OS DOZE SENTIDOS
(e os Sete Processos Vitais)

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Objetivo do Estudo

 

 

 

Rudolf Steiner

Rudolf Steiner

 

 

 

Este estudo teve por objetivo colecionar alguns fragmentos do Pensamento de Rudolf Steiner apresentados na conferência Os Doze Sentidos (e os Sete Processos Vitais), proferida em Dornach (Suíça), em 12 de agosto de 1916, tradução de Christa Glass.

 

 

Fragmentos

 

 

Quando se fala em ‘grande mundo’ e ‘pequeno mundo’, ou seja, em macrocosmo e microcosmo, se fala de todo o Universo e do homem o Universo todo como sendo o grande mundo e o homem como sendo o pequeno mundo.

 

 

Macrocosmo e Microcosmo

Macrocosmo e Microcosmo

 

 

A configuração que os sentidos humanos têm hoje é bem mais desvitalizada do que na época do desenvolvimento da antiga Lua. Naquela época, os sentidos eram muito mais vivos, eram órgãos muito mais cheios de vida. Em compensação, não eram apropriados para formar a base da vida totalmente consciente do homem, pois, eram apropriados apenas para a antiga clarividência onírica do homem lunar, que se consumava com a exclusão de qualquer tipo de liberdade, de qualquer atitude ou impulso de desejo livres. A liberdade, como impulso, só pôde se desenvolver no homem durante este período de evolução na Terra

 

O homem, tal como é hoje, admite ter cinco sentidos. Todavia, isto é incorreto, pois, na verdade, há Doze Sentidos Humanos, a saber:

Sentido do Tato
Sentido da Vida
Sentido do Movimento
Sentido do Equilíbrio
Sentido do Olfato
Sentido do
Paladar
Sentido
da Visão
Sentido do
Calor
Sentido
da Audição
Sentido
da Palavra
Sentido do
Pensar
Sentido do Eu

 

O Sentido do Tato é aquele por cujo intermédio o homem se relaciona com as formas mais materializadas do mundo exterior.

 

É pelo Sentido da Vida que sentimos a vida em nós. Não teríamos noção alguma do nosso processo vital, se não possuíssemos esse sentido interno da vida.

 

Pelo Sentido do Movimento percebemos que os membros do nosso organismo se movimentam em conjunto. Por exemplo, a percepção do movimento interno e da mudança de posição de cada membro é percebida com o Sentido do Movimento.

 

Pelo Sentido do Equilíbrio nos colocarmos em relação com os fatores em cima, embaixo, à direita, à esquerda, longe, perto e nos posicionamos no mundo de maneira a nos sentir dentro dele.

 

Pelo Sentido do Olfato, saímos um pouco de nós e entramos em um relacionamento com o mundo exterior.

 

Pelo Sentido do Paladar o exterior se torna mais interiorizado, e o homem entra em contato maior com o mundo exterior.

 

Pelo Sentido da Visão nós interiorizamos muito mais as características do mundo exterior.

 

Pelo Sentido do Calor temos um relacionamento muito íntimo com o mundo exterior. Com o Sentido do Calor vivenciamos intensamente o interior do objeto percebido.

 

Pelo Sentido da Audição nos é revelado muita coisa da configuração interna do exterior. Quando, por exemplo, fazemos alguma coisa soar, percebemos, de certo modo, intimamente, o interior de aquilo que está soando.

 

Pelo Sentido da Palavra penetramos mais intimamente no mundo exterior ao percebermos algo que tenha significado. Pelo Sentido da Palavra percebemos a concreta essência conceitual do pensamento humano.

 

Pelo Sentido do Pensamento nos é dada a possibilidade de sentirmos unos com outro ser, que nós passamos a sentir como a nós mesmos.

 

Pelo Sentido do Eu percebemos o Eu alheio (que nada tem a ver com percepção corpórea, mas, sim, com compreensão do outro Eu) e a vivência do nosso próprio Eu.

 

Existe vida em todos os sentidos, pois, ela pulsa por todo o organismo e permeia todos os âmbitos dos sentidos.

 

A respiração, de certa forma, tem de estar presente em tudo o que é vivo. Portanto, ao lado de cada sentido teríamos de escrever: ‘respiração’.

 

O aquecimento, que penetra em nosso interior, é uma segunda maneira de manter a vida. Uma terceira maneira de manter a vida é a alimentação.

 

A transformação do que é assimilado de fora depende de processos internos, que ocorrem em quatro passos:

1º passo segregação interna, que consiste tanto em assimilar quanto em em expelir nutrientes.

2º passo manutenção, que consiste tanto em conservar quanto em ampliar o que é ingerido.

3º passo crescimento.

4º passo reprodução.

 

Resumindo a vida: respiração, aquecimento, alimentação, segregação, manutenção, crescimento e reprodução. Assim, os doze âmbitos dos sentidos têm a vida pulsando através deles de sete maneiras. Mas, o que hoje se manifesta no homem se formou e se desenvolveu paulatinamente. Durante a época da antiga Lua, o processo todo era muito mais vivo, pois, o subjetivo e o objetivo não se diferenciavam tanto, como se diferenciam hoje. Por exemplo, o degustar, na antiga Lua, era muito mais um processo onírico, assim como hoje é o processo da nossa respiração.

 

O Eu só se ligou ao homem na Terra, não tendo portanto, na Lua, uma razão de ser. O Sentido do Pensar, como possuímos hoje, também ainda não existia na antiga Lua. Naquela época os homens tampouco falavam, e igualmente não existia o Sentido da Palavra.

 

Na antiga Lua se vivia com a cor. Certas cores provocavam um aumento da configuração, outras uma contração. Hoje, nós só vivenciamos isto simbolicamente. Não encolhemos mais diante do vermelho e não estufamos mais diante do azul, mas, na antiga Lua nós o fazíamos.

 

Na antiga Lua não havia necessidade do Sentido da Vida, pois, todos os órgãos eram órgãos da vida: eles eram vivos e, de certa maneira, se percebiam a si mesmos.

 

O relacionamento dos doze com os sete é algo que permeia todo o existir. A relação entre os números doze e sete exprime um profundo segredo da existência, uma vez que exprime o segredo dentro do qual o homem se situa, como ser sensorial, em sua relação com o ser da vida, consigo mesmo como ser vivo. O número doze contém o segredo de podermos acolher um Eu. Foi pelo fato de se terem tornado doze âmbitos em repouso que os nossos sentidos se tornaram a base da consciência do Eu na Terra. Por terem sido ainda órgãos da vida durante a época da antiga Lua, o homem só podia ter, então, o corpo astral. O número sete é o embasamento misterioso do corpo astral, assim como o número doze embasa misteriosamente a natureza do Eu do Eu Humano.

 

 

 

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Música de fundo:

Son Wa En Gey En Gey Nig Ma Nig Ma Den Po Den Po Do Wan So

Fonte:

https://www.loveinspiration.org.nz/free-music--relaxation.html

 

Páginas da Internet consultads:

https://giphy.com/gifs/3d-processing-fouCc3e2lH30Y

http://www.antroposofy.com.br/
forum/download/artigos/12%20Sentidos.pdf

https://br.pinterest.com/pin/289778557246203285/

https://www.anthroposophie.or.at/anthroposophie/rudolf-steiner/

https://www.associacaomurundu.com.br/obras-rudolf-steiner


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