24 HORAS

 

Rodolfo Domenico Pizzinga


 

 

 

 

 

A escolha acabou de ser feita:

domingo, 29 de outubro de 2006.1

Haverá uma mais concertada receita?

Ou será reeditada aquela de 2003?2

 

O que deu certo deve proliferar,

ser generalizado e aperfeiçoado.

Para que o Brasil possa avançar,

muito deverá ser redimensionado.3

 

Por que insistir no surrado chavão

de que agora todos comem feijão?4

Por que ainda não se deixou plantar?5

 

Gastar mais do que é arrecadado

deve ser imediatamente ajustado.

É preciso despolitizar o ato de orçar.6

 

 

 

_____

Notas:

1. Inclusive com o meu voto, apesar de discordar de algumas medidas – salvo melhor juízo, equivocadas adotadas pelo Governo do Presidente Lula.

2. 2003... 2004... 2005... 2006... Francamente, eu espero mudanças e aprimoramentos.

3. A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a dívida interna e o problema energético são apenas três gargalos que precisam de atenção imediata.

4. Este é apenas um exemplo, ainda que isso seja fundamental e importantíssimo. De qualquer sorte, uma política de redistribuição de renda não se faz apenas por ou com doação. Com esse modelo econômico fedorento que está aí vamos dar circo, pão e feijão eternamente. E, no fundo, o povão não quer esmola! Quem quer? E, quando vai ao circo, quer ter o prazer e a dignidade de pagar a entrada com o seu próprio dinheiro, ganho honestamente com o suor do seu rosto.

5. Ensinar, ensinar e ensinar. Ensinar tudo a todos e deixar fazer, porque ensinar e não deixar fazer não adianta nada. É hipocrisia! Já discuti esse tema anteriormente. Jamais poderá haver liberdade efetiva sem educação; mas uma educação que ensine a pensar e a fazer. Quem não sabe pensar e fazer é escravo; quem não aprende a pensar e a fazer continua escravo. O mais esplêndido exemplo que me vem à cabeça de ensinar a pensar e deixar fazer é o trabalho desenvolvido pela Ordem Rosacruz AMORC, que, reconheço, não é para todos, ainda que seja indistintamente para todos. indistintamente

6. Não sei como isso possa ser factível, mas o Brasil acabará estrangulado se continuar a gastar mais do que arrecada e não se preocupar já com o gargalo energético. Por outro lado, déficit nominal zero de imediato como propõe o deputado Delfim Netto (PP/SP) é inviável e não dará certo. Mas em dez ou vinte anos é possível colocar o Brasil nos eixos. Então, é preciso começar já. Há muitos gastos supérfluos que podem, sim, ser zerados já em 2007. Um quarto de volta a cada quatro ou seis meses e tudo será resolvido. Começar desde 1º de janeiro de 2007 é o que se impõe.