SONHO DESCONTINUADO

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

 

 

mas, descontinuado.

Uma cidade-semente,

silente, transluzente...

 

Perenalmente, o Amor

– que alimenta o Calor.

Acima de tudo, a LLuz

– que alforria da Cruz.

 

Um povo – superno! –

leal, probo e fraterno.

No lugar de prisões,

escolas aos milhões.

 

Inexistiam as mazelas

e, também, as querelas.

Ignorava-se a mais-valia

e, outrossim, a antipatia.

 

Nem pobres nem ricos,

nem abjetos nem aéticos,

nem cativos nem opressos,

nem santos nem obsessos.

 

Não medrava o rebanho,

e não vigia o malganho.

Não se admitia privilégio,

e, sobretudo, o sortilégio.

 

Repulsava-se o imérito;

tudo advinha por mérito!

Não progredia o daninho;

em todo lado, só carinho.

 

Em tudo, era só a Lei.

Cada um era seu Rei.

Em silêncio, Ouviam;

apaziguados, Sentiam.

 

Uma gente bendita,

que só tinha u'a meta:

dominar inteiramente

 

Não floria o hipotético;

entornava o categórico.

Terei entrevisto Vril-Ya1

ou foi só minha mâyâ?

 

Buraco de minhoca?2

Será que fui emboca?

Convicção ou dúvida?

Uma baita entredúvida!

 

Foi tudo tão insólito,

que fiquei meio atólito!

Foi tudo tão repentino,

que me senti menino!

 

 

 

 

 

 

No auge do devaneio,

o deleitante ficou feio.

Um ribombo explodiu...

Uma dor se autopariu.

 

Onde eu estava fiquei.

De novo, os sacanas;

todos eles barriganas!

 

De novo, os malditos

tocando seus apitos!

De novo, as matracas

a tontear os panacas!

 

De novo, a correria;

De dia, areia-gulosa;

de noite, a preciosa!

 

De novo, a farinha

– da mentira, a rainha!

De novo, o chamariz,

que só deixa infeliz!

 

De novo, as coisa,

que apressa a loisa!

De novo, a delusão,

que fere o Coração!

 

De novo, a insânia

que produz a cizânia!

De novo, o asmodeu

a tomar conta do Eu!

 

De novo, a patranha

vil e cheia de manha!

De novo, a versúcia

dos vadios da súcia!

 

De novo, a irresolução

De novo, a preguilência,3

que empecilha a Ciência!

 

De novo, a esbórnia.

Por todo lado, tibórnia:

com relógios calados!

 

Por fim, na televisão,

irmão matando irmão,

rancor por toda parte,

tuduncu e malas-arte!

 

Combalido, tristonho,

quis retornar ao sonho.

Eu tentei; desconsegui.

Fazer o quê? Prossegui!

 

Quem sabe, um dia,

reviverei esta alegria.

Quem sabe, sozinho,4

este seja o Caminho!

 

 

 

 

Obervação:

Isis Naturæ Regina Ineffabilis Isis – a Rainha Inefável da Natureza.

Ignem Natura Regenerando Integrat Pelo Fogo toda a Natureza é Regenerada.

Igne Natura Renovatur Integra O Fogo Renova a Natureza Inteira.

Igne Nitrum Roris Invenitur Pelo Fogo o Sal é extraído do Orvalho.

In Necis Renascere Integer A Morte (Iniciática) faz o Iniciado Renascer Íntegro (Intacto, Incorruptível e Puro).

Intra Nobis Regnum Dei Em nosso Interior está o Reino de Deus.

Se você quiser ouvir o Mantra INRI vocalizado por Samael Aun Weor, salve este ARQUIVO para o seu computador.

 

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Notas:

1. Vale a pena ler o livro Vril: The Power of the Coming Race (A Raça Futura), de Edward George Bulwer-Lytton (25 de maio de 1803 – 18 de janeiro de 1873). Nesta novela iniciática, um engenheiro de minas visita um mundo subterrâneo habitado por uma estranha raça, chamada Vril-Ya, que possuía o poder do Vril, energia poderosíssima da qual já havia falado o Rosa+Cruz Louis Jacolliot (31 de outubro de 1837 – 30 de outubro de 1890).

2. Em Física, um buraco de verme (wormhole, em inglês) ou buraco de minhoca é uma característica (propriedade) topológica hipotética do continuum espaço-tempo, a qual é, em essência, um "atalho" através do espaço e do tempo. Um buraco de verme possui, ao menos, duas "bocas", conectadas a uma única "garganta" ou "tubo". Se o buraco de verme for transponível, a matéria poderá "viajar" de uma boca para outra, passando através da garganta. Embora não exista evidência física direta (comprovação) da existência de buracos de verme, um continuum espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela Teoria da Relatividade Geral. Seja como for, o maior/melhor buraco de verme que existe é o nosso pensamento/imaginação. Através da projeção...

 

Wormhole

Wormhole

 

Para mais informações sobre este tema, por favor, consulte a Página da Internet:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Buraco_de_minhoca

3. Preguilência = Preguiça + Indolência.

4. Na verdade, não existe Iniciação coletiva. Toda Iniciação Psíquica é individual – o iniciando e o Iniciador. Quanto a isto, duas coisinhas devem ser observadas: 1ª) toda Iniciação Psíquica, mais do que individual, é intransmissível; e 2ª) quem comenta, seja lá pelo motivo que for, trata com irreverência e desrespeita a Santidade da Iniciação. Comentar? Com quem? Por quê? Aquele que quiser dividir, compartilhar, um pouco do que apre(e)ndeu poderá, talvez, escrever um conto ou uma novela iniciática, como fizeram, por exemplo, Bulwer-Lytton (A Raça Futura e Zanoni), Jorge Adoum (Adonai) e Will L. Garver (O Irmão do Terceiro Grau). Qualquer coisa diferente disto é profanidade da pior qualidade. Bem, se você não leu estes quatro livros que citei, não perca tempo: dê um jeitinho de os ler.

 

 

 

 

Música de fundo:

Street of Dreams
Composição: Victor Young (música) & Sam M. Lewis (letra)
Interpretação: Frank Sinatra (com Count Basie e sua orquestra)

Fonte:

http://mp3skull.com/mp3/
street_of_dreams_frank_sinatra.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.netanimations.net/moving_animated
_fire_explosion_animations.htm

http://www.gnose.org.br/downloads_mp3.asp

http://www.gnosisonline.org/teologia-
gnostica/o-poder-renovador-de-inri/

http://www.dailymail.co.uk/home/moslive/article-12692
88/STEPHEN-HAWKING-How-build-time-machine.html

http://www.shutterstock.com/

http://www.eskimo.com/~recall/bleed/1013.htm

http://www.crazywebsite.com/

http://photosen.com/nature/beautiful-sky

http://www.flickriver.com/photos/
dg_pics/sets/72157605914266760/

 

Direitos autorais:

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