TUDO PERTENCE A TODOS

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Carl Gustav Jung

 

 

Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo, e devo fornecer minha resposta. Caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.

 

Carl Gustav Jung (1875 – 1961)

 

Fonte:

http://pensador.uol.com.br/frase/NzU3NzUw/

 

 

 

 

Tudo pertence a todos;

Com zil nós ou enodos

devemos já1 enobrecer.

 

A todos pertence tudo,

mas, é imperativo lisura,

deixar de ser cabeçudo

e consumar a candura.

 

Disse isto tantas vezes,

que quantas já nem sei.

 

Paciência! As revezes,

revoltarei a este tema.

É melhor que enema!2

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. Por que o advérbio de tempo já? Porque depois não vai dar; de jeito maneira. E por que depois não vai dar? Porque, resumidamente, defunto revisita, se envergonha e, geralmente, promete que haverá de mudar, mas, tanto o aprendizado quanto as mudanças deverão acontecer aqui ou em algum planeta semelhante a este, mas, por enquanto, sempre na Terceira Dimensão. Peço desculpas por matar este defunto. Mas, vou matar outro: quem acha que do lado de lá irá desenvilecer e enobrecer está redondamente enganado, como, por exemplo, está redonderrimamente enganado quem decreta e quem acredita na irrelevância pueril das indulgências plenárias. Se fosse assim, por que reencarnar, aqui ou em outro lugar? Há umas coisas religiosas (em todas as religiões, sem exceção) que não têm o menor cabimento, mas – entra século, sai século; entra milênio, sai milênio – continuam a ser difundidas, divulgadas e propaladas como fofoca em velório. E, sem raciocinar, pelo menos, o povão vai acreditando, e, como está, vai continuando e ralentando, e lentamente, por dentro, vai gangrenando e apodrentando. A coisa é assim e ponto final: ou mudamos por esforço pessoal ou nada feito. Não há nenhum poder no Universo que possa alterar qualquer Lei Cósmica, em particular a Lei da Necessidade e a Lei da Compensação. Se, nomeadamente, estas duas Leis pudessem ser alteradas a bel-prazer de quem quer que fosse, seria mole: faríamos o que quiséssemos, depois, pediríamos perdão, cumpriríamos a penitência imposta pelo autonomeado perdoador, e estaria tudo resolvido, ficando tudo direitinho e limpinho, como dantes no quartel de Abrantes. Ora, melhor do que isto só mesmo pão-bengala com melequinhas ressequidas. Bem, quem gosta de moleza deve aproveitar e tratar de sentar agora em um pudim de leite enquanto pode, porque, querendo ou não querendo, de boa vontade ou de má vontade, com chio e ranger de dentes ou sem chio e ranger de dentes, inexoravelmente, todos nós, se merecermos, voltaremos a (re)encarnar, sim, e a compensar, sim, as merdolências que fizemos e as benevolências que deveríamos ter feito e não fizemos. Reencarnação e compensação não admitem pistolão! Um arquivo akashico não pode ser deletado como se deleta um arquivo de computador.

Observação:

A expressão tudo como dantes no quartel de Abrantes significa permanecer tudo no statu quo erat ante bellum (no estado em que estava antes da guerra). Origem da expressão: em 1805, o general Jean-Andoche Junot (1771 – 1813) foi enviado por Napoléon Bonaparte, nascido Napoleone di Buonaparte (1769 – 1821) – imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815, de 20 de março a 22 de junho – para invadir Portugal. Chegando a Abrantes (Cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Santarém, na sub-região do Médio Tejo), Junot conquistou o castelo, lugar militarmente estratégico, e lá se instalou, para preparar a tomada de Lisboa. Durante esta espera, por cinco dias, um emissário de Dom João VI lhe relatava, dia após dia: tudo como dantes, no quartel-general de Abrantes, indicando não haver novidades. Mais tarde, pela bem-sucedida campanha, Napoléon concedeu a Junot o título de Duque de Abrantes.

Observação editada da fonte:

http://pt.wikipedia.org

2. Enema = Chá-de-bico = Lavagem intestinal = Clister.

 

 

 

 

E já que o assunto é este, dê só uma espiada neste sermão (WMV = 5.868 kb): Clique AQUI.

 

Música de fundo:

The One I Love (Belongs to Somebody Else)
Composição: Isham Jones (música) & Gus Kahn (letra)
Interpretação: Dean Martin

Fonte:

http://www.mp3ye.eu/dean-martin-the-one-i-love-belo
ngs-to-somebody-else-mp3-download_1537450.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://irmafeia.blogspot.com.br/

http://www.vatican.va/roman_curia/tribunals/apost_penit/doc
uments/rc_trib_appen_doc_20120914_annus-fidei_po.html

http://dangerousminds.net/comments/face_
to_face_with_carl_jung_on_the_bbc_1959

 

Direitos autorais:

As animações, as fotografias digitais e as mídias digitais que reproduzo (por empréstimo) neste texto têm exclusivamente a finalidade de ilustrar e embelezar o trabalho. Neste sentido, os direitos de copyright são exclusivos de seus autores. Entretanto, como nem sempre sei a quem me dirigir para pedir autorização para utilizá-las, se você encontrar algo aqui postado que lhe pertença e desejar que seja removido, por favor, entre em contato e me avise, que retirarei do ar imediatamente.