3 PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

or que não somos Deuses Conscientes?
Porque ainda não nos libertamos da maldita
Grande Heresia da Separatividade.
Porque pensamos, vivemos e agimos individualmente,
quando, efetivamente, todos nós somos
seres unimultiversais grupais. Unimultiplicidade.
Porque preferimos carpe noctem a Carpe Diem.
Porque preferimos a res extensa à Res Divina (em nós).
Porque preferimos o Manipura ao Sahasrara.
Porque preferimos o ego ao Eu Interior.
Porque ainda vivemos no estéril deserto da Noite Negra.
Porque não ultrapassamos o plano fiat voluntas mea
para nos manifestarmos no Plano Fiat Voluntas Tua.
Porque trocamos Sursum Corde por pecuniam in sinum.
Porque trocamos Introibo ad Altare Dei
por introibo ad altare diaboli.
Porque trocamos Confiteor Deo Omnipotenti
por confiteor diabolo magnificenti.
Porque trocamos Domine, non sum dignus por ego dignus sum.
Porque acreditamos que os fins justificam os meios,
e utilizamos todos os meios disponíveis (e indisponíveis)
para alcançar e conquistar os fins mais abjetos e nojentos.
Porque queremos reconhecimento e aplauso,
quando deveríamos agir anônima e silenciosamente.
Porque continuamos a insistir em ter como instrutores
cadáveres astrais, que são riscosos, inúteis e inconfiáveis.1
Porque utilizamos o poder da palavra falada
para fins pessoais, egoístas e mesquinhos.
Porque advogamos a causa da servidão,
ao invés de defendermos a causa da liberdade.
Porque enfatizamos práticas exteriores
em detrimento da interiorização.
Porque continuamos agrilhoados à superstição,
que, segundo Charles Webster Leadbeater
(16 de fevereiro de 1847 – 1º de março de 1934),
inclui todas as espécies de crenças irracionais e errôneas,
entre elas a de que os ritos e as cerimônias externas
são necessários para a purificação do Coração.

Porque teimamos em buscar a Libertação no exterior,
quando ela só será alcançada no interior. In Corde.
Porque tomamos alegorias e símbolos em sentido literal.
Porque continuamos a dar preferência à oração falada
ao invés da Oração do Silêncio.
Porque não compreendemos que o
nosso Deus Interior é silêncio, em vez de discurso.
Por que preferimos o bulício da multidão, ao invez de,
em consciência, entrar na Câmara Secreta do Coração.
Porque não conseguimos nos alforriar das repetições
dos atos, das palavras e dos pensamentos negativos,
que, necessariamente, resultam em sofrimento.
Porque insistimos em rogar por milagres (des)fazedores
– por varredores atrás de nós
a limpar os efeitos por nós gerados
em nossa inconsideração e presunção –
que nem mesmo um milhão de Deuses,
de demônios e de homens combinados poderão (des)fazer.
Porque acreditamos que, por exemplo, a Magnified Healing
pode transmutar ou cancelar o nosso karma,
uma vez que todo karma é incancelável e deve ser cumprido.
Porque acreditamos que as energias espirituais
possam ser objeto de comércio e de toma-lá-dá-cá.
Porque acreditamos em feijões mágicos.
Porque acreditamos em águas consagradas.
Porque insistimos em usar e abusar
dos poderes ocultos em benefício próprio.
Porque tentamos transformar 777 em 77, e, se possível, em 7,
esquecendo (ou sem saber) que 777 = 700 + 70 + 7.
Porque não sabemos como descrucificar a nossa Rosa.
Porque confiamos cegamente em canalizações esquizofrênicas.
Porque, geralmente, não aproveitamos
as oportunidades ao nosso alcance... E deixamos-pra-lá.
Porque insistimos em ficar sempre no mesmo degrau,
quando todos os degraus são necessários para subir a Escada.
Porque damos mais valor à negação do que à Intuição.
Porque, por vaidade, achamos que estamos prontos,
quando, na realidade, estamos longe de estar prontos.
Porque não queremos abrir mão do nosso conforto,
dos nossos privilégios e dos nossos interesses pessoais.

