SOFRER E MORRER

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Dedicatória

 

Para a minha muito querida amiga
M. T. F. G. de O.
– teimosíssima como uma supermula.

 

 

 


— Oh!, eu não sei nada!
E não quero saber.

 

 

 

Em geral, sofrimentos são tolices

Ignoramos e não queremos saber;

bailamos, mas não queremos Viver.

 

Sofrer? Não há quem não sofra.

Morrer? Não há quem não morra.

Cara T: parir dolorimentos e morrer

engatada à teimosia é enceguecer!

 

Nossa vida e a Vida vão ensinando,

entretanto, nós vamos recalcitrando.

Condutas impensadas, mil mazelas;

entupimentos gerados por alavelas.

 

Assim, ignaros, vamos açodando

o inevitável dia do não-sei-quando.

Uma coisa é partir no dia de partir;

outra coisa é partir no dia de não ir.

 

Partir no dia de partir é bem natural;

partir no dia de não ir é contranatural.

Partir por pura teimosia é disparate,

resultado de deixarpralá no arremate.

 

Quem deixapralá terá que retornar

para os deixapralazinhos transmutar.

Doerá? Depende de cada deixapralá.

A coisa toda se passa do lado de cá.

 

Enquanto o ser viver aprisionado,

seu Deus se conservará manietado.

Haverá birutice maior do que esta?

Haverá imprudência similar à esta?

 

Bem, vou concluir este desafogo

rabiscunhando com letras de fogo:

 

 

 

 

 

 

Música de fundo:

My way (Comme d'habitude)
Composição: Claude François & Jacques Revaux
Versão para o inglês e interpretação: Paul Anka

Fonte:

http://www.4shared.com/mp3/eJiH0
dz8/02My_Way_-_Paul_Anka.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.how-to-draw-funny-cartoons.com/
cartoon-skulls.html

http://semeandojung.blogspot.com.br/2012/11
/abordagem-junguiana-do-sofrimento.html

http://www.blogdojj.com.br/2012/09/19/ignorancia/

 

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