia, quando montava a cavalo, deu à luz uma criança.
Godofredo
de Viterbo, secretário na corte imperial, lá pelo ano
de 1185, disse o seguinte: Joana,
a Papisa, não é contada depois de Leão IV.
Jean
de Mailly, dominicano francês da Cidade de Metz, no ano de 1250,
em seu livro Chronica Universalis Mettensis, registrou: Há
uma interrogação a respeito de um certo papa, ou melhor,
papisa, que não é incluído na lista dos papas
de Roma porque era uma mulher que se disfarçava de homem, e
por motivo de seus grandes talentos se tornou secretário curial,
cardeal e papa. Um dia, quando montava a cavalo, deu à luz
uma criança.
Crônicas contemporâneas
têm investigado a época do reinado de Joana. O principal
argumento é que estes historiadores, sendo prelados, padres
e monges, todos zelosos partidários da Santa Sé, tinham
interesse em negar a ascensão escandalosa de uma mulher ao
trono de São Pedro, devido à intensa misoginia característica
da Igreja medieval. Um dos sinais mais interessantes da existência
de Joana é um decreto publicado pela corte de Roma, proibindo
que se colocasse Joana no catálogo dos papas: Assim,
acrescenta o sensato Launay, não é justo sustentar que
o silêncio que se lançou sobre essa história,
nos tempos imediatamente posteriores ao acontecimento, seja prejudicial
à narrativa feita mais tarde. É verdade que os eclesiásticos
contemporâneos de Leão IV e de Bento III, por um zelo
exagerado pela religião, não falaram nessa mulher notável;
mas os seus sucessores, menos escrupulosos, descobriram afinal o mistério...
Fontes
de consulta:
http://www.tarraconensis.com/
fiestasromanas.html
http://cocanha.wordpress.com/2008/
10/26/barbadinhas-muito-femininas/
http://mariazita-historiasdeencantar.blog
spot.com.br/2010/06/papisa-joana.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Papisa_Joana
http://pt.wikipedia.org/wiki/
Papa_Le%C3%A3o_IV