 

 

 


Porque maisqueremos ser servidos do que Servir.
Porque adoramos ser enganados
pelas miragens e pelas ilusões do mundo.
Porque preferimos ser fideístas fanáticos e estagnados.
Porque escolhemos a escuridão em vez da Illuminação.
Porque, enfim, ainda somos
fragmentados e paralíticos,
cegos, surdos e mudos,
egoístas e exclusivistas,
inflexíveis e intransigentes,
preconceituosos e intolerantes,
acusadores e criticadores,
opressivos e tirânicos,
arbitrários e escravocratas,
mais-valiadores e shylockistas,
vantagistas e aproveitadores,
escrotos e negligentes,
fratricidas e ecocidas,
cruéis e magos negros...

 

 

 

Se, de certo modo, todos nós
somos sócios nestes absurdos,
como nos tornaremos Deuses?

 

 

uando seremos Deuses Conscientes?
Quando, definitivamente, nos libertarmos da maldita
Grande Heresia da Separatividade.
Quando tivermos transmutado
nossos desejos, nossas cobiças e nossas paixões
em Amor, Summum Bonum e Beleza.
Quando, de fato, tivermos nos tornado
misericordiosos e tolerantes,
pacientes e humildes,
auxiliadores e desobstruidores.
Quando, em Sagrado Silêncio,
tivermos ouvido a Voz do Silêncio.
Quando tivermos nos tornado
Um-com-o-nosso-Deus-Interior
e tivermos-nos-unificado-com-todos-os-Deuses
existentes no Unimultiverso.
Quando tivermos como Lema o Verbo SERVIR.

 

omo nos tornaremos Deuses Conscientes?
Consubstanciando a nossa vontade no Summum Bonum.
Realizando, internamente, a Magnum Opus.
Nada sonhando, nada pedindo e nada querendo.
Convertendo o que é hipotético em Categórico.
Convertendo o que é miraginal e ilusório em Real.
Convertendo o-que-não-é em O-QUE-É.
Sem descanso, lutando o Bom Combate.
Não esperando qualquer tipo de privilégio,
e, tão-somente, com humildade, aguardando o CONVITE.
Depois de termos nos tornado Discípulos em Espera
—› Discípulos Aceitos —› Adeptos.
Depois de termos transformado
movimento horário em movimento anti-horário.
Depois de termos nos transladado da Cruz Comum
para a Cruz da Transmutação,
e, enfim, para a Cruz da Transcendência.
Depois de, por esforço e mérito, tivermos recebido
(grupalmente) as Três Primeiras Iniciações da G.'. L.'. B.'.:
Primeira Iniciação: Novo Nascimento (Letra A.'.);
Segunda Iniciação: Batismo (Letra U.'.); e
Terceira Iniciação: Transfiguração (Letra M.'.).

 

onforme transmitiu telepaticamente
o Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul
– um Iniciado da Sabedoria Eterna – à Alice Ann Bailey,
depois da Quinta Iniciação (Revelação),
todos os véus
[preambulares] são rasgados,
e nada mais
[relativamente] se interpõe
entre o Iniciado e o Ser Essencial.
2
Paciência. Humildade. Trabalho.
Sempre haverá um véu a ser rasgado;
sempre haverá o que ser apre(e)ndido,
pois, a Escada de Acesso é ilimitada.

 

 

 

 

m Grande Adepto do século XV,
em carta a seu filho, recomendou:
A Paciência é a Escada dos Filósofos,
e a Humildade a Porta do seu Jardim.
Em acréscimo: é preciso Trabalhar.
Trabalho = Bom Combate.

 

 

 

 

As Nove Primeiras Iniciações da G.'. L.'. B.'.
Novo Nascimento
Batismo
Transfiguração

Renúncia
Revelação
Decisão
Ressurreição
Transição
Negação
(Apenas Simbolicamente)

 

 

 

Observação 1:

Para escrever este rascunho, utilizei algumas citações contidas no ensaio Todas as Mensagens dos Mestres Vêm da Mesma Fonte?, de autoria de Raul Branco.

https://www.levir.com.br/teosofia101.php#_ftn1

Observação 2:

Na obra Os Raios e as Iniciações, tema transmitido telepaticamente pelo Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul – um Iniciado da Sabedoria Eterna – à Alice Ann Bailey, está registrado:

