100.000

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

 

 

Quem quiser, de fato, acabar com a guerra tem que intervir resolutamente para que o Estado a que pertence renuncie a uma parte da sua soberania em favor de instituições internacionais; deve estar pronto a submeter o próprio Estado, em caso de qualquer conflito, à arbitragem de um Tribunal internacional; tem de intervir com toda a decisão para que todos os Estados procedam ao desarmamento, conforme está previsto até mesmo no desgraçado tratado de Versalhes. Nenhum progresso poderá se esperar se não for suprimida a educação militar e patriótica – no sentido agressivo – do povo. Nenhum outro acontecimento dos últimos anos foi mais vergonhoso para os Estados atualmente mais considerados do que o malogro das anteriores conferências de desarmamento; pois, esse malogro não assenta apenas nas intrigas de estadistas ambiciosos e sem escrúpulos, mas, também, na indiferença e na falta de energia dos homens de todos os países. Se isto não se modificar, destruiremos o que os nossos antepassados criaram de verdadeiramente valioso.

Albert Einstein


 

 

 

Guerra Civil Síria

 

 

 

2011: estreou1 com 0;

já são mais de 100.000!2

Todavia, quero e espero

que acabe a guerra civil.

 

Estou fazendo menção

agora, um inferno do cão,

sem escapar um só lugar.

 

Como pode ser admissível

– em pleno século XXI –

fratricídio tão anti-racional?3

 

Como pode ser concebível

– em pleno século XXI –

carnificina tão descomunal?4

 

 

 

 

 

 

______

Notas:

1. A Guerra Civil Síria (às vezes, referida como Revolta Síria ou ainda Revolução Síria) é um conflito interno em andamento na Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011, e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março de 2011, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe. As manifestações populares por mudanças no Governo foram descritas como sem precedentes. Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o Presidente Bashar al-Assad do poder, para, posteriormente, instalar uma nova liderança mais democrática no País, o Governo Sírio diz estar apenas combatendo terroristas armados que visam desestabilizar o País. Os protestos foram iniciados como uma mobilização social e midiática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação. A Síria tem estado em estado de emergência desde 1962, que efetivamente, suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos. Hafez al-Assad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos. As manifestações públicas começaram em frente ao Parlamento Sírio e a embaixadas estrangeiras em Damasco. Em resposta aos protestos, o Governo Sírio enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião. O resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou sendo de centenas de mortes, a grande maioria de civis. Muitos militares se recusaram a obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do Governo por isso. No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, finalmente, a oposição se uniu em uma única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio. A luta armada, então, se intensificou, assim como as incursões das tropas do Governo em áreas controladas por opositores. Em 15 de julho de 2012, com grandes combates irrompendo por todo o País, a Cruz Vermelha Internacional decidiu classificar o conflito como guerra civil (o termo preciso foi conflito armado não-internacional) abrindo caminho à aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e à investigação de crimes de guerra. Segundo informações de ativistas de direitos humanos dentro e fora da Síria, o número de mortos no conflito passa das 100 mil pessoas, sendo mais da metade de civis. Outras 130 mil pessoas teriam sido detidas pelas forças de segurança do Governo. Quase dois milhões de sírios já teriam buscado refúgio no exterior para fugir dos combates, com quase metade destes tomando abrigo na vizinha Turquia. Segundo a ONU, e outras organizações internacionais, crimes de guerra e contra a Humanidade vêm sendo perpetrados pelo País por ambos os lados de forma desenfreada. Desde o início da guerra, as forças leais ao Governo foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis. Milícias leais ao Presidente Assad e integrantes do exército sírio foram acusados de cometer vários assassinatos e inúmeros abusos contra a população. Contudo, durante o decorrer das hostilidades, as forças opositoras também passaram a ser acusadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra. Resumo da Guerra Civil Síria: as principais causas são a ditadura, a corrupção no Governo, o desemprego e inspiração em protestos da Primavera Árabe; os principais objetivos são a renúncia de Bashar al-Assad, a mudança de regime, a expansão dos direitos civis, o reconhecimento dos direitos dos curdos e o fim do estado de emergência.

2. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, elevou em 25 de julho de 2013, o número de vítimas fatais da guerra civil na Síria para mais de 100.000.

3. Bolas! Como se pudesse existir algum tipo de fratricídio racional. Fratricídio é fratricídio!

4. Bolas! Como se pudesse existir algum tipo de carnificina mindinha. Carnificina é carnificina.

 

Música de fundo:

Tales of the Sahara

Fonte:

http://mp3skull.com/mp3/
tales_of_the_sahara.html

 

Páginas da Internet consultadas:

http://www.citador.pt/textos/quem-quiser-
acabar-com-a-guerra-albert-einstein

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Guerra_Civil_S%C3%ADria

http://montatora-501.deviantart.com/
art/Tank-animation-347796647

http://www.netanimations.net/moving_
animated_fire_explosion_animations.htm

http://www.theatlantic.com/

http://www.salon.com/

http://www.estadao.com.br/

 

Direitos autorais:

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