Hoje, o conceito de Iniciação Grupal deve substituir o de Iniciação Individual de um aspirante. A Iniciação é um evento grupal; não é uma egoísta aspiração individual, uma vez que a [personalidade-]alma, por sua própria natureza, está consciente do grupo, e não tem ambições ou interesses individuais, nem está, de qualquer forma, interessada nos objetivos do ego. A [personalidade-]alma é o Iniciado. Em acréscimo a isto, pense no seguinte: se a Iniciação fosse uma realização puramente pessoal, ela arrastaria o homem de volta à consciência separatista, exatamente da qual ele está tratando de se evadir, e, portanto, não se constituiria de um progresso espiritual. Enfim, a Iniciação tem por finalidade admitir o Iniciado como um membro da Hierarquia... O abandono de todas as reações separatistas do ego se dá através de uma série de renúncias progressivas, que acabam culminando na Quarta Iniciação, e, misteriosamente, se destacam novamente na Nona Iniciação. Como disse o Mestre Hut Hu Mi, precisamos deixar de ser espiritualmente egoístas. A Iniciação não é nem pessoal nem individual. Iniciação Solidariedade Grupal... Em relação a isto, devemos estar muito atentos e vigilantes, pois, o Raio do ego atua sempre para impedir o contato, desvirtuar o reconhecimento, retardar o progresso e interpretar mal a informação... É uma Lei do Espírito que o Discípulo deve aparecer ante o Iniciador com as mãos vazias; mas, em formação grupal, os membros do grupo contribuem conjuntamente com algo para o enriquecimento do Ashram. A contribuição específica do indivíduo não é levada em consideração. Ninguém será admitido em um Ashram de um Mestre Ascenso (que contém Discípulos e Iniciados em todas as fases de desenvolvimento evolutivo, em todas as categorias e em todos os graus, trabalhando juntos e unissonantes em silêncio ocultista e em intercâmbio telepático) enquanto não começar a pensar e viver em termos de relações e atividades grupais. Tudo isto se resume a este Ensinamento: Aproxima-te do Portal, mas, não tentes entrar sozinho.

 

 

Sozinhos não somos nada; juntos somos tudo.

 

______

Notas:

1. O Mestre Kut Hu Mi, respondendo a uma pergunta de Alfred Percy Sinnett (18 de janeiro de 1840 – 26 de junho de 1921), que sempre mostrou um grande interesse pelos processos mediúnicos, alertou: Naquele mundo [o Plano Astral], meu bom amigo, nós só encontramos máquinas ex-humanas, inconscientes e autômatas; [personalidades-]alma em estado de transição, cujas faculdades e individualidades adormecidas estão como uma borboleta em sua crisálida. E os Espíritas esperam que elas falem com sensatez! Colhidas, em certas ocasiões, pelo vórtice da corrente anormal mediúnica, elas se tornam ecos inconscientes de pensamentos e idéias cristalizadas em volta dos que estão presentes. Todos os grandes reformadores espirituais alertaram para esse fato. Jesus, por exemplo, disse: Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas que, por dentro, são lobos ferozes. (Mt., VII:15).

2. Propriamente, o que o meu Querido Mestre Ascensionado Tibetano Djwhal Khul quis dizer com esta afirmação é que depois da Quinta Iniciação (Revelação) não há mais possibilidade de retorno, de descenso, de descontinuidade, de indefinição e de interrupção. Então, a Quinta Iniciação assinala um estado de Para Sempre. Sem Limite. Não devemos esquecer que, para a Hierarquia da Grande Loja Branca, as duas Primeiras Iniciações (Novo Nascimento e Batismo) não são, de fato, digamos assim, Iniciações regulamentares, ou seja, são um preâmbulo (uma espécie de teste de aptidão) para a Terceira Iniciação (Transfiguração), que, realmente, é considerada a Primeira Iniciação.

 

Música de fundo:

Air On The G String
Compositor: Johann Sebastian Bach

Fonte:

https://archive.org/details/Bach-airOnTheGString

 

Páginas da Internet consultadas:

https://domtotal.com/

https://www.levir.com.br/teosofia101.php

https://br.pinterest.com/pin/351280839667191965/

https://pt.depositphotos.com/

https://imagensemoldes.com.br/skull-png/

https://www.dailysabah.com/

https://dribbble.com/

https://www.morenopetblog.com.br/

https://veja.abril.com.br/

https://www.politize.com.br/garimpo-ilegal/

https://istoeinteressante.com/

https://www.newsclick.in/

https://ultimosegundo.ig.com.br/

https://www.sindservsantoandre.org/

https://www.dreamstime.com/

https://www.encontroespiritual.org/asiniciacoes/
001-iniciacoes_preliminares.html

 

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